Contemplar e o Ser
Byung-Chul Han em seu ensaio sobre a contemplação, dá uma sentença cruel ao saber ocidental eurocêntrico: “o saber não consegue retratar inteiramente a vida. A vida inteiramente consciente é uma vida morta” (Han, 2023, p. 29) e se apoia em nada mais que Nietzsche no âmbito de um “novo esclarecimento”, aquele que para Heidegger abre uma clareira do Ser, embora em uma perspectiva diferente.
Citando Nietzsche escreve Han: “não é o bastante que compreendas em que tipo de ignorância seres humanos e animais vivem; precisas também ter vontade de não saber e aprendê-la. É-te necessário compreender que em esse tipo de ignorância a vida mesma seria impossível, sob a qual o vivente se conserva e floresce: um grande e sólido sino de ignorância deve estar ao seu redor” (citando Nietzsche, pag. 29-30).
Esclarece que o objetivo último de um “mestre” é “alcançar um estado no qual a vontade se resigna. O mestre se exercita de modo a eliminar a vontade.” (pag. 31)
Afirma na página seguinte cita uma parábola feita por Walter Benjamin “Não esqueça o melhor” no qual ele esboça a ideia de uma vida feliz, trata de um homem de negócios que sempre realizou sua vida com precisão e zelo, porém em certo momento joga seu relógio fora.
Então começa a chegar tarde e as coisas começam a se realizar sem sua intervenção, e o alegram, revela-se agora um “caminho para o céu”, as coisas acontecem agora quando menos esperava, “amigos o visitam quando menos eles pensavam nele” e lembra da lenda de um rapazinho pastor que é permitido em “um domingo” entrar na montanha com seus tesouros, com uma instrução enigmática: “não te esqueças do melhor” (pag. 33).
A parábola da inatividade de Benjamin termina com estas palavras: “Nessa época ele estava bastante bem. Concluía poucas coisas começadas, e não dava nada por concluído” (pag. 33).
A época da hiperinformação, do cansaço não é um tempo de busca da verdade do ser, daquilo que realmente somos cultural, social e espiritualmente; é um tempo da busca do nada, em tempos assim, surgiram profetas, oráculos, monges e sábios que fugiam deste vazio temporal, para se encontrarem numa totalidade infinita, aquela que contempla todo o ser.
Escreveu Byung-Chul Han: “quem é realmente inativo não se afirma. Ele descarta seu nome e se torna ninguém”, não é niilismo, é um reencontro com a verdade que todos procuram nas coisas e não as encontram se não olharem para si, para o seu vazio interior e sua inatividade.
Haverá um tempo em que todos estarão procurando a verdade, dirão está aqui ou ali e não mais a encontrarão, não será um fim, mas sim um “novo esclarecimento”.
HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa ou sobre a inatividade. Trad. Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2023.
In-formar, vincular e o simbólico
O que faltou no texto da Crise da Narração, também tem algo equivocado na “Infocracia: digitalização e a crise da democracia na filosofia” (Vozes, 2022), a ideia que a informação é em si incompleta, está presente em outro livro intitulado de Byung-Chul Han “Vita Contemplativa” (Vozes, 2023), porque ali retornando ao ser pode- se encontrar como a forma se torna narração no interior do ser, e se in-forma.
Diz um trecho deste livro: “A perda do sentimento compartilhado acentua a falta do ser. A comunidade é uma totalidade mediada simbolicamente. O vazio simbólico narrativo leva à fragmentação e à erosão da sociedade.” (HAN, 2023, p. 91-92). (grifo nosso)
Assim reconhecendo esse aspecto da necessidade do ser enquanto um vazio simbólico, que a narrativa contemporânea em geral não contempla por seus vícios informacionais, ao mesmo tempo afirma o autor: “O ser humano, como symbolon, anseia por uma totalidade sagrada e restauradora” (pag. 92).
O termo symbolon aparece em destaque porque o autor usa-o a partir de uma leitura de O Banquete de Platão, onde Aristófanes lembra que este pedaço partido do ser, que para ele inicialmente era esférico e foi partido, tem este pedaço partido com um “symbolon”.
Ora se símbolo é uma parte, unido a outra parte formamos uma totalidade, não apenas numa comunidade, mas em toda “totalidade sagrada e restauradora”, ali onde há homens unidos por uma causa boa e justa.
A narrativa e a informação neste contexto, onde a parte está unida, com dizia um princípio importante defendido por Edgar Morin: “É preciso substituir um pensamento que isola e separa por um pensamento que une e distingue”, assim união de “símbolos” distintos e que fazem parte das culturas e povos contemporâneos.
Assim o in-formar ontológico (próprio do ser) ligado ao contexto da narração em seu tempo e objeto de pensamentos dentro de uma diversidade, não são razão para fragmentação e sim para um universo que nos une e faz mais “inteiros” dentro de nossas comunidades.
A hiperatividade contemporânea, que não só, mas também o mundo digital pode nos levar é ela própria um mundo que rejeita a interiorização, a meditação e assim, a própria narração.
Escreve o autor sobre esta interioridade: “A vida activa, com seu pathos da ação, bloqueia o acesso a religião” (pag. 154), a ação faz parte da vida religiosa tanto quanto da vida leiga, o que diferencia é que além da prudência, nossas reflexões da semana passada, podem levar a uma ação diferencia, justa e que leva a uma felicidade e plenitude diferente da pura “ação”.
Pathos, esclarecendo, faz parte da tríade grega “ethos, pathos e logos”, enquanto o ethos nos persuade pelo caráter, ou por quem narra, se este é digno de fé, o logos nos persuade pela razão lógica (ampla) e o pathos pelos sentimentos causados de tristeza ou alegria, amor ou ódio, e assim muitas vezes sem passar pela razão e pela ética.
HAN, Byung-Chul. Vita Contemplativa ou sobre a inatividade. Trad. Lucas Machado. Petrópolis: Vozes, 2023.
Initial records of the narration crisis
Much of the criticism of the excess of information and the development of the digital universe, this recent essay that sees information as fragmented and opposed to narration, is seen both historically and in what can be called the “narrative crisis”.
Unlike other criticisms of information, located in the period of digital information, Byung-Chul Han seeks in history the beginning of the narrative crisis (translated as narration in portuguese):
It follows on the same page, talking about the loss of historical aspects:
It gives way to information, it should be clarified here that this concept is for the current one without context and fragmentary:
Thus, for the Korean-German essayist “The art of narration is being defined because wisdom – the epic side of truth – is in extinction”, and this begins with contemporary journalism and not with digital information.
HAN, Byung-Chul, The crisis of narration, Brazil: Vozes, 2023.
Recortes iniciais da crise da narração
Boa parte da crítica ao excesso de informação de Byung Chul Han é situada no desenvolvimento do universo digital, este ensaio recente que vê a informação como fragmentada e oposta a narração, é visto tanto na histórica como naquilo que pode ser chamado de “crise da narrativa”, lê-se no texto.
Diferentemente de outras críticas à informação, situadas no período da informação digital, Byung-Chul Han busca na história o início da crise da narrativa (traduzida como narração):
Segue na mesma página, falando da perda de aspectos históricos:
Ela cede lugar a informação, deve-se esclarecer aqui que este conceito é para ele aquela atual sem contexto e fragmentária:
Assim para a ensaísta coreano-alemão “A arte de narrar está definhando porque a sabedoria – o lado épico da verdade – está em extinção”, e isto se inicia com o jornalismo contemporâneo e não com a informação digital.
HAN, Byung-Chul, A crise da narração, Vozes, 2023.
As guerras e as narrativas
O livro recém lançado, em português, “A crise da narração” (ed. Vozes), de Byung Chul Han, mais que uma discussão da crise da estética literária com Walter Benjamin e filosófica com Hegel, que são contornos do livro, o autor se depara com a república de Weimar e seus aspectos políticos.
Oficialmente conhecida como Reich Alemão, está datada do período de 9 de novembro de 1918 a 23 de março de 1933, uma república federal constitucional na Alemanha, porém que teve aspectos nacionalistas e bélicos que levaram a Alemanha a duas guerras.
O livro de Chul Han é oportuno devido ao clima bélico que aos poucos se instaura e com diferentes narrativas e interpretações que levam a uma escalada bélica, falando de paz, as mesmas forças que reforçam os orçamentos bélicos, pedem imediatos cessar-fogo.
É evidente para um bom leitor, que fica subentendido em cada discurso uma narrativa que tente justificar a guerra e a morte de inocentes, quer seja em Gaza, quer seja na Ucrânia.
As narrativas disfarçam suas comemorações bélicas, ao mesmo tempo que justificam os genocídios e os mais horrorosos crimes de guerra, ao serem indagados respondem com o cinismo: “é a guerra”, e assim se acham justificados.
O mais provável é que tudo isso estava preparado em meio a pandemia, um momento oportuno para aqueles que imaginam que medir forças criará “um mundo novo” e que a pax virá como no império romano, pela submissão ou escravidão de um povo.
Os detalhes da guerra são, para os oportunistas, detalhes que podem ser revistos articulando esta ou aquela narrativa, a morte de civis inocentes, a destruição de meios básicos de subsistência (água, energia e alimentos) deve ser condenada sempre e não deve ser admitida.
São importantes corredores humanitários (foto), mas eles não devem entrar só em Gaza, devem entrar onde há guerra e nos discursos na ONU.
É preciso defender a paz onde quer que haja guerra, assim a narrativa poderá ser verdadeira.
A parábola das virgens prudentes
A parábola é uma parábola, portanto não deve ser vista ao pé da letra, pode parecer referente a sexualidade, o fato que 5 virgens tem óleo para a noite toda e outras 5 não tem óleo suficiente, indica que devemos nos preparar bem quando o “noivo” chegar, no caso bíblico é o encontro com Deus, e o óleo significa o “hábito” que desenvolvemos na vida para chegar lá.
Discorremos vários aspectos da prudência, e diferenciamos uma “boa vida” (felicidade num sentido mais amplo) da felicidade passageira (eudaimonia) que não mantém as lâmpadas acesas, e aqui não só para a vida eterna, mas para o decorrer de nossas vidas.
De certa forma tem algo haver já que é prudente entender que deve haver prudência também neste ponto, relações tóxicas, machistas, sexistas, etc., porque também estas podem nos preparar para uma vida futura, mesmo que ainda terrena, equilibrada e sensata, lembra-se que tanto Aristóteles quanto Tomás de Aquino, veem também motivos racionais para o exercício da prudência.
Assim uma sociedade que age pelo impulso, pelo domínio das paixões sobre a razão, e uma longa e duradoura boa vida (no sentido grego) depende do exercício das virtudes, e evitar muitas situações de risco e irracionalidade depende do exercício de virtudes.
Para quem não conhece, a parábola das virgens prudentes é esta, onde o noivo é o encontro com a vida eterna (Mt 25,1-7):
“O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram imprevidentes e as outras cinco eram previdentes. As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas”.
A prudência não limita nossa felicidade, mas nos prepara para a vida futura, já aqui no plano terreno.
O que era felicidade para os gregos
Os gregos definiam felicidade como Eudaimonia sobre as diversas condições humanas: para quem tem fome, a felicidade é comer, para quem tem frio, roupas aquecidas, para quem é ambicioso, dinheiro, para o vaidoso, honrarias, para quem está doente, a saúde, etc.
Por isto como definimos anteriormente uma felicidade racional era chamada de “boa vida”, e se assim for, não como sustentar que a felicidade seja o bem para os homens, uma vez que ela deve trazer consigo que sejam comuns a todos e a possibilidade real de vida para todos.
A finalidade da vida para cada homem pode variar muito de pessoa a pessoa, existem os que relacionam a felicidade ao agradável, ao prazer, ao gozo, sem nenhuma dor, porém é preciso reconhecer a finitude e a limitação destes valores e entender que a vida plena exige equilíbrio, dai as virtudes necessárias, em grego o arethé, Aristóteles não recusava os prazeres, porém alertou que este tipo de vida visa apenas o imediato e é preciso que olhar o que permanece.
A felicidade é autossuficiente, isto é, não é desejável por causa de outra coisa, e ela é desejável em si, assim ao longo da vida, devemos desviar o olhar do exterior para o interior e olharmos dentro de nós aqueles apegos e apegos em coisas temporárias que são apenas prazeres temporais.
Foi a partir da análise das virtudes e do exercício prático da ética, Aristóteles conclui que a felicidade é uma atividade, daí não poder encontrar-se em potência no homem, ela não é considerada uma virtude, embora não ocorra sem ela, existe esta potencialidade em nós.
Prudência e felicidade
Quebrar regras ou sair da caixinha, há até livros incentivando jogar tudo para o alto, é diferente do que pensavam os gregos, claro uma vida que vai mal precisa ser analisada.
Usei a palavra felicidade, porque a palavra usada pelos gregos é “Boa vida”, que na conotação atual significa comer, beber, gastar e dormir, mas não era a concepção de Aristóteles e outros filósofos da antiguidade.
Na Ética a Nicômaco, o filósofo demonstrar que para se alcançar a “boa vida” devemos levar em conta nosso instinto, sensibilidade e inteligência e, através da conjunção destes três elementos cultivarmos nossa melhor parte, porque, por exemplo, instinto pode ser um traço de personalidade que não leva ao equilíbrio, aí entra a ideia da prudência.
No livro X da Ética a Nicômaco, o filósofo de Estagira, acredita que somos possuidores de uma centelha divina (os deuses gregos não são os cristãos), que é a inteligência, de onde se desprendem duas energias: a sabedoria (sophia), que rege a ciência, e a prudência (phónesis) que rege a ética, entretanto os gregos acreditava numa ciência absoluta, capaz de conhecer a estrutura mais profunda do Ser.
Tal núcleo é eterno, imutável, absoluto, e a ética que é consequência disto é ciência prática.
Nela a prudência rege a temperança que é aquilo que irá reger nossos instintos, é ela que determina o bom exercício da temperança, o sábio nas decisões éticas é aquele capaz de encontrar o meio termo (ne quid nimis: nada em excesso), isto é uma das práticas.
Nela está a virtude (arethé) e na alma há três tipos de funções: as irracionais (nutrição, crescimento, etc.), as motivacionais (geradoras das ações) e as racionais (ligadas à nossa capacidade cognitiva que nos torna capazes de alcançar a verdade).
Só para dar um exemplo prático, quem controla as finanças pessoais poderia incluir um campo de descrição em entradas e saídas, uma explicação do Motivo do gasto ou obtenção do recurso.
Para Aristóteles a virtude é algo que se dá na alma, ou seja, nossa interioridade, então divide as virtudes entre éticas (coragem, generosidade, amizade, justiça, etc.) e dianoéticas (sabedoria, temperança, inteligência, etc.).
Assim podemos mudar um ditado e agora afirmar que “o hábito faz o monge”, agora não como veste exterior, mas com veste interior, as virtudes criam em nós “círculos virtuosos”.
Prudência virtude bíblica, moral ou dispensável
Em momento de guerra, violência e ira, uma virtude a ser lembrada é a prudência.
Como significa filosófico a prudência é vista por Aristóteles, como virtudes intelectuais, divididas em 5 classes: as ciências, a sabedoria, a inteligência, as técnicas e a prudência, assim ela pode ser vista como uma moral ascética, mas tem significado histórico e filosófico, sendo assim melhor dividida a moral.
Como virtude bíblica a prudência significa a capacidade de julgar entre ações maliciosas e virtuosas, não só num sentido geral, mas com referência a ações apropriadas num dado tempo e lugar, ajuda discernir sobre o que é bom, justo e meios para atingi-los.
Se dispensamos esta educação e força do hábito, as virtudes são dispensáveis.
Como um hábito, do ponto de vista filosófico e moral, é considerado como um saber que se adquire pelo hábito, os sabedores em geral são para Aristóteles indica algo que não se possui simplesmente por costume ou condicionamento, e sim como uma disposição pela qual algo ou alguém está bem ou mal disposto, seja em relação a si mesmo, ou em relação a outra coisa (ARISTÓTELES, Met. I, v. 20, 1022, b, 10-12).
Adquirimos tais por meio do estudo, da demonstração, do treino e da argumentação, de maneira que cheguemos a obter uma noção completa de determinado campo, a dominá-lo com maestria e passando a ter qualidades estáveis do sujeito que dificilmente se perdem (TOMÁS DE AQUINO, S.T., Iª. IIae q. 51 a 2 co.).
Então não simplesmente questão de gosto ou vontade, mas de como entendemos intelectualmente e como processamos os hábitos, assim a prudência é uma virtude adquirida pela compreensão, prática (hábito) e mediante condições estáveis do sujeito.
Não se obtém o retorno a paz e as “boas disposições da alma” sem a prática destes hábitos, se a valorização socialmente deles e sem que o sujeito e a sociedade lembrem deles como virtudes que devem ser inseridas socialmente para o retorno a condições estáveis de sociedade.
ARISTÓTELES. Metafísica: ensaio introdutório. Texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale, Tradução Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. 696 p.
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, 2001-2006. 9 v.
Desgaste na Ucrânia e crise humanitária em Gaza
Enquanto a guerra entra numa etapa de desgaste no leste europeu, os governos europeus já querem algum tipo de acordo de paz e a etapa é de desgaste para forças russas e ucranianas, na faixa de Gaza o avanço terrestre das tropas de Israel agravam a crise humanitária.
A ONU, os países árabes e diversos países ocidentais tentam costurar algum tipo de acordo que possa levar um cessar fogo e permitir uma ajuda humanitária mais efetiva, a situação é de crise humanitária, faltam alimentos, remédios e água, a situação dos hospitais também é precária, e os palestino denunciam bombardeio em áreas próximas.
O número de mortos na faixa de Gaza está próximo aos 10 mil, desde 7 de outubro, e portanto amanhã completará um mês, Israel diz que agora entrou numa segunda fase e não há o menor desejo de alguma proposta de cessar fogo, mas a pressão ocidental cresce, enquanto o Hamas busca aliados árabes, além dos tradicionais grupos da Cisjordânia e a base do Hezbollah no sul do Líbano.
Por todo o mundo há manifestações de palestinos, uma feita em Portugal marcou a presença do presidente de Portugal, Marcelo foi interpelado por um grupo pró-palestina ou dar sua posição com a frase: “Contra o terrorismo, mas a favor de um Estado palestiniano”, porque os grupos pró-palestina não veem o Hamas como “terrorista”.
O papa ligou para o líder da Mahmoud Abbas que falou sobre a urgência de se criar corredores humanitárias, e em contrapartida os rabinos marcaram uma audiência com o papa, que apenas entrou seu discurso pois não estava passando bem.
Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni: “O Papa expressou pesar pelo que está acontecendo e recordou a posição da Santa Sé, esperando que possamos chegar a uma solução de dois Estados e a um estatuto especial para Jerusalém”. (ali as 3 religiões abramicas tem como sagrada: judeus, islâmicos e cristãos)
O fato que a Europa tenha entrado num caminho de paz, até mesmo pelo desgaste e imenso esforço que faz para apoiar a Ucrânia, também na faixa de Gaza a pressão internacional é forte e o único problema é a irredutibilidade de Israel.
Nesta manhã (06/11) foi publicado que o papa ontem falou com o presidente do Irã, Ibrahim Raisi sobre a crise na faixa de Gaza, ontem 5/11 após a oração do Angelus (meio dia local).