Arquivo para abril, 2012
Word ou Google docs, o que está mudando
Lembrei quando a 25 anos atrás (assustei com o tempo) eu trocava o WordStar e o WordPerfect (nossa faz tempo!), então os editor mais populares, pelo Word que inicialmente parecia muito estranho, o motivo era simples tinha mais facilidades para os gráficos e integrava os outros aplicativos como planilhas, editores de gráficos e figuras, etc.
Enfim o usuário quer facilidades, agora como tenho artigos para produzir com meus colegas de trabalho e alunos percebi que aos poucos estou abandonando o Word, é uma tendência.
O Google Docs apareceu em 2007, as pessoas que trabalham com aplicativos do Office e Open Office (este free), não parecia de grande utilidade era confuso e não sabia como controlar as versões, na vedade um artigo do CNET News lembra que já haviam outros tipos de editores com compartilhamento, como Zoho AdventNet, o Goffice Silveroffice, o ThinkFree, OpenOffice da Sun, e Flysuite Natium.
Mas o produto do Google melhorou muito no ano passado a empresa emitiu mais de 200 atualizações para a suíte de aplicativos core. Google desenvolveu tendo em mente a idéia da colaboração fazendo seus usuários compartilharem e editarem o mesmo documento em tempo real e já disponível para aplicativos de celulares.
Olhando pela tecnologia o armazenamento está na núvem, quer dizer não sobrecarrega o celular, o tablet e o computador, mas e o compartilhar, bem isto requer novas atitudes e comportamentos, mas estão mudando !
Anatel lança edital para 4G
Redes de telefonia de quarta geração (4G) vão chegar ao Brasil finalmente, a Anatel lançou um edital nesta sexta-feira e empresas como a TIM anunciam que vão forçar o mercado.
Esta tecnologia permite uma velocidade de tráfego de dados 10 vezes maior que a tecnologias 3G, mas necessita de mais antenas pois o sinal é de curto alcance.
Oi, Claro, Vivo e Nextel avaliam a participação, a Oi em nota afirma que “somente após uma avaliação econômica aprofundada do edital”, a Nextel diz que analisará as oportunidades geradas pela oferta desses novos espectros de radiofrequência, e a Claro informou que “está avaliando o edital do leilão das frequências de 2,5GHz da rede 4G, publicado hoje pela Anatel”.
A Anatel anunciou que o valor mínimo de R$ 3,85 bilhões para a licitação nas faixas de 450 MHz para a ampliação da cobertura dos serviços na área rural e de 2,5 GHz para área urbana.
Os atuais 1 Mbps de velocidade média disponíveis hoje na internet móvel 3G, os usuários devem se conectar com velocidades de 9 Mpbs a 12 Mbps com a quarta geração, segundo o ministro Paulo Bernardo.
O leilao acontecera dia 5 de junho.
Novo smartphone na praça: o Honor U8860
É da coreana Huawei , tem de acordo com o site ZTOP, uma tela capacitiva de 4 polegadas (com resolução 854×480), processador single-core Qualcomm de 1.4 GHZ (MSM 8255T) com a novidade de um boot (ligação inicial) de 5 segundos, com GPS, Wi-Fi, Bluetooth, 3G e ainda HSPA+, com a novidade de uma bateria de 1900 mAh, prometendo 3 dias de funcionamento.
A versão do Android é a 2.3.6 (Gingerbread) lançamento, mas a Huawei promete para breve a atualização para Android 4.0 (Ice Cream Sandwich).
O gadget tem 2 GB de armazenamento interno, 512 MB de RAM e 4 GB de ROM (memória gravada com programas, incluindo o boot) e expansão via cartões microSD até 32 GB.
A Huawei oferece 16 GB adicionais de armazenamento em “nuvem” e usa o serviço Cloud+.
Outra novidade competitiva é que a venda é feita online pela loja do fabricante, e tem um preço sugerido R$ 999,00 bastante competitivo a nosso ver pela qualidade do equipamento.
Serviços TIM, Oi e GVT caem
Na tarde de ontem, nas regiões sul e sudeste as três operadoras apresentavam problema de sinal, em comunicado oficial a operadora GVT informou:
“Clientes do serviço de banda larga da GVT nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul percebem a lentidão ou dificuldade de acesso a determinados sites da internet desde o início da tarde … equipes do fornecedor responsável pela rede trabalham para restabelecer o serviço o mais breve possível”.
Os informes indicavam o rompimento de um cabo na região de Curitiba, mas isto reabre a discussão em torno da qualidade dos sinais e serviços no Brasil, além dos preços caríssimos.
Além dos serviços serem ruins, as antenas não segue a legislação vigente, havendo antenas instaladas irregulares, recentemente a justiça de São Paulo, conforme o site G1, acionou as empresas Vivo, Claro e Oi.
De acordo como site a Vivo tem 539 antenas irregulares, a Claro tem 749, e a Oi 710.
Mas o número de usuários vai crescer, o número de antenas vai cair e a solução deveria ser uma tecnologia mais avançada.
Já está liberado pela Anatel (veja no tecnoBlog) o acréscimo de um dígito, inicialmente o número 5, para os celulares de são Paulo, isto significa mais celulares, mas será que as centrais se expandiram e ampliaram seus equipamentos para comportar este aumento, ou vai piorar ainda mais o sinal?
Mais um serviço nas "nuvens"
Com o mercado de armazenamento “em nuvem” já com opções como: Dropbox, SkyDrive, Box, CX, iCloud e o serviço de nuvem do Yahoo.
O serviço chamado de Google Drive está disponível para PCs com Windows, Macs e celulares com Android, em breve será lançado para iPad.
O serviço é gratuito até 5 GB e depois tem preços incrementados, de U$ 2,49 para 25 GB, U$ 4,99 para 100 GB, de U$ 49,99 para 1 TB, por mês, havendo outros planos ainda.
O DropBox é gratuito até 18 GB, mas tem preços maiores em aumento de armazenamento pago: 50 GB por U$ 10,00 e 100 GB por U$ 20.
Estão disponíveis as ferramentas Google, como Gmail, Google+ e GDocs entre outras, mas é possível configurar para outros serviços como vídeos e imagens.
Acréscimo: No final do dia diversas empresas e sites estavam comentando que os direitos de privacidade do Drive eram confusos, Eric Goldman do High Tech Law Institute, afirmou que “a linguagem não está muito bem redigida como seria de esperar de uma empresa do tamanho e estatura do Google”, embora o Google terha declarado que “o que pertence a você permanece seu”, Goldman afirma que “aquilo” que é chamado de “bits” puros e simples de “bandeira vermelha” (aquelas marcações que fazemos para indicar uma informação importante), “você sabe o que alguém está fazendo acenando desta forma” e isto significa importante e confidencial.
Quando você faz um upload ou envia um conteúdo para os serviços Google (e com aqueles com quem trabalhamos) concede uma licença mundial para utilizar, armazenar num num host, reproduzir, modificar e criar trabalhos derivados (por exemplo traduções, adaptações, transcrições, etc) de acordo com os serviços (vídeos, blogs e fóruns, por exemplo), que significa comunicar, publicar e executar publicamente ou distribuir os conteúdos, mas o problema é que isto não inclui trocas confidenciais.
Se isto não estiver bem colocado o problema foi criado.
Extrair recursos no espaço ?
O gerente da Fundação XPrize, Peter Diamandis< parece indicar que sim e tem como conselheiros nada menos que: o gerente do Google Larry Page, ex-gerente Eric Schmidt, o cineasta James Cameron, e o ex-arquiteto chefe da Microsoft turista espacial Charles Simony e outros, além de ter os patrocínio da Cisco e da Shell.
Em entrevista mostrada no YouTube, Diamandis parece indicar que vão começar explorando asteróides, e entrevista divulgada pela revista Forbes, os estudos estão sendo feitos no Keck Instituto de Estudos Espaciais (KISS) na Laboratório de Propulsão a Jato da CalTech (Instituto da Califórnia de Tecnologia), que divulgou o estudo (PDF).
Outro estudo feito em separado pela Comissão Nacional de Estudos Espaciais (PDF) da NASA em 2009 afirmou que a extração de recursos da Lua e asteróides é essencial para tonar viável a exploração e colonização do espaço.
Embora a empresa tenha falado pouco sobre seus planos, Diamandis disse a um repórter da Forbes que a abertura dos recursos do espaço é fundamental para a humanidade e que a Terra é uma “migalha em um supermercado de recursos” quando todo o espaço é considerado.
Privacidade e transparência na Web
A Web tornou mais visível um mundo cheio de escândalos, corrupções e ganhos financeiros fáceis, mas tornou vulnerável a privacidade dos dados pessoais.
Esta semana a confusão aumentou enquanto a Microsoft adicionava uma ferramenta do não-track no seu software de navegação na Web, evitando que as pessoas tenham seus movimentos monitorados na Web, ferramenta que o Facebook já possui, mas este anunciou que na sexta-feira passada que terá uma nova política de privacidade “altamente vigiada”.
Embora a nova política não mude a manipulação e práticas de dados nas redes sociais, alguns pedaços da informação organização em torno de rúbicas, do tipo como ”sua informação é usada” e “como a propaganda funciona” parecem confusas e podem facilitar manipulação dos dados pela rede.
Já denunciamos aqui o CISPA como novo projeto de lei que apesar de usar o simpático termo “sharing” (compartilhar) na prática quer permitir o uso de dados na Web por órgãos governamentais e empresas, e organizações como o Avaaz.org estão denunciando que o projeto de lei “permite que as corporações compartilhem toda a atividade do usuário e de conteúdos com os agentes do governos dos EUA sem precisar de um mandado em nome da cyber-segurança”.
As garantias de privacidade não podem ser colocadas em conflito com as necessidades de transparência e combate a crimes, em nome do combate aos crimes não podemos cometer um crime contra o direito de privacidade.
Novo Asus Transformer
Havia algumas coisas que incomodaram nos dois primeiros Asus Transformer (veja nosso post), como a precisão do GPS, o alcance do WiFi e a qualidade de imagens de câmeras e fotos.
Claro, ele é para os que gostam da linha Android (já com a versão 4.0), e ainda não conseguem se desvincular totalmente do teclado (é uma questão de tempo), mas o preço e suas qualidades do ASUS Pad TF 300, agora prometem ainda mais, no exterior foi lançado em torno de U$ 400 (sem nossos impostos, seriam R$ 720), mas os novos dispositivos de Wifi, GPS e câmera fazem a diferença.
Isto significa que com a tecnologia quad core Tegra 3, mas com um desempenho que é quase o mesmo do primeiro Transformer com um melhor recurso da câmera traseiro, desempenho mais rápido do WiFi e a tela sensível ao toque com um recurso GPS mais real (e oficial). Contém ainda os recursos micro-HDMI e os micros com opções de acesso pelo teclado, com as versões 17 e 32 GB de memória.
O lado negativo é que o design não é tão fino quanto o primeiro e ele parece “meio oco” afirmam alguns avaliadores e sem o teclado (que ficou no mesmo preço: U$ 150) ele fica parecendo menos amigável que o anterior, afirmam analistas como o site PCWorld.
Ao menos é mais uma opção não-iPad, a tecnologia ainda vencedora em tablets.
Facebook, banqueiros e Zuckerberg
A compra do Instagram (nosso post), feito segundo vários noticiários como CNET News, apenas pela articulação e iniciativa de Mark Zuckerberg, gastando cerca de U$ 1 milhão para comprar a empresa (o resto foi em ações), numa empresa que tem uma receita de R$ 3,7 milhões e cerca de 800 milhões de usuários parece uma jogada até certo ponto perigosa.
Banqueiros ligados ao Facebook como os chamados “banqueiros de chumbo” da Morgan Stanley, ao que dizem as notícias estão tratando de repor o dinheiro do “caixa” vendendo a história da compra do Instagram, que não tinha um centavo na compra e querem passar um “livro de ouro” para ter mais investidores e dinheiro, revalorizando as ações IPO Facebook.
Mas o que contam jornais como o Wall Street Journal, o gasto em cash de 30% do Face, fez os banqueiros trabalharem para “aliviar” a compra do aplicativo, com apenas 18 meses de existência e 30 milhões de usuários mas zero de caixa, e contam que Zuckerberg surpreendeu até mesmo os membros do conselho da empresa com a compra do Instagram.
O que este fato está revelando, é que os novos milionários da tecnologia, mais do que apenas nerds e empreendedores, tem capacidade de negócio numa lógica diferente do mercado, do capitalismo do lucro fácil e da exploração fácil, na verdade são “inovadores” e se tiverem sensibilidade social podem ajudar a humanidade fugir da loja dos bancos a qual estamos presos.
Google e Oracle duelam nos tribunais
A Oracle acusa a Google de usar aplicativos para desenvolvimento do sistema operacional Android, e o gerente Larry Page vai assumir o posto de réu novamento no tribunal da disputa sobre patentes e direitos autorais, com uma estratégia de defesa já definida:
– o código Java é aberto e portanto não pode alegar patente,
– o Google não usou nada que fosse errado no desenvolvimento do Android, e,
– a Oracle está irritada porque a Sun não conseguiu popularizar os smartphones baseados em Java.
Poderia acrescentar ainda que a Google contratou o James Gosling, pai de desenvolvimento da linguagem Java, mas tornaria o ciúme evidente.
Alguns slides da apresentação como mostrado acima estão sendo divulgado o que poderá gerar algum nível de irritação ou mesmo de dificuldade no debate entre as empresas.
Larry Page, vai assumir o posto novamente em tribunal da empresa briga com a Oracle sobre se Android infringe patentes Java e direitos autorais, mas a linha da história para o gigante das buscas está definida.
A linguagem Java foi criada pela Sun Microsystems, mas foi adquirida pela Oracle em meados de 2009 pelo valor de U$ 7,4 bilhões, e em agosto do mesmo ano a Sun abriu o processo contra o Google na Corte Distrital do Noroeste da Califórnia, o valor alegado da indenização pode chegar a U$ 6 bilhões, o Google se dispôs a pagar U$ 2,8 bilhões para encerrar o caso.