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Andróides sonham ?
Os dois filmes de Blade Runner foram inspirados no livro Androides sonham com ovelhas elétricas?, de Philip K Dick é relançado em edição comemorativa de 50 anos (1968-2018) com escritos inéditos: uma carta do autor para os produtores de Blade Runner, na qual profetiza o sucesso da produção e a última entrevista concedida por Dick, publicada em 1982 na revista The Twilight Zone Magazine na ocasião do lançamento do filme.
O prefácio exclusivo assinado pelo escritor e jornalista argentino Rodrigo Frésan, amante da ficção científica e da obra de Dick relatando a conturbada e impressionante vida do autor, e um brilhante cenários que chamam de “pós-apocalípticos” feitos por Douglas Kellner e Steven Best, professoras respectivamentte da Universidade da Califórnia e na Universidade do Texas.
Acrescente-se a isto um posfácio escrito pelo tradutor do livro, Ronaldo Bressane, que compara Androides com Blade Runner e comenta aspectos da obra não explorados no cinema, como a preocupação ambiental, além das questões religiosas e metafísicas presentes no texto.
As questões religiosas e metafísicas são tão atuais que merecem uma visão atualizada do que pensamos que é o nosso universo interior, os nossos valores e nossa relação com o mundo natural e ao mesmo tempo transcendental, no sentido não imediato.
O que é a natureza além a natureza e o que é o homem além do humano, não é nem trans-natureza e nem trans-humano apenas, mas para olhá-la de modo adequado será preciso ter um olhar transdisciplinar, não ver pelo lado apocalíptico e pessimista apenas.
A Inteligência Artificial é sem dúvida uma inspiração para os próximos anos, pensar nela não é pensar fora do espírito e da interioridade humana, mas é justamente questionar o que é isto, Blade Runner 2049 fez isto, mas o sucesso foi pequeno, preferimos Robocop.
Se a vida interior reduziu-se na modernidade não é devido aos avanços atuais e vindouros, mas devido ao fato que as vezes atribuímos aos humanos atitudes de robôs e não o contrário, pois os robôs atuais ainda tem raciocínio mecânico e numa lógica limitada.
Ambientes de agentes e um exemplo
O exemplo que Norvig e Russel (2010) vão dar para descrever o que é um ambiente na Inteligência Artificial é feliz e infeliz ao mesmo tempo, feliz porque tornou-se algo real 8 anos após a edição do livro, um táxi como veículo autónomo, e infeliz porque já há casos de acidentes com veículos autónomos.
O que chama de ambiente é descrito como PEAS (Performance, Ambiente, Atuadores e sensores, traduzidos ao português) (figura ao lado), cuja primeira etapa é projetar o ambiente da tarefa.
O agente será diferente de um software (um softbot ou webcrawler), mas é didático.
O ambiente sugerido era de um táxi autônomo, o que na época era um “pouco além das capacidades da tecnologia existente”, mas na página 28 vai descrever um robô com esta função, o lado fortuito do exemplo como dizem os autores é uma tarefa “completamente aberta” e “não há limite para as novas combinações de circunstância que podem surgir” (Norvig, Russel, 2010, p. 40)
Que medidas de desempenho serão desejadas: chegar ao destino correto, minimizar o tempo de destino correto, o consumo de combustível e desgaste, as violações de tráfego, distúrbios e segurança aos passageiros e outros condutores, e se houver conflitos tomar decisões (eis um dos motivos do acidente para proteger os passageiros causou um atropelamento de uma transeunte).
O passo seguinte é mapear um ambiente de um carro autónomo, deverá lidar com uma variedade de estradas, desde pistas rurais e vielas urbanas a rodovias de 3, 4 e até 5 pistas, havendo nas pistas além de outros veículos, pedestres, animais vadios, obras na estrada, carros da polícia, poças, e buracos, e deve interagir com passageiros em potencial e reais.
Os atuadores para um táxi automatizado incluem aqueles disponíveis para um motorista humano: controle sobre o motor através do acelerador e controle sobre direção e frenagem.
algumas escolhas opcionais de comunicação com outros veículos com setas e até buzina, e com os passageiros que necessitarão de sintetizadores de voz.
Os sensores básicos do táxi incluirão uma ou mais câmeras de vídeo controláveis para que possam ver a estrada; pode aumentá-las com sensores de infravermelho ou
sonar para detectar distâncias para outros carros e obstáculos.
Os problemas de segurança e convívio com motoristas humanos é evidente, mas graças a este exemplo de sucesso feito em 2010, hoje tem-se mapas, GPS, sinalizadores em estradas, e muitos outros avanços.
NORVIG, P.; RUSSEL, P. Artificial Intelligence: A Modern Approach 3nd ed., Upper Saddle River, New Jersey: Prentice Hall, 2010.
Uma pausa para Cannes
Cannes está pouco charmosa dizem por aqui na Europa, mas eu discordo olhando alguns filmes que estão por lá, diria que uns 5 me chamaram a atenção, mas pelo menos 9 poderiam ser olhados de perto, sobretudo por brasileiros, enumero apenas os 5 que li e 4 que soube.
Do cineasta Asghar Farhadi (palma de ouro em O passado de 2013, O apartamento de 2016 e o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017), o seu nome filme Todos lo saben, ambientado em Argentina e Espanha tem atores latinos conhecidos no Brasil, como Penépope Cruz, Jarvier Bardem e Ricardo Darin.
O segundo que penso valer a pena é Francis: A man of his word, do diretor Wim Wenders (de filmes como Asas do Desejo, Cidade dos Anjos e Paris Texas) e o principal ator nada menos que o Papa Francisco, lembro ainda que fez um documentário também sobre Sebastião Salgado.
O terceiro, para entusiastas de Star Wars e também pelo principal ator que participou dos dois filmes de Blade Runner, Harrisson Ford que fez o papel de Han Solo na série original, mas agora feito por Alden Ehrenreich, ainda bem jovem quando o piloto da Millennium Falcon conhece o amigo Chewbacca e Calrissian (Donald Glover), bem antes de aderir à Rebelião.
Segundo dizem os informativos de filmes, este estava emperrado desde 2015, mas aparece agora em Cannes, do brasileiro Cacá Diegues O grande circo místico, que conta a história de cinco gerações de uma família circense, com Juliano Cazarré, Bruna Linzmeyer, Antônio Fagundes, Jesuíta Barbosa e o francês Vincent Cassel, aparentemente promete, vale conferir.
O quinto e último que faço um comentário, é de volta a questão racial traz de volta Spike Lee, que conta uma historia real em Blackkklansman, um policial negro Ron Stallworth (John David Washington), que se infiltra na Ku Klux Klan e chega a liderar um grupo local.
Filmes que tenho poucas informações, mas a crítica está comentando são: Under the Silver Lake (de David Robert Mitchell, Corrente do Mal), Fahrenheit 451 (Ramin Bahrani), The House that Jack Built (do controvertido Lars von Trier) e The Man who killed Don Quixote (Terry Gilliam) que traz uma repaginação do romance histórico Dom Quixote.
Amanhã retorno com temas de Inteligência Artificial.
Um mundo criado em laboratório
A história de Claude Shannon, que trabalhava num laboratório do MIT de Vannevar Bush e Alain Turing se cruza em meio a II Guerra Mundial, quando trabalhando em projetos secretos, que eram dois lados da mesma moeda, sem saber um do projeto do outro, a ideia de passar a linguagem para um código humano, o System X que trabalhou Shannon, e, o de Turing que era decifrar o código da Máquina Enigma captura do exército alemão.
Não podendo conversar sobre os seus projetos, falando em almoços e encontros do Teorema da Incompletude de Gödel, e a ideia de criar uma máquina que poderia codificar o pensamento humano, dizia em tom de piada, “podia ser um cérebro mundano como o do presidente da Bell Laboratories”, local de desenvolvimento dos projetos secretos das máquinas de codificação (System X) e decodificação da máquina alemã apelidada de Enigma.
Ela começou como um Laboratório em Washington da AT & T (Telefonia americana), e depois tornou-se um laboratório independente, local do desenvolvimento de inúmeros projetos (foto acima).
Os maiores obstáculos às iniciativas de inovação nascem dos bloqueios mentais causados por crenças, preconceitos e percepções não comprovadas sobre as possibilidades da tecnologia, estes além de fortemente alienantes, são inibidores da criatividade e podem condenar a processos de mal desenvolvimento de mentalidades.
Apesar da ironia de Shannon e Turing com o presidente da Bell Laboratories, lá se desenvolveram desde as primeiras válvulas, o primeiro transistor que valeu um Prêmio Nobel, os sistemas telefônicos em suas mais diversas versões chegando a linha discada e o uso da rede para transmissão pela internet, e o sistema de fibra ótima, cujo primeiro teste foi feito na Georgia.
Também linhas de aparelhos de rádio e televisão, o desenvolvimento do sistema UNIX precursor do Linux, as primeiras células solares, diversos prêmios Nobel e alunos famosos passaram por lá.
O desafio de pioneiros nunca é simples, os críticos estão sempre dispostos a desvalorizar o esforço humano de progresso, a Bell Laboratories e outros centros de estudos, como o CERN e Instituto de pesquisa em todo o mundo, o Brasil tem alguns deles como o INPE em São José dos Campos, são centro impulsionadores da criatividade humana e projetam o futuro do homem.
Os falsos tecnoprofetas
A ideia que a máquina é má, além de ser uma concepção anti-progresso evidente, procura sem conhecê-las desmentir a primeira lei de Kranzberg: a tecnologia não é boa, nem má nem neutra, mas em geral, desconhece-se as suas outras 5 leis: 2 – a invenção é a mãe da necessidade, 3ª – a tecnologia se desenvolve em “pacotes”, 4ª – as políticas tecnológicas são decididas, prioritariamente, com base em critérios não-técnicos, 5ª. – toda história é importante, mas a História da Tecnologia é a área mais relevante, e, 6ª. – a tecnologia é uma actividade humana, a História da Tecnologia também.
Jean-Gabriel Ganascia, em seu livro “O mito da singularidade: devemos temer a inteligência artificial?“ (Lisboa: Círculo de Leitores, 2018) desmascara a ideia que num futuro previsível, alguns marcam o ano de 2045 a máquinas possam vir a sempre completamente autónomas e substituir a inteligência humana que em ultima instância é o que as programa e governa.
Cita entre vários outros que acreditam nesta profecia, cujo ponto de ultrapassagem é chamado ponto de singularidade, Raymond Kurzweil, que a parte de sua precoce genialidade, com 15 anos escreveu um programa que partituras musicas para piano, prepara seu corpo e sua mente para serem “carregados” (um download cibernético) numa máquina futura.
Outro tecnoprofeta citado por Ganascia é Hans Moravec, que escreveu “Homens e Robots: o futuro da Inteligência Humana e Robótica” (1988) e “Robot: more machines to Transcendent Mind” (1998) que conduziria a uma transformação radical da humanidade.
Um último, que vale citação, Kevin Warwick escreveu I, Cyborg numa clara alusão a Eu, Robot e que tornou-se conhecido do grande público por ter introduzido na pele um chip encapsulado num vidro dentro da própria pele, para comandar uma série de accionadores remotos, mas parece que seu projecto foi um fracasso, afirma Ganasci (pag. 13).
Os filósofos não ficam parados, deixo de lado aqui os críticos das tecnologias digitais atuais, para ir aos tecnoprofetas futuristas, digno de destaque e citado por Ganascia, Nick Bostrom, físico de formação, faz profecias em seus escritos, e particularmente num sucesso de vendas:
Superintelligence: Paths, Dangers, Strategies, prevendo entre outras coisas a trans-humanity.
Entre os catastróficos tecnoprofetas, Ganascia cita Bill Joy, co-fundador da Sun Microsystems, que escreveu um artigo: “Por que o futuro não precisa de nós”, o autor vai de Leibniz a Lyotard para mostrar porque estas teses parecem reais em nosso tempo, mas não nos estudos e resultados da Inteligência artificial.
São de fato tecnoprofecias, mas fora do tempo, o tempo de oráculos e profetas é da cultura da oralidade, que faz sentido no seu tempo ou nos herdeiros desta cultura: tribos e povos ancestrais que ainda tem esta forma de saber.
Oscar 2018 sem surpresas
O filme A forma da água levou 4 estatuetas, incluindo melhor filme e diretor (Guilhermo del Toro), Dunkirk levou 3 estatuetas, os vencedores de melhor ator e melhor atriz foram Gary Oldman (O destino de uma nação) e Frances McDormand (Três anúncios para um crime).
O meu predileto Blade Runner 2049 levou duas estatuetas (Melhor fotografia e efeitos visuais), assim como “Três anúncios para um crime”, o filme chileno “Uma mulher fantástica” com Daniela Veja foi o melhor filme estrangeiro.
Após 14 indicações, o diretor de fotografia Roger Deakins finalmente aos 68 anos ganhou sua primeira estatueta.
A atriz Frances McDormand foi a responsável pelo palavra mais política: “Todos nós temos uma história para contar. Vamos falar sobre nossos projetos, que precisam de financiamento. Temos que ter inclusão”, referindo-se também ao seu filme de cartazes de uma mãe pedindo que o crime que matou sua filha fosse apurado.
Outro apelo foi o ganhador de melhor diretor, Guilhermo del Toro, mexicano, falou sobre a importância de “apagar as fronteiras” alusão direta a Donald Trump.
Melhor animação para “A vida é uma festa”, que concorriam com O Poderoso Chefinho, O Touro Ferdinando, Com Amor, Van Gogh e The Breadwinner, sinceramente uma decepção.
Jordan Peele tornou-se o primeiro negro a ganhar o Oscar de Roteiro Original em ”Corra”.
Qual é o mal de nosso tempo
A modernidade está em crise, e não é devido a tecnologia e as novas mídias, visto que o processo já foi detectado a muito tempo por pensadores, sociólogos e cientistas sociais, muito antes do aparecimento das modernas mídias, ainda que elas influenciem, não é causa fundamental e nem fundamento desta crise.
Um dos autores que aponta esta crise é Domenico de Mais, escritor de 79 anos, professor da Universidade La Sapienza de Roma, ele fala de uma desorientação, seu último livro o “Alfabeto da Sociedade Desorientada” (Objetiva) chegou às livrarias brasileiras em 2017, ele ficou famoso pelo seu livro “ócio Criativo”.
Em seu livro anterior m meu livro anterior, “O futuro chegou” (editora Casa da Palavra), ele diz que falta à sociedade atual modelo sociológico como referência, é interessante pois observa-se que esta volta as ideologias do século anterior revelam exatamente isto, o modelo binário de entender que ou vamos para o socialismo utópico ou para o capitalismo do período da “Riqueza das nações” de Adam Smith.
De seu livro anterior fico com uma análise que considero importante, onde diz que a falta de referência fez a sociedade der incapaz de distinguir o que é belo e o que é feio, o que é verdadeiro e o que é falso, o que é bom e o que é ruim, o que é direita e o que é esquerda e até o que é vivo e o que é morto, talvez entendamos a onda de “zumbis” e a pós-verdade aí.
Para apontar o que o autor pensa do futuro, ele aponta uma série de “acupunturas sociológicas”, alguns aspectos significativos da nossa sociedade, e explora vinte e seis, o que é a meu ver demasiada e que pode de certa forma confundir.
Ele próprio faz uma síntese ao apontar os fatores que foram “sólidos” (conceito que atribuo a ele em função do líquido baumaniano), da sociedade industrial (1750-1950), qual sejam: a racionalidade, velocidade, eficácia, padronização, consumismo e machismo.
Demonstra como problemas como a concentração de renda poderia ser resolvida a partir de uma visão da riqueza produzida, segundo dados do autor o mundo cresce 3 a 4% ano, e já produz, 65 trilhões de dólares ao ano, e usando um relatório da ONU sobre o Desenvolvimento humano, bastariam 100 bilhões de dólares ao ano para acabar com a fome no mundo.
Aponta visões enigmáticas da sociedade, como perda da privacidade (segundo ele, será impossível esquecer, se perder, se entediar e se isolar), e conseguiremos pela engenharia genética evitar a maioria das doenças (muito irrealista ao menos até este momento), e faz da tecnologia uma panaceia para muitos de nossos males: robôs afetivos (com uso de Inteligência artificial), impressoras 3D que substituiriam as máquinas industrias, etc.
Ainda que apele para a subjetividade, na velha dicotomia entre sujeito e objeto, não vê ainda a questão do Ser que só pode ser resolvida com a presença de outro Ser, conforme análise das correntes existenciais-ontológicas, substituí-lo artificialmente não me parece uma solução.
Mas vale a máximo de Sêneca que gosta de usar: “Nenhum vento é a favor do marinheiro que não sabe onde querer ir”.
Princesa Léia: de Volta para o Futuro
Eu sei, são dois filmes distintos, porém a Universidade Brigham Young (BYU) parece retornar ao caminho da transmissão e projeção de imagens holográficas 3D no ar.
“Nossa equipe tem como missão tornar realidade os hologramas em 3D das ficções científicas” disse Daniel Smalley, professor de engenharia computacional e informática, um especialista em holografia que publicou recentemente (25/01) um artigo na Revista Nature.
A técnica que desenvolveu baseia-se no fenômeno da fotoforese, na qual partículas suspensas em meio a um líquido gasoso (há experiências com gotículas de água que o obriga a serem aspiradas no ar), podendo ser as próprias partículas que estão no ar atmosférico, que precisam ser movimentadas por gradientes térmicos e que pode ser feito por raios laser, explica Smalley “essas telas são capazes de produzir imagens em um ´ar fino’ que são visíveis de qualquer direção e não estão sujeitas a recortes”, ou seja, é visto de qualquer posição do espectador.
O nome técnico deste efeito é mais precisamente: “photophoretic-trap volumetric display” (uma tradução pode ser ´display de projeção volumétrica por armadilha fotoforética´), e é superior a técnicas antigas que não conseguiram capturar a luz por meio do ar para criar um objeto virtual com a mesma noção de profundidade do objeto real.
Mas o mais espetacular é a possibilidade de projeção RGB (Red-Green-Blue, as três cores primárias que compostas foram o espectro visível pelo ser humano), como o ponto de luz é capaz de mover-se rapidamente e assim o ponto de luz produz a cor, a projeção dos rádios laser verde, vermelho e azul produzem o efeito visual da cor.
A imagem colorida em três dimensões volumétrica (3D), terão a resolução de 10-micrómetro (10^-6 do metro ou 10^-4 do centímetro), isto significa produzir 10 mil voxels (Pixels volumétricos) por centímetro ou um milhão por metro cúbico.
Em pouco tempo a comunicação mudou, em 10 anos falamos pela Web em interação visual, graças ao VoIP (voz sobre Internet), agora a interação volumétricas em hologramas, ou também, assistir imagens de objetos e pessoas a nossa volta que estão a milhares de quilômetros de distancias, ou simplesmente, em filmagens de outros tempos, estamos de volta ao futuro.
Insegurança do hardware da Intel
O armazenamento de dados tinha 3 níveis: a memória externa (HDs), a memória do computador (as memórias RAMs) e as bem internas antes chamadas Register (ficam no chip) e hoje de memória de núcleo, ficam no núcleo do computador e são as mais rápidas, mas também podem ser janelas para roubo de dados, hoje há um quarto nível que é a externa armazena em nuvens, centro de computação espalhados pelo mundo que vendem estes armazenamentos.
Um erro de produção dos chips da Intel, que chegam a quase 90% dos chips de computadores pelo mundo (o dos smartphones são muito diferentes), acaba de ser pega numa falha de projeto que dá vulnerabilidade para os dados.
A AMD, concorrente da Intel, aproveitou para manifestar que sua memória de Kernel (as memórias do núcleo do computador) não são afetadas por ataques de hackers, e não permite acesso a senhas e outros dados sigilosos da máquina, através dos quais os dados de um computador podem ser roubados.
Segundo afirmou Paul Kocher, presidente da empresa de segurança Rambus, para o New York Times, o problema pode ser maior se o acesso foi em nuvens, onde grande partes dos dados hoje já estão sendo armazenados, isto porque o compartilhamento de máquinas (e com isto compartilhamento das memórias de núcleo) podem ser feitos, mesmo se considerando o protocolo de segurança que evita acesso aos outros níveis de memória.
Problemas de segurança com as gigantes Amazon, Microsoft e Google, além da fabricante de chips Intel poderão sacudir o mercado, além da AMD outras concorrentes orientais devem estar de olho, de nossa parte alertamos para o chave problema.
Meus azarões do Oscar 2018
Mudbound, lágrimas sobre o Mississipi é um dos meus favoritos, claro ainda não foi lançado no Brasil (previsto para 22 de fevereiro), mas a temática me atrai e também talvez saia na frente por tratar a temática inédita do racismo e feminismo durante a Segunda Guerra Mundial, tem no elenco Garrett Hedlund, Jason Mitchell e Carey Mulligan.
O meu segundo na lista, não poderia deixar de ser pela paixão por tecnologia e ficção, Aniquilação (Annihilation) é um filme na linha das grandes ficções, que impressionou muito a crítica (talvez ganhe só efeitos especiais), e após o grande sucesso de Ex-Machina: Instinto Artificial (vencedor do Oscar de melhores efeitos especiais), o diretor Alex Garland prepara outra ficção científica, sobre uma bióloga participando de uma experiência na qual as leis da natureza não existem, no elenco estão Natalie Portman no papel principal, ao lado de Oscar Isaac, Tessa Thompson, Gina Rodriguez e Jennifer Jason Leigh.
Um dos bons filmes esquecidos do ano passado foi A lagosta do grego Yorgos Lanthimos, talvez por ser um dos roteiristas e diretores dos mais criativos do cinema contemporâneos, agora com um drama familiar poderá ter alguma chance, com uma parceria com Colin Farrell nesta nova mistura de drama e suspense, sobre um cirurgião e sua esposa (Nicole Kidman), transformando a vida de uma família problemática, o Sacrifício do Cervo Sagrado está previsto para lançamento no Brasil em 8 de fevereiro.
Um filme que pode surpreender, é O rei do show , do desconhecido diretor Michael Gracey, um especialista em efeitos digitais, mas o filme é sobre um circo que encantou os EUA, o Barnum & Bailey, justamente é a história de P. T. Barnum, com bons atores Rebecca Ferguson, Michelle Williams, contando ainda com os efeitos especiais e o visual da época é uma boa promessa.
Esperava alguma coisa para Blade Runner 2049 (do diretor Ridley Scott), Harrison Ford repetindo o papel 20 anos depois, o K (Ryan Goslind) e Joi (Ana de Armas) (foto), mas o filme cult de mais e com bilheterias de menos, tem poucas chances, talvez uma homenagem pelo conjunto da obra para Harrison Ford, continuo torcendo, é um épico das ficções.
Fico fora do Glamour dos melhores atores e atrizes, diretores e coadjuvantes, desde o Oscar “branco” de 2016, considero as indicações mais políticas do que artísticas.