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A arte que reeduca o olhar
Sempre que olhamos determinadas cenas e lugares públicos vemos algo além do real,
são nossas imaginações que remetem a memória e a nossa fantasia sobre aquele local, era mais fácil fazer isto antigamente porque havia um pouco de poesia e arte no ar, e agora ?
Bem o mundo digital, demonizado por alguns e mal-entendido ainda por muitos analistas, tudo leva um tempo de maturação, já tem diversas instalações e novidades.
É o caso do artista e fotógrafo Gerson Turelly, cuja concepção e manipulação digital foram feitos em Israel, mas a maioria dos pontos turísticos com imaginação virtual é do Brasil.
Seu projeto tem o nome de “Olha de Novo” e conforme ele própria afirma o objetivo é “criar uma conexão lúdica com a bagagem de memórias de cada indivíduo em relação aos espaços e pontos turísticos de sua cidade“.
Você pode acompanhar o trabalho criativo no site do artista, onde vai ter mais informações sobre este projeto, como qual o processo que usa na composição de suas criações.
É na minha opinião uma reinvenção de obras que já conhecemos como as “gordinhas” de Salvador, trabalha da artista plástica Eliana Kértsz, onde as variações são braços, pernas, bochechas cheios de curvas e volume.
Também a chamada “Cow Parade“, ou “parada das vacas”, que rodou o mundo, mas em cada cidade permitia a sua comunicação visual com o o espaço, por exemplo em diversos pontos turísticos de Belém as vacas feitas de fibra de vidro que foram customizadas por artistas regionais selecionados, e tiveram como madrinha Fafá de Belém.
O interativo e o participativo entram no imaginário da arte contemporânea, e é Arte.
Chip revoluciona IoT
Uma empresa quase falida resolve investir no desenvolvimento de um chip para a Internet das Coisas (IoT) não só salva a própria empresa como promete revolucionar o mercado.
O chip é é o ESP8266, da empresa Espressif, o preço $ 5 (5 colares), menor que uma moeda e integrado em diversas soluções, por exemplo, comunicação com a interface serial da maioria dos modelos de computadores, a chamada UART (Unidade Universal de transmissão assíncrona), isto significa transmissão com qual dispositivos com interface TCP da internet.
Veja algumas de suas características descobertas (em inglês é peneiradas, mas em chinês é escondidas mesmo): É um System-On-Chip com Wi-Fi embutido, Tem conectores GPIO, barramentos I2C, SPI, UART, entrada ADC, saída PWM e sensor interno de temperatura, CPU que opera em 80MHz, com possibilidade de operar em 160MHz, Arquitetura RISC de 32 bits, 32KBytes de RAM para instruções, 96KBytes de RAM para dados, 64KBytes de ROM para boot, memória Flash SP e Winbond W25Q40BVNIG de 512KBytes;
Para programa-los, a empresa possui um repositório no GitHub, onde disponibiliza exemplos de código para firmwares com RTOS e comandos AT, e sua SDK, por exemplo, além disso há um fórum de desenvolvedores do ESP8266, mantido pela Espressif, onde é possível encontrar uma ampla gama de materiais.
Será que teremos novos desenvolvedores de garagens pelo mundo
Regulamentar ou não a IoT
A IoT (internet of Things) está aí, relógios, nos carros, equipamentos médicos e outros dispositivos já estão no mercado, isto deverá crescer até a conexão total entre coisas que se comunicam.
Segundo dados do relatório “Internet de las Cosas en América Latina” (feito no idioma espanhol) da 5G Americas a preocupação com regulamentação excessiva pode impedir o modelo de negócios, enquanto no Brasil, especialistas apontam ao contrário: a necessidade de uma regulamentação urgente, quem tem razão ?
Os dois, mas é preciso uma questão de bom senso, em geral no Brasil se regulamenta até o formato dos pinos da tomada (uma brincadeira, mas é verdade), enquanto no exterior a preocupação é com segurança e padronização para que todos adotem medidas parecidas, no caso dos dispositivos IoT, frequências parecidas e padrões de segurança.
A principal preocupação deve ir ao sentido que é preciso muita atenção para não impedir o avanço de um novo modelo de negócio ao mesmo tempo garantir mais segurança, mas sem pânico e exageros, nada é totalmente seguro, mas é claro é preciso adotar medidas, mais equipamentos vai significar menos segurança.
Segundo o relatório da 5G Americas, através de um de seu diretor José Otero: “O risco de regulamentação excessiva ou mal concebida poderia retardar as enormes oportunidades de crescimento na região da Internet das Coisas. Por esta razão, é necessário que todo o ecossistema de atores dialogue e colabore com os reguladores sobre este importante avanço tecnológico”.
Segundo um consultor da Machina Research, Andy Castonguay, se a fragmentação e a complexidade do sistema IoT e suas muitas abordagens tecnológicas fizerem com que se torne um desafio a implantação, mas será um pouco perigoso se os reguladores forem proibitivos em seus mandatos ou se favorecerem tecnologias específicas.
Uma das principais considerações sobre as políticas públicas no setor devem ser feitas considerando a soberania e privacidade da informação e para a segurança.
Filosofia, Inteligência Artificial e Deus
Continuamos a leitura de Peter Kreeft, agora o interlocutor de Sócrates, Peter Pragma está com urgência de resolver seu problema de profissão e procura Sócrates.
Peter começou as aulas de filosofia e o professor colocou a questão: qual a diferença entre a inteligência humana e a inteligência dos computadores, isto o remeteu a ideia de entrar na computação, estamos na página 55, ao que Sócrates indagou:
SÓCRATES: Você quer se transformar num programa de computador, você quer dizer? Pois a única coisa que entra nos computadores. É a única linguagem que os computadores entendem.
O professor lançara esta pergunta que Sócrates considera-a fácil de responder, mas Peter não quer nenhuma evasiva, e Sócrates vai direto ao ponto:
SÓCRATES: A inteligência artificial não pode fazer aquilo que a sua inteligência natural acaba de fazer.
PETER: O quê ?
SÓCRATES: Ela continua fazendo.
PETER: Oh … oh. Fazendo perguntas, é isso.
SÓCRATES: Parabéns. Você encontrou o tesouro.
Peter e Sócrates vão dialogando e percebem que a origem mesmo de sofisticados programas, como de inteligência artificial, devemos falar em “pessoas” e não apenas em máquinas.
Mas qual o princípio disto tudo? Precisamos primeiro de um programador não programado, ou de um programador que possa questionar sua programação, há uma peça inicial do dominó.
PETER: isso soa como um novo argumento para a existência de Deus.
SÓCRATES: O mesmo princípio funciona tanto num caso como no outro. É o princípio da causalidade, que diz que você não pode dar aquilo que não tem, que efeitos não podem existir sem as causas adequadas, que não pode haver menos na causa total do que no efeito. …
PETER: Eu não sei quanto a Deus. Vamos falar de algo que nós conhecemos: nós mesmos.
SÓCRATES: Algo que você conhece, talvez. Quanto a mim, eu acho o eu um mistério, do mesmo modo como acho Deus um mistério.
Peter relembrará a frase de Sócrates: “conhece-te a ti mesmo”, e dirá:
PETER: Porque é tão difícil conhecer-se a si mesmo, Sócrates?
SÓCRATES: Porque o eu é o próprio cognoscente. Como pode o sujeito tornar-se seu próprio objeto? Como pode o eu tornar-se isto ? É por isso também que eu acho Deus um mistério. O eu humano é uma imagem do Eu divino.
e continua …
Tendências para 2017
Enquanto a Gartner aponta que os desktops começarão a sumir do mercado se as empresas destes monstrengos não começarem a se reinventar, a ThoughtWorks divulgou uma lista de tecnologias emergentes om destaques para o crescimento de conceitos como Realidade Virtual e Aumentada (VR/AR), processos baseados em Docker, e plataformas de serviços em nuvens (PaaS), produzindo uma arquitetura de “microsserviços”.
Estes microsserviços são processos que executam nos ambientes virtuais em nuvens, como ambiente primário para o desenvolvimento de um “ativismo” digital capaz de influenciar mercados, segundo Mike Mason da ThoughtWorks: “vemos um avanço nos níveis de abstração” do que é considerado “ativismo”, isto é, não apenas políticos e social, mas também econômico e empresarial.
Embora o fenômeno “Pokemon” seja restrito ao entretenimento, este conceito deverá migrar para outras áreas de aplicação e deverá influenciar equipes de TI agora mobilizadas para o desenvolvimento de Plataformas em Núvens, o PaaS (Platform as a Service).
Docker é já um exemplo de sucesso nesta linha, feito para colocar soluções em nuvens, que o mercado tem chamado pelo nome desta metáfora “Silos” (uma tradução para Docker).
Docker é um projeto de código aberto que automatiza a implantação de aplicativos dentro de recipientes de software, fornecendo uma camada adicional de abstração e automação de virtualização no nível do sistema operacional.
Outra solução nesta linha é o desenvolvimento de Linguagem Natural, a anos esperada para soluções de aprendizagem, este tipo de solução auxiliária as assim chamadas Machine Learning, isto é, serviços que levam a uma aprendizagem rápida de processos com uso de computadores, numa relação homem/máquina bastante interativa.
Machine Learning é um método de análise de dados que automatiza o desenvolvimento de modelos analíticos. Usando algoritmos que “aprendem” interactivamente a partir de dados, isto permite que os computadores encontrem insights escondidos nos dados, sem serem explicitamente programados para o fazer.
Tecnologia, meios e Heidegger
A questão da técnica remete a essência, o que significa em termos mais claros o que é o “agenciamento de meios para a consecução de fins”, por isto usar tecnologia causa mal-estar em alguns, pois é preciso compreender os “meios” que se usam para certos “fins”.
Aristóteles classificou em quatro as causas definidas para fins operatórios, que em certo sentido são os meios, onde a causa eficiente (a que atinge os fins), é aquela que mais propriamente está ligada a produtos ou efetuação dos efeitos.
Só para constar as outras três causas são: a material, a substância que é feita certa coisa, a formal, a essência da coisa e a final: a razão de algo existir, está é a que muitos confundem.
No significado grego a causa é o que caminha na relação operatório, ou seja, a efetuação pode ser substituída como o comprometimento, assim as quatro causas podem ser vistas como o comprometimento da produção de uma coisa.
Assim supera-se a ideia de fazer algo, a partir de alguma coisa para atingir determinado fim, e devemos rejeitar até mesmo aquilo que se chama uso “consciente” da coisa”, pois pode ter uma interpretação pessoal ou até mesmo utilitária do que é este uso.
O sentido heideggeriano é deixar acontecer, o ocasionamento ou o que vem a aparecer, por isto uma criança se surpreende com a técnica e o adulto fica apreensivo, pois acontece algo novo no que pode ser chamado de plano natural, com a diferença que o tecnicamente produzido, tem esse deixar aparecer por meio de um meio construído e não algo da natureza.
O que aparece de novo no texto heideggeriano “A questão da técnica” é que o questionar não é deixado de lado, mas faz um ajuste entre meios e fins, saindo da esfera puramente instrumental para fazer o “desocultamento” da técnica, o que por vezes é difícil por toda complexidade que se esconde nela;
O que ele faz é estabelecer uma relação entre o uso da técnica e a verdade, que permanece aprisionada quando se faz o seu uso sem estabelecer esta relação, o que significa a representação de um fim perante o uso de uma técnica, ou seja, a verificação se fazemos com “exatidão da representação”, aquilo que se deseja atingir (fim) com uso deste meio (técnica).
A dançarina Amy Purdy fez apresentação de uma dança acompanhada por um robô industrial na Abertura das Paraolimpíadas do Brasil, representando a relação do homem com a tecnologia (foto).
O Tu como encontro com o Eterno
É notável que Martin Buber profundamente judeu e profundamente influenciado pelo Hassidismo, que afirma que Deus faz morada no homem e dialoga com a criação, que tenha desenvolvido uma cultura horizontal onde tudo aquilo que é essencial, acontece entre os seres humanos e entre o homem e Deus.
Mas o núcleo de seu pensamento acontece precisamente no problema que o homem tem com o ser de relação, isto é, aberto ao diálogo com o TU, mas numa abertura total.
Em sua análise da sociedade e dos pensamentos atuais faz uma síntese interessante, nem individualismo nem coletivismo, o primeiro entende o homem só como uma parte e o segundo o homem só como parte, não há em nenhum dos dois o alcance da totalidade.
O primeiro coloca o homem sob uma máscara, que vive hoje grande parte da sociedade, mas em ambos há um abandono do sentido cósmico e social, o medo do universo e da vida, sem uma constituição existencial do homem que não o coloque fora da solidão.
Para Buber o indivíduo somente conhece o outro em toda a sua alteridade como hmem, a experiência que se realiza ao partir em direção ao outro, é que rompe a solidão, e realiza um encontro estrito e profundamente transformador, não é um agregado, mas algo novo.
Há em toda relação existencial com o profundo do outro algo existencial, mais profundo que um “nós”, não é um coletivo ou individualismo em grupo, é a relação, a instalação feita por Monique Allan em um parque de Buenos Aires de 2010 (Foto) lembra isto.
O sujeito humano atinge o seu ser através do “proferir Tu” (Dusagen) e não do “proferir Isso”;
O homem atinge o fundo do seu ser ao “proferir Tu” (Dusagen) e não ao “proferir isso”, ou seja, é na relação EU-Tu que se integrando completamente com o mundo, descubro o Eu verdadeiro, no dizer de suas palavras: “A palavra-princípio Eu-Tu só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade. A união e a fusão em um ser total não pode ser realizada por mim e nem pode ser efetivada sem mim. O Eu se realiza na relação com Tu; é tornando Eu que digo Tu” (BUBER, 1977: 13).
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BUBER, Martin. Eu e Tu. Tradução de Newton Aquiles von Zuben. São Paulo: Cortez e Moraes, 1977.
Realidade Aumentada e Pokemon Go
Chego na minha universidade para trabalhar e vejo um monte de estudantes andando sós ou em grupos de lá para cá, pensei tratar-se de nova greve, alguma prova de seleção para algum curso, mas eram o que já estão sendo chamados de pokébolas capturando Pokemons, mas a cena era nova e curiosa.
Desde a década passada há trabalhos e ambientes de realidade aumentada, pensava num uso mais produtivo, museus virtuais, estudos de física, química ou astrofísica; mas os games foram o primeiro grande uso, virou uma febre e que febre.
Disse-me um aluno que não é só sair poraí capturando Pokémons, encubando ovos, há várias táticas e mecânicas que podem tornar um jogador melhor que os outros.
Ele me resumiu assim: não disperdice pokebolas, pokemons com círculos amarelo em volta são muito fortes, procure pokemons diferentes em ambientes diferentes, capture pokemons repetidos que é mais fácil, e não precisa ficar com a câmera o tempo todo ligada.
Mas voltando a realidade aumentada, os congressos brasileiros na área existem desde o final do milênio passado no Brasil, o pioneiro Prof. Dr. Claudio Kirner me explicou que na verdade são 4 níveis: a realidade aumentada, a virtualidade aumentada e o ambiente virtual, como os Pokemons estão no primeiro nível podemos pensar que haverão no mínimo mais 3 evoluções.
O que vem por aí pode ser mais surpreendente ainda, então penso que isto veio para ficar.
Verizon compra Yahoo
Anunciada nesta segunda-feira (25/07) a operadora de telecomunicações americana (com pouca presença no Brasil), anunciou a compra do site Yahoo pelo valor de R$ 4,83 bilhões, mas a operação final deve ser autorizada pelo governo americano até o final do ano.
Tendo se iniciado com site de busca, a competição deste além da AOL com a Google acabou sucumbindo as Buscas ao Google, e a interação em mídia de redes sociais ao Facebook.
Tornando-se a terceira maior em publicidade, unidas a Verizon, uma das duas grandes americanas em telecomunicações (a outra é a TIM-móvel), a expectativa é que possa fazer frente ao site de buscas e lançar novas ferramentas de mídias de redes sociais alternativas ao Facebook, o futuro digital pode reservar ainda mais novidades.
Maria Mayer que foi contratada a quatro anos para dar uma virada na Yahoo foi ao que parece mal sucedida no negócio de fazer a marca entrar numa nova fase para uma empresa com mais de 20 anos de existência, e com o fato pertencer agora a uma operadora de telefonia móvel poderá auxiliar este avanço esperado.
No momento o que aparece ao público serão sites, aplicativos e diversos tipos de operações de vídeo, imagens e chats, mas o negócio já tem em vista participação na gigante de negócios Alibabá, onde a Yahoo Japan Corp. tem 35,5% de participação, então devem vir novidades.
DIY é uma mudança cultural
Talvez ainda incompreensível, mas o movimento “faça você mesmo” (DIY, Do It Yourself), que apareceu nos anos 90, inclusive no Brasil tendo até revistas: faça você mesmo consertos, decoração, infantil, festas, etc. agora reaparece com força inclusive em escolas com uso de dispositivos eletrônicos e impressoras 3D, em “makerspaces” segundo a Business Insider.
O estimulo vem das redes como HGTV e DIY, também em sites como Pinterest, mas há infinitas lições no Youtube e outras ferramentas: como fazer determinados pratos, fazer pão integral com fermento natural, mudar seu ambiente com material aderentes, etc.
Do ensino fundamental ao médio, faculdade e podendo ir mais além, as escolas estão encontrando novas maneiras de usar a tecnologia do século 21 para trazer de volta para a sala uma nova geração mais exigente e proativa que as anteriores, claro é um fato, há quem diga o contrário, mas é puramente pelo fato de não saber lidar com a novidade.
As tecnologias que vem em auxílio são fantásticas, desde a já populares impressoras 3D (ao menos no mercado europeu e americano), até o acesso a tecnologias inovadoras como os cortadores a laser, que fazem brotar na sala de aula protótipos e invenções.
As escolas de vanguarda vão se apropriando deste novo estilo, chegam a introduzir até mesmo mecanismo de controle com a programação de Arduino, em modelos e interfaces cada vez mais criativas e facilitadoras de automações.
Vão achar um jeito de criticar, mas o futuro chegou agora, também nas salas de aula.