Arquivo para a ‘Filosofia da Informação’ Categoria
Nome, fato e conceito
Mario Ferreira dos Santos nos ajuda a entender melhor como estruturamos nossos pensamentos e penetrar de modo simples em realidades filosóficas.
Distingue dois termos importantes para a filosofia e que todo mundo usa fato e idea, ou: o eidético e o fático. Eidético vem de eidos, palavra grega que significa ideia e fato vem do latim “factum” que significa feito, coisa ou ação feita, acontecimento”, explica nosso filósofo brasileiro.
O eidético é imutável e intemporalmente válido, “refere-se à forma intrínseca”; enquanto fático refere-se ao mutável, contingente e, portanto não necessário.
Isto não bem compreendido pode levar a equívocos, o nominalismo foi o primeiro na história como os nomes são estáveis foi o nominalismo (nome x real), pois eles não são a própria realidade que é fático, mas mutável, e o segundo foi o idealismo (sujeito x objeto).
Ao examinarmos um fato, lhes atribuímos: unidade, estabilidade e o delimitamos, Mario Ferreira dos Santos, prefere “o separamos do contorno”.
Mas isolamento e delimitação são “em parte, artificiosos” explica o filósofo, e “a unificação, a estabilização e a distinção são operações mentais que usamos para conhecermos o mundo real”, mas porque procedemos assim ? pergunta o filósofo.
E reponde: procede assim para dar ordem ao que intuímos, e como ordena estes fatos ? “Qual é o instrumento que se usa para alcançar esse domínio?” O conceito, responde nosso filósofo.
Desembrulhar a filosofia, informação e técnica
Mas o que é a filosofia ?
O filósofo brasileiro Mario Ferreira dos Santos faz a pergunta: respondeu o homem porque interrogou, ou interrogou porque respondeu? Ele não viveu para conhecer aquela marca de biscoitos, portanto foi a marca de biscoitos que imitou ele.
Mas segundo nosso filósofo-guia: “ a pergunta não é descabida”, então supõe um homem primitivo diante da erupção de um vulcão: “ele se espanta, assusta-se. Aquele fato novo, insólito, espicaça-o, incita-se … todas as emoções que sente são um interrogar. Que é Isto?”
Assim, dentro de suas possibilidades contextuais, um mundo ainda provavelmente sem escrita, sem métodos, mas ainda assim tentará buscar explicações.
Mario Ferreira dos Santos escreve que ex-plicare, a origem latina de explicar, quer dizer desembrulhar, já que plicare significar fazer pregas ou criar rugas.
Assim é necessário para a filosofia saber “em que consiste”, e não podemos separar o homem primitivo de seu universo, o que chamaremos de “universo-do-discurso”, isto impõe uma determinada formação da explicação, assim um “in-formare” e segundo os dicionários de latim “a ação de formar matéria, tal como pedra, madeira, couro etc.” de onde esta está intimamente ligada à matéria.
A idéia de “formar a matéria” liga diretamente informação a técnica, as quais dificilmente pode ser vistas isoladas.
A filosofia é então “um conjunto de idéias que formamos, que nós construímos através dos tempos” segundo o nosso filósofo, mas necessitamos saber previamente o que seja esse nós de quem falamos acima.
Eis o primeiro problema importante para ligar filosofia, cibercultura e filosofia, “quem é nós e que idéia formamos de nos ? Quem pensamos que somos nós?” também é o primeiro problema filosófico proposto por Mario Ferreira dos Santos no seu livro: “Filosofia e Cosmovisão”, na 6ª. Edição de 1961.
A construção de um “nous” realmente coletivo é um problema fundamental para a filosofia hoje.
Filosofia e um filósofo brasileiro
Em período de férias e viajando para o exterior, preparei alguns post de filosofia e leituras pessoais sobre temas que considero importante.
Peço desculpas aos meus leitores que estão concentrados (percebo pelos acessos) fortemente na área de tecnologia, porém ao retornar no final do mês retomo a análise de tendências do mercado de TI, aplicativos, os desenvolvimentos com impactos em Ciências da Informação e Ciências da Computação, enfim os posts que meus leitores estão mais acostumados.
Terei como guia para as postagens um autor nacional pouco conhecido, mas que já tem uma página no Wikipedia e tornou-se parte fundamental de minhas leituras: Mario Ferreira dos Santos (Tietê, 3 de janeiro de 1906 e 11 de abril de 1968).
Parte de uma tese fundamental que “alguma coisa há, e o nada absoluto não há”, que é diferente de uma das teses fundamentais da filosofia ocidental que é “o ser é, e o não ser não é”, chamou sua filosofia de “concreta”, mas usando um termo seu prefiro chamá-la de “filosofia do positivo” que significa um olhar o positivo sobre os filósofos.
Não conheço sua obra completa que é extensa,mas me fundamentei em duas obras Noologia (de 1961, não sei porque não consta de sua bibliografia oficial), Filosofia e Cosmovisão (Editora Logos, 1955), O Homem perante o Infinito (Teologia, Editora Logos, 1955) e As filosofias da afirmação e da negação (Editora Logos, 1959). .
Claro, haverão referências a muitos outros autores.
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