Arquivo para outubro, 2013
Alemães anunciam super Wifi
Segundo o Gizmodo, o Instituto Alemão Fraunhofer for Applied Solid State Physics (IAF) e da Karlsruhe Institute of Technology (KIT) desenvolveram o Wifi mais rápido do mundo, que supera 100 vezes o Google Fiber, que oferece internet de 1 Gbps (1 GigaBite por segundo) mas que usa cabos de fibra ótima para isto.
De acordo com o Instituto o Wifi consegue transferir dados a uma taxa de 100 GB por segundo sem precisar de fibra ótica, sendo possível transferir todo o conteúdo de um Blu-ray, por exemplo, em apenas dois segundos, já indicando uma aplicação.
Os responsáveis pelo projeto afirmaram ainda que a velocidade de transferência de dados poderá ser aumentada com o uso de técnicas ópticas e elétricas especiais (fibras óticas e cabos especiais), ou então com o uso de várias antenas de transmissão e recepção.
O Gizmodo já tinha anunciado uma super antena usando grafeno.
Do jeito que vão os sinais telefônicos no Brasil quem sabe isto seria uma solução.
Recife é destaque como cidade digital
Recife teve seu Porto Digital lançado em 2000, com destaque nas revistas Wired e Bloomberg, agora tem destaque na BBC News, que afirma que ainda “grandes empresas internacionais não se reuniram em Recife, mas o crescimento constante do hub … pode ser uma lição salutar”.
Depois de 13 anos exportando produtos e serviços para o mundo, o centro ainda tem que superar uma barreira nenhuma quantidade de conexões de internet de alta velocidade pode superar, e segundo o BBC News também a geografia.
O site do jornal inglês esclarece que a distância entre sul e norte permanece, mas que estes investimentos podem quebrar esta lógica.
Agora algumas empresas de tecnologia do Porto Digital, estão abrindo filiais em São Paulo como um modo de se expandir, mas ser a filial do sul significa que elas serão comercialmente viáveis (e disponíveis) para clientes potenciais, que ainda tendem a ser um pouco desconfiado de empresas sediadas Recife, explica o noticioso.
Ainda segundo o jornal, Sergio Cavalcante, CEO do Centro de Recife de Estudos e Sistemas Avançados afirmou: “Verdade seja dita, o nosso mercado ainda não está em Recife, não em nossa região norte. É em São Paulo, Rio de Janeiro e no exterior. Estamos enviando nossos CEOs para São Paulo, de fato, mas as nossas 200 empresas estão desenvolvendo e sediadas aqui em Recife. Eles são baseados aqui”, disse o CEO da empresa criada em 1996, que é o maior negócio no Porto digital.
O destaque do Porto Digital de Recife pode ser um alento futuro para desigualdades regionais e perspectivas de desenvolvimento nacional, que não seja só agrário.
Google compete com relógios inteligentes
A Google pode lançar próxima de lançar seu relógio Nexus ainda em outubro, ele viria para competir com os já existentes no mercado: o Galaxy Gear, relógio inteligente da Samsung que usa o Android, e SmartWatch da Sony, já em sua segunda versão.
O gadget da Google entrar na corrida vestido com acessórios semelhantes, segundo o site 9to5Google, o anúncio da novidade seria ainda em outubro.
Segundo o site, a gigante de buscas estaria dando os últimos detalhes no seu Watch, e as funcionalidades seriam a novidade do produto, como a tela de vidro resistente, botões para fazer perguntas, como as funcionalidades por voz nos smartphones.
Além disso, uma informação “acidental” que chegasse em seu telefone poderia ser anunciada também no relógio.
Funcionalidades como tempo para chegar em casa, alarmes de calendário, e-mails, SMSs, etc, tudo poderia ter ligado para ao visor do relógio
Também estão trabalhando uma maior duração da bateria e a conectividade Bluetooth 4.0.
Mas não há conversas sobre o tipo de sensores e funcionalidade de monitoramento de saúde com aa Apple tem espalhado boatos que estaria trabalhando.
A vantagem de ser visível
O Facebook decidiu desabilitar um recurso de privacidade que permitia aos usuários limitarem quem podia encontrar seus perfis pelas buscas dentro da rede social, ao mesmo tempo em que anuncia uma ferramenta de busca concorrente ao Google (veja nota no Globo), portanto a questão é a visibilidade, ao contrário do bom filme “A vantagem de ser invisível” que discute os adolescentes de hoje.
No ano passado, muitos internautas já haviam desabilitado, mas ela permitia que usuários a utilizassem para bisbilhotas perfis e relações na rede social sem ficarem conhecidos, é o que fazem muitos órgãos governamentais (veja o post anterior).
O Facebook justificou esta remoção informando que percentual “de apenas um dígito” dos cerca de 1,2 bilhão de membros que usavam o recurso, mas o fato é que este perfil podia ser usado para invasão de privacidade, crimes e “segurança”.
Os usuários podem continuar proteger sua privacidade limitando o público que terá acesso às suas postagens (apenas amigos, certos grupos ou todos os usuários, por exemplo) e também podem evitar postagens indesejadas e emitir sua opinião sobre campanhas negativas que invadiram a rede e tags também indesejadas.
Lembramos os usuários do “face” que pode-se tornar invisível campanhas que denigrem a imagem de alguém, de cunho fundamentalista ou simples bobagens, há uma ferramenta do lado de cada post para tornar estas coisas invisíveis.
Estudo mostra a liberdade na internet
Um estudo bastante amplo, publicado pela Freedom House, intitulado Freedom in The World 2013: Democratic Breakthroughs in the Balance, mostra as variações de liberdade democráticas com uso da internet varia em diversos países, com destaques de melhorias em dois países que fizeram sua “primavera árabe” e destaque negativo em países onde a luta política enveredou por caminhos não democráticos.
É uma demonstração numérica e analítica que a liberdade na internet tem correlação com a democrática e indica que o futuro mais livre e democrático terá componentes da liberdade de uso deste novo meio de comunicação que é a internet e seus aplicativos na Web.
O estudo mostra que as liberdades públicas sofreram retrocessos no ano passado também na América Latina, principalmente no Equador, Paraguai e Suriname.
Mas podemos comemorar que um total de 90 países podem ser considerados livres e realmente democráticos, um aumento de três países em relação aos 87 de 2011.
Em todo o mundo, cerca de 3 bilhões de pessoas, 43 por cento da população, tem de fato todas as liberdades públicas, enquanto que 1,6 bilhão residiam em países em que estas liberdades são parcialmente ou quase totalmente limitadas.
Isto dá um índice d 34% restantes que vivem em países considerados sem liberdades pela Freedom House, o que totaliza 2,3 bilhões de pessoas que sofrem opressões no mundo.
Com uma metodologia que aplica uma abordagem em três pilares para capturar o nível da Internet e de liberdade das TICS: obstáculos de acesso, limites de conteúdo e violações de direitos do usuário (vigilância, privacidade e assédio extralegal), limites de conteúdos (filtragens e bloqueios de conteúdos) e violações dos direitos do usuário (inclui até prisão).
A tabela a seguir mostra países, com números desta metodologia, que avançaram e que estão retrocedendo:
Declinando | Avançando |
Mali 46 | Líbia 35 |
Madagascar 23 | Tunisia 35 |
Gambia 20 | Burma 21 |
Guinea-Bissau 20 | Tonga 18 |
Bahrein 18 | Egito o13 |
Ucrainia 16 | Zimbabwe 13 |
Etiopia 15 | Guiné 11 |
Eritrea 10 | Moldóvia 10 |
Ruanda 10 | Costa do Marfim 9 |
Yemen 10 | Georgia 9 |
Burundi 9 | Tailandia 9 |
Equador 9 | Tanzania 8 |
Honduras 9 | Montenegro 6 |
Sri Lanka 9 | Serra Leoa 6 |
Crowdsourcing para estudar línguas
Você quer aprender inglês, italiano ou línguas fictícias como Dothraki, Klingon ou Na’vi, você pode usar o Duolingo que usa crowdsourcing para aprendizagem.
Duolingo lançou nesta quarta-feira o Language Incubator, uma ferramenta que dá aos usuários a possibilidade de criar colaborativamente cursos de línguas e torná-los disponíveis on-line.
Criada pelo empresário e matemático guatemalteco Luis Von Ahn, o Duolingo é gratuita e visa dar ao usuário uma forma que o conhecimento adquirido pode ser usado pelo próprio ambiente, usando alguns trechos de textos das conversas a aprendizagem, como um modo de “pagamento” pelo curso, e assim cada usuário torna-se colaborador e parte do aprendizado dos alunos seguintes.
Segundo o portal Terra, o Duolingo ainda não é uma rentável, mas já conta com alguns contratos de tradução de empresas que não foram revelados.
A empresa chegou este ano no Brasil, e a introdução do chinês, país com maior população e maior numero de usuários deve tornar o software popular rapidamente.
Um problema interessante de Big Data
Simon DeDeo , um investigação em matemática aplicada e sistemas complexos do Instituto Santa Fé, tinha um problema, conforme postado na revista Wired.
Ele estava colaborando em um novo projeto para analisar de dados a partir dos arquivos do tribunal Old Bailey de Londres, um tribunal criminal central da Inglaterra e do País de Gales 300 anos “.
Mas não haviam dados limpos (dizemos estruturados) como em um formato de planilha Excel habitual simples, incluindo variáveis como acusação, julgamento e sentença para cada caso, mas sim cerca de 10 milhões de palavras gravadas durante pouco menos de 200 mil julgamentos.
Como se poderia analisar esses dados ? DeDeo pergunta: “Não é o tamanho do conjunto de dados, que era difícil, por padrões de dados grandes , o tamanho era bastante controlável”. Foi esta enorme complexidade e falta de estrutura formal que representava um problema para estes “grandes dados” que o perturbou.
O paradigma da pesquisa envolveu a formação de uma hipótese, decidir precisamente o que se pretendia medir, em seguida, construir um aparelho para fazer essa medição com a maior precisão possível, não é exatamente como física onde você controla variáveis e tem um número limitado de dados.
Alessandro Vespignani, um físico da Universidade de Northeastern, que é especializada em aproveitar o poder das redes sociais para surtos modelo de doença, o comportamento do mercado de ações, as dinâmicas sociais coletivos, e os resultados eleitorais, coletou muitos terabytes de dados de redes sociais como o Twitter, esta abordagem pode ajudar a tratar textos escritos fora das redes sociais.
Cientistas como DeDeo e Vespignani fazem bom uso dessa abordagem fragmentada para a análise de dados grande, mas o matemático da Yale University, Ronald Coifman diz que o que é realmente necessário é o grande volume de dados equivalente a uma revolução newtoniana, comparando com a invenção do cálculo do século 17, que ele acredita que já está em andamento.
Coifman afirma “Temos todas as peças do quebra-cabeça – agora como é que vamos realmente montá-los”, ou seja, ainda temos que avançar para tratar dados dispersos.
Minuto de celular mais caro do mundo
A notícia foi revelada por um relatório da ITU (União Internacional de Telecomunicações), da ONU (Organização das Nações Unidas), divulgado nesta segunda-feira (07), afirma minuto de uma ligação para um número da mesma operadora sai por R$ 0,71 no Brasil, enquanto a chamada para uma operadora diferente custa R$ 0,74.
Mas o corporativismo reagiu, e segundo o Sindicato patronal SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal) é preciso considerar o preço médio de todos planos (mas não diz que muitos planos não são incentivados) e neste caso os valores seriam de R$ 0,15, com impostos (US$ 0,068).
O sindicato ainda afirmou que esse valor caiu pela metade nos últimos cinco anos, eu não me lembro de nenhuma redução de tarifas em plano algum.
Mas sei e todo brasileiro sabe que os serviços “em média” funcionam muito mal, é preciso trocar de operadora o tempo todo.
Veja a tabela dos preços de minutos nos países, na mesma operadora:
País | Custo do minuto em US$ |
Brasil | 0,71 |
Nova Zelândia | 0,70 |
Suíça | 0,68 |
Grécia | 0,58 |
França | 0,56 |
Reino Unido | 0,56 |
O novo mapa Mundi da internet
Feito de modo a parecer aqueles mapas dos primeiros navegadores da Terra, o mapa dos novos navegadores da Web foi feito por dois pesquisadores do Instituto da Internet da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Mark Graham e Stefano De Stabbata criaram um mapa-múndi mostrando os sites e ferramentas mais populares em diversos países, os tamanhos dos territórios variam de acordo com o número de usuários criando uma situação territorial curiosa.
Como era esperado o Google é o maior território presente em 62 países, já o Facebook que lidera o número de visitas está em 50 países, enquanto o Baidu, motor de busca da China, é popular em apenas dois países, mas pelo tamanho da China tem um vasto território e claro, um grande número de usuários.
Há nichos de mercado, como o jornal Al- Watan, o site mais visitado pelos palestinos, o serviço de e-mail Mail.ru que é o mais visitado no Cazaquistão, a rede social VK popular na Bielorrússia e o motor de busca Yandex que é o mais popular site na Rússia.
A notícia foi veiculada pelo Daily Mail, e os pesquisadores citam como fonte o Alexa.com.
Berners-Lee apóia DRM para html5
Um dos formatos fortes da Web está se tornando também um padrão para formatos textuais, o html5, entretanto por ser um formato livre poderia ser difícil de controlar o DRM (Direitos sobre as cópias), entretanto Tim-Berners Lee declarou que isto pode ser controlado.
A notícia saiu no Zdnet, assim propostas para extensões criptografadas em mídias (EME, Encrypted Media Extensions) serão colocadas nas próximas extensões do HTML devido a críticas de vários grupos e ativistas sobre direitos digitais.
No início deste ano, 27 organizações, incluindo a Electronic Frontier Foundation e a Free Software Foundation, consideravam a especificação proposta anterior como “desastrosa” ao afirmarem que iriam mudar HTML para incentivar o uso de DRM.
Segundo o CEO do grupo: “Nós não caminhamos para padronizar os sistemas DRM proprietários, mas por outro lado nós não queremos que ele seja excluído da plataforma Web”.
EME teria um gancho para áudio, vídeos e outros conteúdos dentro do HTML , fornecendo um suporte para o gerenciamento de direitos digitais dentro do HTML o que evitaria cópias não autorizadas, por exemplo, de estúdios de cinema e músicos, e poderia até remover automaticamente os conteúdos da Web.
A especificação EME descreve uma interface de programação de aplicativos (API) que interagem com um arquivo protegido por DRM conforme a mídia usada, e uma primeira versão de um editor foi publicado pelo grupo de trabalho HTML como rascunho de um editor, mas ainda não está aprovado pelo consórcio W3C.
Para facilitar o grupo desenvolve: “o compromisso em um conjunto de APIs abertas que dão uma estrutura padrão para trazer este conteúdo via plug-in, mas que pretende não padronizar o plug-in”, permanecendo assim a estrutura aberta a desenvolvedores.
A ideia é boa porque dá a opção a uma Web aberta de preservar os direitos autorais, naquilo que é mais básico para a Web que é o novo padrão html5.