Arquivo para julho, 2011
A primavera árabe e a revolução dos pingüins
Chile é o primeiro país na America Latina a iniciar um processo parecido ao que está acontecendo no mundo árabe, um governo Leia o resto deste post »
A Grande Teia Mundial e a análise de Redes Sociais
“Manuel Castells (1999) advoga que somos uma ‘Sociedade em Rede’, que vivemos a ‘Era da Informação’ e alerta para o fato dessa nova morfologia social alterar profundamente os fluxos de informação, a cultura e os modos de produção. Dos mais variados quadrantes da literatura científica, a Informação e as Redes (sociais ou não) são abordadas como dois assuntos de extrema relevância e como estando no topo das agendas científica, social e cultural na atualidade. Discussões, estudos e pesquisas, que aprofundem os conhecimentos sociais sobre os fenômenos relativos à Informação e às Redes poderão ter grande impacto e importância na determinação dos caminhos a serem trilhados pela economia, cultura e sociedade mundial e pela vida individual das pessoas nas próximas décadas”. Trecho da qualificação de mestrado do aluno Gonçalo Costa Ferreira, no dia de hoje, na ECA-USP.
“Os fluxos de informação tanto podem ser verticais, que é o caso comum em organizações hierárquicas, como podem ser horizontais, que é o diferencial que a rede produz tornando a informação acessível em diversos níveis e propiciando a inteligência coletiva (LEVY, 1999) e o trabalho colaborativo. Com esta perspectiva, este trabalho procura contribuir para um aumento da capacidade de responder à pergunta: ‘como, em contexto organizacional, se relacionam fluxos de informação, com a topologia e dinâmica de redes sociais subjacentes?’ “, idem.
Assim a rede pode mudar a morfologia de instituições sociais e podem propiciar um aumento significativo da inteligência coletiva, modificando não apenas a forma como elaboramos o conhecimento, mas principalmente, a forma como nos relacionamos para isto.
“…a Informação e as Redes Sociais, pelo que desde logo está alinhado com duas importantes dimensões de pesquisa e desenvolvimento neste inicio de século … as relações que os agentes sociais estabelecem entre si e os entrelaçados de relações que assim se formam, constituem as Redes Sociais através das quais flui a Informação … “ (Gonçalo Costa Ferreira)
Uma nova dinâmica de relações que se iniciou a partir de novos fluxos de informação, antes caracterizados apenas por estoques em meios físicos, agora é um fluxo que flui e pode mudar organicamente todo um conjunto de relações sociais, que tem ainda na base a hierarquia e o individualismo, porém quase sempre conectados e dependentes.
As redes sociais humanas independem da rede eletrônica, mas a grande teia mundial é um imperativo para uma nova maneira de relacionamentos e acesso à informação: uma sociedade mais colaborativa, mais horizontal e de relações mais abertas.
Cibercultura, os computadores e as opiniões
Segundo Pierre Lévy, no livro “Cibercultura”, computadores não são um centro, mas sim apenas um nó, um terminal, um componente da rede universal de dados que interliga pessoas e máquinas. Num sentido amplo podemos pensar a rede eletrônica como um único computador, mas não é possível determinar seus limites, porém deve-se sempre pensar que além das redes eletrônicas existem as redes de pessoas, o conjunto de pessoas que são parentes, amigos e pessoas influentes em nossas vidas são uma rede, gerenciá-los bem significa boas relações.
No passado mandávamos cantar, telefonava-se de vez em quando, agora é possível ter estas pessoas mais próximas, porém o uso da rede requer habilidade.
Isto não significa que o computador representa o centro de nossas vidas, o centro continua e deverá continuar sempre as pessoas, mas a relação com elas pode ser ampliada e melhorada com as redes eletrônicas, os contatos podem ser maiores e mais intensos, mais constantes e os horizontes podem ser mais amplos.
Em apenas uma palavra estamos num novo espaço: o ciberespaço. Com eles as informações contidas em computadores de todo mundo se disponibilizadas na Web, possibilitam aos usuários um acesso a novos mundos, novas culturas, sem a locomoção física, é um mundo da gratuidade da informação e das relações.
Com o armazenamento de notícias, textos, imagens, dados, etc e estando disponível o tempo todo on-line a noção de tempo também muda e com ela um mundo cada vez mais abrangente de relações e de possibilidades.
Houve também uma grande mudança no comportamental, com uma forte redução de custo da informação e também novos perigos como em qualquer mudança. Antes o que era distante agora é próximo, as máquinas, como componentes do ciberespaço, otimizaram o tempo mas as relações humanas e pessoas continuarão sempre essenciais e fonte de toda sociabilidade humana.
Segue abaixo um conjunto de opiniões sobre a internet e os computadores.
O computador é importante para | Pessoas | % |
Os jovens apenas | 88 | 13,01775 |
Um bom profissional é necessário | 79 | 11,68639 |
Trazer possibilidade de trabalho e lazer | 89 | 13,16568 |
É uma máquina de escrever sofisticada | 77 | 11,39053 |
Podem gerenciar melhor a própria vida | 81 | 11,98225 |
Iniciar as crianças como escrever e ler | 83 | 12,27811 |
Interfere mais na forma que no conteúdo | 55 | 8,136095 |
Foi a maior invenção do século | 86 | 12,72189 |
Transforma as pessoas em máquinas | 38 | 5,621302 |
TOTAL | 676 | 100 |
Fonte: http://vandamaranhao.blogspot.com/
Retirei os dados de 92 pessoas que acreditam que o mundo se tornou melhor com os computadores, penso que é um processo de criar um mundo mais unido através do fortalecimento das relações com os “diferentes”.
Primeiras impressões e estatísticas do Google+
Li uma experiência, nas notícias do Cnet News que me fez lembrar de algumas coisas, tanto de pessoas que tem restrições à Web e às Redes Sociais, como dos “novidadeiros” que pensam que descobriram a maior novidade do mundo, junto com mais de um milhão de pessoas.
Dizia no início da experiência do articulista digital, creio que Chris Matyszczyk que é quem assina o artigo: quando alguém diz “de modo algum” minhas fontes céticas naturais imagina mais um narciso, acréscimo meu: e então afirmam com convicção uma grande e contraditória ideia do tipo: estes milhões de pessoas na rede são solitários.
Felizmente as Redes Sociais estão desenvolvendo medidas, existência de laços fortes e fracos e a dos buracos estruturais onde se encontram os atores que não podem comunicar entre si a não ser por intermédio dum terceiro, que está inserido em outra sub-rede.
Há outras medidas, como o grau de centralidade e outras, com aplicação em diversas áreas que incluem: a antropologia, a biologia, os estudos de comunicação, a economia, a geografia, as ciências da informação ou a psicologia social.
No caso do Chris, ele recebeu esta resposta: “Nós não temos quaisquer métricas específicas para compartilhar publicamente agora. Como você sabe, nós estamos ainda em um ensaio de campo muito limitado e o objetivo do teste de campo é ver como Google + trabalha fora das paredes do Google. ”
Surpreendeu-me porque parecia em algumas ferramentas haver características mais científicas no Google+ que em outras redes de “relacionamentos” apenas.
Polêmica a parte, eis algumas medidas estatísticas (em dados brutos apenas) apresentadas :
Homem | 698.703 | 73,70% |
Mulher | 234.504 | 24,74% |
Outro | 9.404 | 0,99% |
Não respondeu | 5.385 | 0,57% |
TOTAL | 947996 | 100,00% |
Fonte: Cnet News.
Para uma ferramenta ainda em teste é sem dúvida um número já surpreendente, apenas fica uma dúvida sobre os projetistas destas redes, porque não estabelecer e expor as métricas, o que não seria muito difícil para muitos especialistas.
Para os críticos, são 1 milhão de individualistas se relacionando ? para os “novidadeiros” esse um milhão significa já um fato, não há mais novidade.
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