Arquivo para setembro, 2015
Rede transforma texto datilografado em manuscrito
Um novo programa de computador desenvolvido pela Universidade Alex Graves de Toronto de desenvolveu um programa usando redes neurais recorrentes (RNNs) para converter textos digitados em tipo de escrita “orgânicos” isto é, praticamente reais.
O programa permite que usuário configure para moldar tanto legibilidade como o estilo de manuscrito que seja parecido ao de determinada pessoa ou a ser tipo de caligrafia, conforme artigo da revista Techlÿ.
O programa de Toronto embora gere longas RNNs de memórias similares de curto prazo combinando com pontos de dados individuais em sequências complexas baseadas em previsões de probabilidade.
Muitas redes neurais que dependem de aprendizagem, nome dado para o “treinamento” das redes neurais, para produzirem os mesmos padrões de resultados depois de uma escolha ou seqüência de escolhas, que torne o processo de aprendizagem como bem-sucedido.
Embora seja raro que as RNNs gerem uma mesma solução mais do que uma vez, pois seriam necessário uma grande padronizada de dados tanto sistema complexos de entrada como na saída de dados complexa e deveriam produzir resultados ponto-por-ponto.
Isto indique que o modelo de Toronto são RNNs ssuperiores a outros modelos de inteligência artificial, como por exemplo é o caso de sistema de RNN é mais capazes de modelagem de dados multivariados.
Isto porque as amostras RNN de sua própria saída, alimentação cada ponto de dados de volta para o algoritmo como uma nova entrada, os resultados são bem próximos a escritas reais.
O artigo já está submetido ao repositório ArXiv.
Mais de 50% dos lares conectados
Segundo pesquisa do Cetic, órgão vinculado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br), pela primeira vez na história do Brasil o número de lares conectados ultrapassou os 50% neste ano, chegando a 32,3 milhões de lares.
A pesquisa foi apresentada ontem (15/09) pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) e apresentada a imprensa.
A pesquisa foi feita a partir de entrevistas a moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 municípios de todo o Brasil, entre os meses de outubro de 2014 e março de 2015, e segundo o órgão, o número cresceu a partir da edição de 2014 porque foram incluídas as contas que são acessadas a partir de celulares, quando pulou para 43%.
O número de smartphones em 2014 era de 81,5 milhões de pessoas, segundo Alexandre Barbosa, gerente da Cetic: “O smartphone têm sido um dispositivo que permite a inclusão de cidadãos que não usavam a rede”, afirmou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.
Ao contrário da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), que mostra o número de linhas de celular, a pesquisa traz a quantidade de pessoas que realmente usam celulares, enquanto o número da Cetic era em 2014 de 148,2 milhões o número da Anatel era de 218,1 milhões dando um valor absurdo de 138 conexões por 100 habitantes. Apesar do alto custo e de serviços de baixa qualidade o serviço cresceu no Brasil.
Criador da Internet quer receber cartas
Vinton Cerf, um dos criadores da internet, na verdade dos protocolos TCP-IP que permitiram uma interconexão mundial quer receber cartas escritas a mão, para saber o que as pessoas pensam sobre o futuro da Internet, lembrem-se apenas que ele é hoje funcionário da Google. Vint Cerf, quer questionar o que se denominou de Idade Digital Escura (Digital Dark Age.) para melhorá-la para que possa auxiliar a educação e afirmou em entrevista a Information Week: “Uma das coisas que se tornou muito claro para mim é que as letras no passado, por causa do atraso de tempo durante cartas para obter e para trás, levou as pessoas a pensar de forma justa profundamente sobre o que eles quer dizer.
E eles sofá seus argumentos para ser entendido, mesmo que [o beneficiário] não estava ali para fazer perguntas. “
Ele resolveu fazer isto usando um método do século XIX, escrever cartas e esclarece na entrevista a sua escolha: “As nossas comunicações modernas tendem a ser muito breve e rápida e não envolvem a pensar porque temos mais de enviar mais 100. O resultado é um monte de ideias concisas, não substantivas e comunicações curtas.”
Cerf diz que se inspirou no livro (best seller nos EUA, mas não aqui) o livro de Doris Kearns Goodwin Team of Rivals: O gênio político de Abraham Lincoln como um exemplo perfeito de que pode não ser possível para os historiadores da próxima geração não refazer uma história se ela estiver vinculada ao meio digital.
Goodwin reuniu cartas escritas pelo Presidente Lincoln de seu gabinete, para escrever um livro sobre como ele interagia com seus adversários e aliados, que não exatamente como se poderia pensar, mas fundamentando em seus escritos e não na imaginação.
Devemos pensar nestas soluções urgentes, e estabelecer critérios para uma verdadeira preservação digital, as soluções ainda não são completas e exaustivas, e de acordo com Cerf, precisamos resolver questões em torno da propriedade intelectual para o software não está mais em uso regular, mas pode ser crucial para a preservação de dados. Podemos estar perdendo os rastros (data tracing) dos dados e podemos perde-los para sempre.
A solidariedade das redes aos Kaiowás
É um problema que se arrasta a décadas, acreditava-se com a posse de Lula na Presidência da República em 2003, que o problema seria resolvido, o antropólogo Mércio Pereira Gomes, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) declarou na época:: “A solução dos problemas dos índios guaranis em Mato Grosso do Sul é uma das nossas prioridades”, porem em 2009, o sucessor dele, Márcio Meira, disse a mesma coisa: “A maior pendência fundiária indígena agora é a dos kaiowás no Mato Grosso do Sul” e agora há uma guerra lá.
As entidades internacionais, através das redes sociais, em 2009 realizaram um abaixo- assinado que circulou pelo Brasil, Europa e Estados Unidos intitulado Basta de Genocídio: Pela Terra e Vida do Povo Kaiowá Guarani.
O mesmo foi encaminhado à Presidência da República, pedindo a demarcação das terras indígenas no Mato Grosso do Sul, alertando que os índios estavam confinados em pequenas áreas insuficientes para sua sobrevivência. “Há um quadro de genocídio”, dizia uma parte do texto.
Sem solução pacífica, o problema voltou a tona e aos noticiários e a versão indígena não circula pelos meios de comunicação convencionais, esquecem que em 2012 a desembargadora Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, havia responsabilizado o Poder Executivo pela falta de soluções para as questões fundiárias, mas infelizmente o Judiciário e Legislativo também estão envolvidos.
Mesmo após a visita do Ministro da Justiça na região, na noite de quinta feira (3/9), outra comunidade Guarani Kaiowá foi atacada por fazendeiros: a área conhecida como Guyra Kambi’y, na Terra Indígena (TI) Panambi-Lagoa Rica, conforme nota do Instituto Socioambiental, entre os municípios de Douradina e Itaporã (MS), e a violência é crescente na região, o extermínio dos índios é eminente.
Queda da credibilidade do país
O cinismo continua sendo a tônica da política (e pior da economia também) brasileira, agora que o Brasil teve sua nota rebaixada numa das agências que advertem sobre investimentos, surge a turma do “eles não querem que nós ….” e outras tagarelices pouco sérias.
O fato que o país teve sua nota rebaixada significa por exemplo, que os fundos de pensão e aposentadoria, que são volumosos nos Estados Unidos e alguns países da Europa, proíbem investimentos em países que não possuem credibilidade de investimento, isto não só significa que não vão investir aqui, mas também que vão retirar dinheiro que já está aqui.
O governo americano está aumentando a taxa de juro este ano, então mais dólares vão fugir daqui, além do fato que nossas dívidas lá foram são em dólares então aumentaram, apesar de o país exportar mais e evitar evasão de divisas (os brasileiros vão viajar menos), o efeito colateral da desvalorização do real é a inflação, dinheiro mais caro é retração da produção e do emprego e estes afetam o custo dos produtos.
Esta espiral depressiva pode causar danos ainda maiores na política, que já tem o problemão da Lava-Jato e começando a emergir o do BNDES, que o governo tenta abafar, mas sem apoio da base aliada este problema, que é real, poderá aparecer.
É verdade que é a classe média que paga a conta neste momento, mais impostos e menos consumo, além de um crédito (cartão de crédito e cheque especial) nas alturas e subindo.
Mas os reflexos para o trabalhador simples não será pequeno, perda de emprego e custo de vida mais alto, além da insegurança social, saúde e educação que continuam graves.
Saímos do paraíso, agora a verdade apareceu, quem tem coragem para enfrentá-la?
WhatsApp falha e crimes acontecem
Uma falha detectada no dia em 21 de agosto, por usuários que alertaram o WhatsApp que conseguiu só na seguinte um patch (remendo) para corrigir a falha.
A Check Point recomentou recomendou imediatamente aos usuários que atualizem suas versões para que o ajuste funcionasse, o aplicativo já tem hoje no mundo todo mais de de 900 milhões usuários, com 200 milhões também usando PCs.
Segundo a empresa, a vulnerabilidade foi desenvolvida a partir da versão para computadores do WhatsApp, que permitiu aos hackers distribuíram programas maliciosas com um tipo de vírus chamado ransomware – usados para “sequestrar” computadores e extorquir usuários por “resgate” de sua própria conta.
O aplicativo foi desenvolvido a partir de uma versão de programa de computador adaptado para o uso em telefones celulares ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde é o app mais usado para o envio de mensagens instantâneas.
O número de usuários globais em smartphones é de 900 milhões, com 200 milhões também usando PCs.
O programa entretanto não é seguro, é o que afirmou o especialista em segurança Mark James, da empresa ESET: “O Whatsapp é uma plataforma cruzada para o envio de mensagens instantâneas, então a chance de alguém abrir um vCard é bem grande”.
Todo cuidado é pouco, evitar cadastrar pessoas desconhecidas e cuidado com grupos onde muitas pessoas podem entrar sem critérios.
Novidades IFA
Depois da da CES e do MWC, a IFA 2015 de Berlim é a maior feira de tecnologia do mundo, ela se encerra hoje (09/10) e já podemos conferir os destaques.
Na feira a Samsung anunciou o Gear S1, um relógio inteligente, com formato parecido aos antigos já que é redondo e possui botões com as funções de Home e voltar, o comum e o classic, com pulseiras cinza escuro ou prata com pulseira branca.
Para competir com ele, parecendo ainda mais um relógio comum, mas com design e nas funções aprimoradas o Android Wear aparece como um smartwatch que pode competir no mercado dos chamados dispositivos vestíveis, a Asus lançou o ZenWatch 2 que não muda muito o modelo anterior.
A Sony lançou no evento Sony Xperia Z5, já disponível em algumas regiões do globo a partir de 699 euros (aproximadamente R$ 2807,00), mas ainda não sabemos quando ele pode chegar ao Brasil. A Acer lançou o Predator 6, um phablet com especificações ideiais para rodar games pesados, quatro alto-falante e um design um tanto polêmico.
A LG levou para o IFA não um smartphone, mas um acessório lançou um novo teclado externo tanto para tables como smartphones, feito com plástico ABS e policarbonato permite flexibilidade e resistência a choques.
Descoberto um “super-henge”
Stonehenge é um monumento no centro da Inglaterra, onde diversas pesquisas arqueológicas se desenvolvem, com avanços já se descobriu que era mesmo um lugar sagrado visto que foram encontrados os locais de moradia temporária ao redor, mas fora da “catedral neolítica”.
Agora foi encontrar um momento ainda maior, mas enterrado com cerca de 90 enormes pedras, cada uma com cerca de 4,5 metros de comprimento, embora só 30 intactas, formando um círculo ainda maior, em “uma escala extraordinária” dizem os investigados do projeto.
Os pesquisadores do projeto de pesquisa chamado Stonehenge Hidden Landscapes afirmam: “Achamos que não há nada como isto noutro local do mundo. É completamente novo e a escala é extraordinária”, disse Vince Gaffney, da Universidade de Bradford, citado pela BBC.
As pedras ficaram soterradas no solo de Durrington Walls, escondidas aparentemente de propósito durante milénios, desvela uma realidade ainda maior, elas estão dispostas num semicírculo virado para o rio Avon.
Já no filme de Werner Herzog, “A caverna dos sonhos esquecidos” sobre a recém-descoberta caverna de Chaveaux, Herzog afirma ter encontrado ali um “homo espiritualis”, vejam o filme acima feito pelo laboratório de pesquisa LBI Arch Pro.
A fé do povo brasileiro
Diferente da fé dos laicos e da fé de políticos, que se utilizam dela para se eleger, o povo brasileiro tem fé na justiça de Deus, na sacralidade da vida e na fraternidade sincera.
A fé na justiça de Deus é porque a dos homens todos já conhecemos, existe lei a e cadeia para os pobres, quando alguns políticos foram condenados minha faxineira me disse: o senhor tão letrado acredita que eles ficarão presos, é só para enganar..
A sacralidade da vida pode ser bem exemplificada com o que acontece na Europa com os imigrantes lançados ao mar e a própria sorte, mas aqui com os sistemas de saúde, com os planos “pagos” de saúde e com o descaso com doenças e com epidemias, vejam a dengue..
A fraternidade sincera é aquela que se estende aos pobres, aos negros e aos índios excluídos por TODOS, mesmo aqueles que juram defende-los, e que agora os colocam na rua fruto de uma promessa falsa, de um paraíso falacioso … agora resta o paraíso perdido..
Mas onde fica a fé do povo, naquilo que está escrito na Bíblia: “O justo viverá pela fé”..
Crise da Razão Cínica
A razão foi e é ainda o grande motor da modernidade, a falta de consciência do que seja isto levou a uma análise superficial chamada “líquida”, no qual tudo o que sólido vai se liquefazendo, sem dizerem qual o liquidificador que faz isto, nem a raiz primária do líquido. O quadro “mascaras” do alemão Heinrich Hoerle Malscaras, de 1929, parece detectar este movimento de cinismo envolto em máscaras humanas vidas, o homem do pré-guerra.
A ideologia e a forma de dominação das diversas organizações e hierarquias que se instalam no tecido social são o suco deste líquido, querem dominar e não conseguem mais, aquilo que o filósofo alemão chamou de o naufrágio do humanismo na escola da domesticação. Sloterdijk escreveu também a “Crítica da Razão Cínica”, um volumoso trabalho que ainda não o digeri completamente, mas com uma tese central: a razão tornou-se cínica para explicar o inexplicável, e o filósofo alemão consegue mostrar o que os “liquidificadores” não mostram: a raiz da liquefação moderna.
Parte da crítica da razão pura de Kant, desenvolve e recompõe o legado da filosofia ocidental de cunho humanista e progressista, mas rompe com Adorno, Horkheimer e Sartre.
O que está por trás do líquido moderno, é que a ideia da substituição do saber para a superação do mito, a da ordem estabelecida pelo estado como superação da natureza humana, e por último o humanismo da domesticação humana, cujo ápice foram duas guerras mundiais, não parece ter sido uma boa fórmula, então ela se liquefez.
O cinismo é justamente tentar reestabelecer uma ordem já perdida, que a humanidade fatigada não aceita mais, quer um humanismo novo: de todo homem, não dos chefes.