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Arquivo para setembro, 2011

Quando o design altera o produto

07 set

Nem desempenho, nem universalidade, nem software gratuito tem garantido o sucesso dos tablets da Apple, o sucesso para muitos analistas está no design.

O reconhecimento de Jonathan Ive, ou apenas Jony, que alguns designs podem ser visto dos British Council Design Museum, chegou no MoMa, o Museu de Arte Moderna de Nova York, onde a curadora Paola Antonielli, da divisão de arquitetura e design do museu, contou ao site Huffignton Post que desconhece alguém que seja tão admirado e tão amado em termos universais declarou ela:

“Os produtos hoje precisam ter um design melhor para as pessoas comprarem foi o que Jony Ive, Steve Jobs e a Apple fizeram”, acrescentando “De repente as pessoas ficaram acostumadas com a elegância e a beleza, e não tem volta”, comentando o renomado estilo dos produtos da Apple.

Jonathan Ive cresceu em Londres, na Inglaterra e estudou na escola politécnica de Newscastle, um pouco antes de se formar criou uma empresa de design chamada Tangerine. Foi através dela que a Apple conheceu o trabalho de Ive e o contratou quando, Jobs  ainda estava afastado da companhia e foi Robert Brummer, então designer sênior da Apple, quem chamou Ive para a empresa.

Em 1997, com a volta de Jobs ao comando da Apple, Ive rapidamente se tornou o “guru do design” de Jobs e foram eles construindo uma parceria que fez da história.

Quando em 1999, foi lançado iMac, Ive falou em outra entrevista feita ao Huffington Post sobre o formato inovador do design da máquina, disse na época: “Nós sabíamos que tínhamos um computador inovador quando o visualizamos, e com o apoio de Jobs nós fomos capazes de fazer isso acontecer”.

Naquela altura a maioria dos laptops eram quadrados e em grande parte preto, bege ou cinza, o iMac em cinco cores: morango, uva, tangerina, limão e, vendeu 150 mil deles no primeiro fim de semana após seu lançamento, e 800.000 iMacs até o final do ano.

O iMac mudou a forma como os consumidores pensam os computadores pessoais e sobre a própria Apple e inaugurou uma nova era de produtos eletrônicos de consumo tornando-os peculiares, divertidos e coloridos.

Vivemos uma época do feio, a falta de concepçao estética, do escuro e das cores cinzentas, o belo faz a diferença.

 

Show em 3D marca aniversário de Moscou

06 set

Cerca de 100.000 espectadores assistiram a um evento de luz com projeto 3D cobrindo os mais 25 mil metros do edifício principal da Moscow State University.

Complementado com muita música e fogos de artifício foi festejado o 864º.  o aniversário de Moscou.

The show was masterminded by David Atkins, director of the opening ceremony for both the Sydney Olympics Games in 2000 and the Shanghai World Expo in 2010.O show foi projeto por David Atkins, conhecido por ser o diretor da cerimônia da abertura dos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000 e dos Jogos da Shanghai World Expo em 2010.

O show 3D em certo momento transformou a Universidade em outros prédios históricos de Moscow, transforma-a em um conjunto de blocos de gelos que demororavam depois num imenso aquário e também em uma biblioteca gigante (a foto ao lado) num espetáculo de luzes cores e música (alguns trechos podem ser vistos na web como no site a BBC News e no YouTube).

Outra parte do show foi a escala do mundialmente famoso alpinista de áreas urbana Alain Robert, conhecido por ter escalado a Torre Eiffel eo Empire State Building, agora ele subiu o prédio da universidade de 240m de altura.

O alto custo de equipamentos e da tecnologia por trás destes shows, só os tornam possíveis em grandes eventos, postamos dois meses atrás o evento parecido em Santiago de Compostela (veja o post).

No final do show, 5.000 fogos de artifício foram queimados dando um final apoteótico ao festival de comemoração do universário de Moscow.

A primeira referência a esta cidade data de 1147 quando Yuri Dolgoruki convida o princípe de novgorod para estar com ele em Moscovo (Vem comigo, irmão, a Moscovo), encontro que aconteceu a 4 de Abril de 1147, quando vieram vários principes de regiões vizinhas que trocaram presentes e fizeram um acordo de mútua cooperação, porém a data de criação passou a ser festejada em 5 de setembro.

 

Um laboratório de apps Sociais

05 set

O Citris é um Laboratório de Apps Social faz aplicativos gratuitos baseados em formas lúdicas de jogos para que os usuários explorarem os seus ambientes, fazendo que se envolvam com questões locais sociais, por exemplo, promovendo a saúde pública, e tornarem-se cidadãos.

As fivisões de Ciências Sociais e de Artes, e de Humanidades na Universidade de Berkeley, fizeram projetos muito atuais como os que ajudam a combater a dengue, reduzir a asma, e envolver os cidadãos locais em questões urbanas, tudo isto pode ser visto no site do Citris.

A dengue afeta cerca de 50 milhões de pessoas, e 2,5 bilhões estão em situação de risco com o vírus, ela está em ascensão em áreas urbanas em todo o mundo tropical, mas é evitável.

O antropólogo James Holston e o professor de arte Greg Niemeyer , colegas do laboratório, estão desenvolvendo um aplicativo que usa telefone celular crowdsourcing para ajudar os residentes urbanos resolverem este problema global.

Holston afirma que eles estão interessados em ajudar pessoas desprivilegiadas da sociedade a se tornarem mais engajados. “Assim, muitos californianos produtivos são excluídos da participação política nas comunidades em que vivem e trabalham, porque eles não são cidadãos dos EUA ou porque são ‘ilegais’. As pessoas tendem a se concentrar sobre os residentes, eu acho que seria melhor perguntar o que a democracia americana está perdendo por não envolvê-los “.

Outra ferramenta bem simples, mas poderosa  é chamada CitySandbox (ver citysandbox.com ) que pretende tornar a participação ativa mais fácil para todos, começando pela cidade de Berkeley. Em junho, eles lançaram o website baseado em mapa (que ainda está em versão beta) para fazer a ponte entre o conhecimento da vizinhança local e as instituições políticas.

Todos os projetos têm como claro objetivo envolver os moradores locais no pensamento crítico, na recolha de dados para priorizar problemas, transformar os resultados em ação, conforme afirma Holston: “Administradores da cidade estão desesperados para encontrar formas de envolver os moradores locais na democracia”, talvez lá aqui em breve.

 

E-books e biblioteca nas nuvens

03 set

Com tecnologia de  Cloud computing os ebooks já poderiam ser lidos por um computador, sem que este possua um HD para ter o livro salvo na memória e só uma pessoa o lesse.

Esta tecnologia cloud computing permite uma disseminação da informação, além da aceitação do retirada do livro em um lugar físico, o livro eletrônico pode ser disseminado em uma comunidade de leitores, e surgiu a ideia de colocar estes livros numa “nuvem”.

Em agosto do ano passado postamos, notícia que pode ler lida em outros sites, que na Amazon os ebooks tinham ultrapassado o livro de capa dura.

Agora a Gol editora lançou na XV Bienal do Livro que se realiza no Rio de janeiro, anunciou que lançará no dia 11 de setembro, que por enquanto o serviço da Nuvem de Livros, a novidade, estará disponível somente para portadores de senhas, mas que estará aberto ao público em questão de dias, com um acervo inicial de 3 mil títulos, escolhidos sob a curadoria do escritor Antônio Torres, e afirma ter um público potencial inicial de 80 milhões de leitores.

O diretor de relações institucionais do Gol Grupo, Roberto Bahiense afirmou que o enfoque é mesmo a Biblioteca, “só que virtual”, afirmou o escritor curador, explicando: “Nós não vamos vender livros; as pessoas leem e depois devolvem para a nuvem. É um projeto que tem uma preocupação educacional, que pode atingir escolas, universidades e o público em geral”.

Entre as editoras que aderiram o projeto estão: Ediouro, Nova Fronteira, Moderna, Conrad e Ibep-Nacional, e outras.

A Nuvem de Livros está organizada em estantes, tal como uma biblioteca, explicou Antônio Torres, autor de 12 livros e ganhador do Prêmio Jabuti, como curador.

 

O medo líquido, o sólido e o virtual

02 set

Postei sobre a “Via” novo livro de Morin e suas novas idéias, no mês passado ele e Zygmunt Bauman,  estiveram em Porto Alegre num evento sobre o futuro e algumas idéias ficaram mais claras para o mundo atual e a tecnologia.

Bauman, com 86 anos, explorou o que acredita ser uma democracia supranacional, que abranja o mundo todo, Edgar Morin explorou a mesma ideia, mas pare ele, um dos primeiros pensadores a defender com afinco a transdisciplinaridade, “a humanidade conectada de hoje, mais do que nunca, precisa trabalhar em plena cooperação” e defendeu ainda um possível (portanto virtual) desenvolvimento do capitalismo financeiro, como chama o sistema atual, a mundialização ambivalente“.

Já Bauman dentro de sua análise sociológica coloca uma crítica pessimista a esta forma de conexão atual, em entrevista ao Globo afirmou: “Nós somos seres que se escoram no que vem de fora. Perdemos a capacidade de nos auto-estimular. Estar sozinho – a liberdade de gastar o tempo com nossos próprios pensamentos, perse sonhada por nossos ancestrais – é identificado hoje com solidão, com abandono, com a sensação de não pertencer. No MySpace, no Facebook ou no Twitter, o ser humano enfim conseguiu abolir a solidão, o olho no olho consigo mesmo”.  Consigo mesmo ou com o outro ? Não seria isto que pensaram Emmanuel Levinas, Paul Ricouer e Martin Buber.

Penso que o que está fora (objetos e pessoas) é tão importante quanto o que está dentro e age, e hoje ainda mais.

Tudo isto é virtual, no sentido de possível ou potencial, mas temos medos de algumas coisas realmente líquidas: os números apontam para uma catástrofe ambiental e econômica, mas a história da humanidade nos mostra a incrível capacidade de autosuperação e sobrevivência, evolução e involução de nossa espécie, o isto nos dá esperança que existe um futuro marcado por uma humanidade mais coletiva, veja a primavera árabe e os protestos de gente comum [como Anna Hazare] contra corrupção, impunidade e desmandos.

O segredo, mudando a palavra globalização para a mundialização, segundo eles, reside no que chama de mundialização com desmundialização.

Mas o que significa isto: “a desmundialização passa pela valorização da comunidade e o fortalecimento dos laços de solidariedade dentro das pequenas comunidades , mas solidariedade que seja “amor” e não ideologia.

Ora, curiosamente as redes tem um estudo chamado de seis graus de liberdade (veja o post), que indica que com seis passos posso chegar a qualquer pessoa, e ainda estes laços nem sempre é presencial o que não significam que seja real, toda ligação não-presencial é com alguém real.

Quase toda crítica ao virtual sempre coloca-o como oposto ao real, que não é verdadeiro nem mesmo no dicionário, desejando compreender melhor pode-se ler alguns autores: Pierre Lévy (O que é virtual?) ou pode-se ler o artigo de Renato Rocha Souza, bastante claro e sintético.

 

O tablet TouchPad ressuscitou ?

01 set

Anunciado em junho, e após encalhe (veja nosso post) anunciado a interrupção da produção no início de agosto, agora a HP resolve de um mês de início de uma  liquidação por U$ 99, sucesso de venda, muda de novo e a HP resolveu anunciar esse lote extra para este mês.

Ainda não significa que a empresa retornou a disputa no acirrado mercado de tablets, no comunicado a imprensa disse ter ficado “positivamente surpresa com a grande procura pelo aparelho, o que fez acabar o estoque”, mas que encerrará a produção do TouchPad, como havia anunciado.

Em post em site da empresa o gerente de relações públicas Mark Budgell afirmou: “A oferta limitada estará chegando, e será de poucas semanas antes de estarem disponíveis. Logo diremos mais sobre como, quando e onde os TouchPads estarão disponíveis, vamos comunicar que aqui e através de e-mails que solicitarem a notificação”.

A HP havia surpreendido os mercados há duas semanas, quando anunciou que poderia abrir mão do seu negócio de PCs, sendo uma das maiores do mundo,  quando adquiriu por US $ 25 bilhões o Compaq em 2002, e sairia deste mercado.

Em entrevista a Reuters, um representante da venda desta divisão da HP, Todd Bradley, chefe do Personal Systems Group afirmou: A computação Tablet é um segmento do mercado que é relevante, absolutamente”, disse ele, sem dar mais detalhes, mas disse que seu trará o “melhor valor” para os acionistas da HP, com respostas vagas como: “”Minha intenção seria a de conduzi-la através desta operação … e sendo uma empresa pública autônoma, para conduzir isso.”

Mas deu algumas dicas, tais como, vender a divisão de PCs para um rival como o Acer Inc de Taiwan, que adquiriu a fabricante de computadores Gateway em 2007, ou para a chinesa Lenovo Group Ltd, que comprou a divisão de PCs da IBM em 2004, não serão alternativas desejáveis, afirmou o diretor segundo a Reuters, concluindo:

“Gostaria apenas de dizer que os números não mostram que essa estratégia não funciona”, citando que os relatórios Acer indicaram perda trimestral na semana passada.

Bradley está em uma viagem para a China, Taiwan e Coreia do Sul onde vai se reunir com funcionários, fornecedores, pessoas do governo e da mídia para convencê-los de que o negócio de PCs da HP vai manter-se robusto e comprometida com os mercados asiáticos.

“A China é obviamente um mercado muito importante para a HP, bem como PSG”, e segundo o diretor: “Independentemente do que acontecer, nós somos a maior empresa de PCs do mundo”.

Sim é verdade, mas será que esta venda “extra” de TouchPasd não estará por trás destes “negócio”?