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Arquivo para dezembro, 2016

Star Wars vale a pena ver ?

19 dez

Rogue One: uma história de Star Wars, o mais novo filme da série está estreando jedinos telões brasileiros, a história é bem simples: a Aliança se forma para tentar roubar os planos da Estrela da Morte e trazer nova esperança para a galáxia, bem aqui na Terra estamos precisando.

Fui ver, tinha a expectativa primeiro que não é um episódio isolado, a princesa Leia aquela da transmissão holográfica reaparece, a participação já antecipada no trailer de Darth Vader, mas há personagens novos como o robô imperial K-2SO: um cyborg reprogramado que fala tudo que vem a cabeça, lembra alguém do mundo da política ?

Há também Jyn Erso (Felicity Jones) que cresceu sob os cuidados do rebelde e filha do engenheiro-chefe da estrela da morte, ao seu lado lutarão Cassian (Diego Luna) um espião da Aliança, Chirrut (Donnie Yen), um guerreiro cego que acredita na Força com um fervor religioso (impressiona mesmo, embora não seja um Jedi); Baze (Wen Jiang), protetor e parceiro de Chirrut; e Bodhi (Riz Ahmed), um ex-piloto do Império.

Fui ver a versão 3D, os efeitos especiais realmente valem a pena, Roque One tem mais ação para os aficionados do gênero, Wars na verdade por enquanto não era exatamente guerra, tendo abordagens mais “terrestres”, sendo mais ousado e tecnicamente mais bem feito.

Se é que isto não era claro em filmes anteriores, o filme “mais terrestre” é porque há cenas que lembra o Dia D, a invasão de soldados nas praias europeias (claro, no filme é espacial), e também algumas cenas rementem aos conflitos do Oriente Médio, bem ao padrão de guerra global da visão belicista americana.

Talvez este elogio seja também uma crítica, mas só para os que não imaginam que sempre esteve por trás desta série e de outras o belicismo americano, mas ideologia a parte, o filme vale a pena, como prometiam o melhor da série.

Vai ter Oscar ? depois de Mad Max no ano passado, este até que merece mais.

 

Em Nome de Deus ?

16 dez

Alguns para ganhar notoriedade e adesão pensam falar em nome de Deus,jesus mas se lessem realmente atentos a Bíblia iria ler, por exemplo, o que Acaz afirmou no texto de Isaias 7,11-12:

 

“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: ´Não pedirei nem tentarei ao Senhor´ “.

 

Também no deserto, tema recorrente em períodos de dificuldades com os dias de hoje, Jesus ao ser tentado lembra Isaias e o repete em Mateus 4:6-7, como mais um sinal da revelação de que era o Messias esperado:

 

“Se tu és o Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: ‘Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e com as mãos eles te susterão, para que jamais tropeces em alguma pedra’”. Contestou-lhe Jesus: “Também está escrito: ‘Não tentarás o SENHOR teu Deus’”.

 

Aos que querem falar em nome de Deus, devem primeiro perguntar-se se de fato estão autorizados para isto, não falo apenas de fundamentalistas, mas principalmente daqueles que usam a sagrada escritura para promover seus interesses políticos de diversas espécies, a arrogância lhes dará um deserto ainda maior, a ausência e o silêncio de Deus.

 

Moisés, Acaz, Maria e tantos outros personagens bíblicos foram humildes, por outro lado quanta arrogância na boca daqueles que juram estar na companhia divina.

 

Quando o anjo aparece a Maria e diz que ela conceberá um filho ela se faz humilde e diz “seja feita a sua vontade” ainda que lhe fosse confusa, e o próprio José se afasta para não “desonrar Maria”, isto é, teria pela lei judaica direito de apedrejá-la.

 

Hoje quanta arrogância em nome de Deus, serão estes os homens de Deus ?

 

De esperança em esperança

15 dez

Entre diversas notícias tristes deste ano, morreu e será enterrado amanhã o evaristoarnsCardeal Emérito (aposentado) de São Paulo Evaristo Arns, ícone na luta de direitos humanos e contra as torturas no período do regime militar.

Se dedicava de modo especial aos pobres e jovens, era ao contrário do que afirmam, um homem de diálogo, teve a atitude audaciosa de fazer uma visita então presidente militar Garrastazu Médici, a quem pediu julgamentos justos aos prisioneiros políticos.

Ajudou a escrever e patrocinou o livro Brasil Nunca Mais, o mais completo dossiê sobre torturas e rupturas dos direitos humanos durante o período do Regime Militar.

Quando da morte do jornalista Vladimir Herzog, em um suicídio simulado, fez uma missa para confrontar o regime militar, este evento foi importante fato na luta pelo fim do regime militar e das liberdades democráticas, engajou-se na luta pelas eleições diretas, o “Diretas já”.

Queria ser lembrado apenas como “amigo do povo”, mas foi um cardeal de zelo apostólico e anunciador autorizado do Evangelho de Jesus Cristo.

Obrigado Paulo Evaristo Arns, grande figura do país, amigo do povo, verdadeiro cristão.

Foi fiel ao seu lema episcopal: “De esperança em esperança”, o Brasil de hoje precisa disto e de diálogo

 

ONU fala em normas para drones

14 dez

No exterior, claro em plena recessão poucos receberão de presente um dronesdrone no Brasil, a ONU emitiu algumas normas para você receber e poder usar um drone que ganhe de presente.

Apesar de parecer óbvio, a pesquisa da Autoridade de Aviação Civil (CAA) sugere que apenas 36% dos compradores tem alguma orientação sobre o vôos seguros ao comprar um drone.

A primeira das 10 dicas diz que um drone pesando mais de 25kg (55lb) requer uma licença para operar, isto está de acordo com a maioria dos países, incluindo o Brasil.

A Organização das Nações Unidas para a Aviação Civil Internacional (ICAO) fez esta declaração: “Os drones podem representar uma séria ameaça para os vôos tripulados e as pessoas e proprietários de regiões de voo”.

O ICAO diz que você deve ler o manual do usuário, manter o drone dentro da visão e 50m (55 jardas) de pessoas, proprietários de terrenos (supõe-se casas claro) ou veículos.

Você deve observar as leis e licenças de seu país específico.

O código de drone da CAA, que foi atualizado em novembro (notícia na BBC), lançou uma maneira fácil de lembrar as partes mais importantes dela usando a palavra drone, mais 5 regras:

  1. Não voe perto de aeroportos ou aeródromos
  2. Lembre-se de ficar abaixo de 120m (400 pés) e pelo menos 50m (150 pés) longe de edifícios e pessoas.
  3. Observe seu drone o tempo todo (manter no campo de visão, claro nem sempre se faz isto).
  4. Nunca voe perto de aeronaves.
  5. Desfrute com responsabilidade.

Há também um novo aplicativo que você pode baixar para certificar-se se você está voando com segurança.

 

 

Games e a geração Z

13 dez

O filósofo Bernad Sits (The Grasshopper, Games, Life and Utopia, 2005) é um dos raros a tentar analisar as consequencias desta geração ligadas aos games e youtubes, eu tenholudens pelo menos algo a comemoram, estão foram da grande imprensa e da TV, mas será que isto basta ?

Segundo Bernard Suits, esta geração busca três aspectos basicamente definidos assim: Um objetivo lúdico pré-definido, regras constitutiva claras (adultos nem sempre fazem isto, mudam o tempo todo) e principalmente a atitude lúdica.

 

Em seu livro The Grasshopper, Games, Life and Utopia (2005) também discorreu sobre o tema em seu livro, seu foco primário que são os jogos, alegando ser possível interpretar todos os tipos de jogos, baseando-se em três conceitos: um “Objetivo Lúdico* Pré-definido”, “Regras Constitutivas” e “Atitude Lúdica”.

Uma análise que podemos fazer fora do livro é que um jogo, tem um significado especial para cada jogador, que se sente motivado a seguir as regras do jogo, mesmo que estas limitem a liberdade do jogador, eles as conseguem seguir por que são claras (uma atitude lógica correta, mas preocupantes pouco humana) fazendo com que ele tenha que superar voluntariamente obstáculos desnecessários, se há uma lógica consegue transpô-los, mas a vida as vezes se apresenta com carácteres ilógicos.

Sobre a atitude lúdica, embora os jogos sejam feitos por grandes corporações, visando lucros, é cada vez menos comum crianças brincarem de corda, esconde-esconde e outras atitudes mais diretamente interativas humanas, as crianças não tem culpa disto, vivemos num mundo com falta de tempo.

Pior do que isto os adultos rejeitam o homo ludens, tem dificuldade de lidar com isto, e aparentemente a geração Z, adolescentes de hoje, enfrentarão isto de modo mais duro, por junta-se uma crise conjuntural econômica e humana mais forte, onde poderemos dar equilíbrios a estas crianças ?

Adultos veem apenas isto como “muito estímulo”, e não como estímulos em uma única direção, o lúdico é importante, mas a vida deve entrar no “joguinho”.

Leia artigo de Bernad Suit em Ethics, Vol. 77, N.º 3 (Abr., 1967), pp. 209–213, disponibilizado em:http://criticanarede.com/avidaeumjogo.html

 

Presidencialismo de coalisão a nu

12 dez

Não se pode confundir o atual sistema em agonia com formas legítimas debrasilia coalizão, feitas a partir de programas partidários ou programas de governo, formas de criar governabilidade em muitos sistemas de governos democráticos no mundo todo.

O atual sistema brasileiro, definido pelo sociólogo brasileiro Sérgio Abranches em 1988, portanto serve apenas para o sistema brasileiro e começa antes do lulo-petismo, tornou-se uma maneira de gerenciar o estado em relações escusas entre o poder executivo e legislativo.

A recente denúncia da mega-construtora brasileira Odebrecht revela cenas e mecanismos de como isto foi feito durante todos estes anos e vai aos poucos desvelando a verdadeira face de interesses escusos e alheios ao estado e ao povo brasileiro, na gerência do país.

As consequências disto ainda são imprevisíveis, mas é certo que as pessoas conscientes desejam que TODOS os envolvidos sejam punidos, e há poucos inocentes em toda esta lama.

Esta análise, há muitas outras claro como aquela que diz que os programa sociais foram importantes apesar da crise ou que eles foram causadores da crise, ao meu ver ambas falsas, há um problema histórico brasileiro da firmeza das instituições e suas consequências para um futuro estável de democracia e progresso social (desenvolvimento e estabilidade econômica são importantes, mas são de departamentos “vizinhos”).

Só uma boa definição de institucionalidade de longo prazo poderá determinar as possibilidades de evolução estável de um país numa crise crônica que parece não ter fim.

É preciso olhar como a história brasileira tem se caracterizado, pela coexistência, sempre turbulenta de elementos institucionais que, em conjunto, produzem certos efeitos recorrentes e, não raro, desestabilizadores.

Estas bases são facilmente vistas na nossa tradição republicana: o presidencialismo, o federalismo, o bicameralismo, o multipartidarismo e a representação proporcional, mas com efeitos de pequenos estados onde um deputado precisa de menos votos que um estado maior.

É extremamente ingênuo pensar que este político-institucional se firmou por acaso, menos ainda fortuitamente ao longo de nossa história, foi pensado por coronéis e pelo poder central.

As contradições de natureza social, econômica, política e cultural, que identificam histórica e estruturalmente o processo de nossa formação social brasileira é ignorada e principalmente negligenciada ao longo de anos de políticas públicas para “erradicar a miséria” e salvaguardar o direito dos trabalhadores, pouca gente fez isto, em geral, migalhas para “calar o povo”.

Mas temos certass singularidades importantes no aspecto da estabilidade institucional de longo prazo, quando pensamos nas transformações sociais por que passou o País nas últimas quatro décadas, e não duas como querem alguns do mesmo presidencialismo de coalização, o grau estrutural de nossa sociedade parece ser viso há uma decorrente propensão ao conflito.

Tirando os Estados Unidos, a Inglaterra e a Nova Zelândia que são sistemas bipartidários, e merecem análise a parte, a representação de no máximo 5 partidos de Áustria, Alemanha, Bélgica, Suíça, Suécia, Noruega e Japão, com 6 partidos: Japão, Bélgica, Finlândia e Austrália.

Deixamos a parte a Itália, que é parlamentarista, para comentar que não garantir estabilidade, mas apenas a facilidade de troca, aliás acaba de trocar Matteo Renzi por Paolo Gentiloni, que é seu aliado, assim não muda nada e nem garante estabilidade, eis o parlamentarismo.

 

É possível uma virada para um mundo novo?

09 dez

O sentido profético destes novos dias estão ai: insatisfação das massas, novasmundonovo guerras e novas formas de nacionalismo, guerras, fome e multidões sem pátria, mas há nisto um sinal positivo.

Sim, o esgotamento das forças produtivas, o abandono das massas desorientadas e novas formas de exploração, o desprezo pelos mais velhos com reformas das diversas formas de aposentadoria em todo planeta revelam também uma crescente insatisfação, um caldeirão.

Os comentários de Jesus sobre a profecia de João Batista, e sua forma de atribuir multidões também num período da relação do império romano com as colônias, entre elas a Judéia,  e Jesus perguntava

João Batista vivia no deserto, pregava uma vida ascética e radical, a simbologia bíblia isto significa lugares sem vida, mas também cheios de esperança na mudança radical, o Evangelho de Mateus (Mt 11,7-8) , Jesus indaga a multidão:

Os discípulos de João partiram, e Jesus começou a falar às multidões sobre João: “O que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? O que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Mas os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis”.

 

A mensagem é clara, não são os homens de roupas finas, os de colarinho branco, e encontraram um “caniço” agitado pelo vento, um pobre e um profeta anunciando um tempo novo, ele virá, mesmo que religiosos continuem a fazer uma leitura fundamentalista, o tempo novo é agora e um mundo novo está em gestão.

 

O parto virá, ainda que cheio de dores e dificuldades, haverá um reflorescimento.

 

Parir um mundo novo

08 dez

A metáfora do parto é importante se considerarmos que a nossa policrise, termopartodemaria usado por Morin para designar o momento atual, é também o momento de nascer algo novo, que dentro do útero materno-terreno não tem luz e não é possível saber como o nascituro virá.

Edgar Morin indicava que a questão do desenvolvimento, termo adotado em diversos países para dizer o caminho de saída desta crise, no livro Introdução ao Pensamento Complexo afirmou sobre o isto:  “O desenvolvimento tem dois aspectos. Por um lado, é o mito global em que as sociedades industriais atingem o bem-estar, reduzem as suas desigualdades extremas e proporcionam aos indivíduos o máximo de felicidade que uma sociedade pode dispensar. Por outro lado, é uma concepção redutora, em que o crescimento econômico é o motor necessário e suficiente de todos os desenvolvimentos sociais, psíquicos e morais. Essa concepção  técnico-econômica ignora os problemas humanos da identidade, da comunidade, da solidariedade e da cultura.”

 

Para aqueles que ainda acreditam na revolução socialista clássica, diz Morin em A minha esquerda, que questiona os paradigmas ideológicos ainda em moda aqui nos nossos “tristes trópicos”, encontro uma ideia fundamental para sua policrise na página 16: “Uma componente invisível da policrise é a crise do pensamento”, Morin chama de policrise as crises interdependentes:  da economia, da civilização ocidental, das civilizações tradicionais, do desenvolvimento, estamos tratando com placebos o câncer de uma sociedade em decadência”,  então reconhecer a decadência e a insuficiência do pensamento social deste momento é fundamental para o parto de um mundo novo.

 

É preciso repensar o pensamento, ser capaz de mexer de modo profundo nas estruturas, deixar de ignorar as multidões, e mundializar a crise aí, justamente aí está o sentido possível desta crise, creio como Morin:  “favorecer as cooperações econômicas, sociais, culturais, tudo o que caminha no sentido da unidade solidária da humanidade”, o resto é torcida de futebol, sendo que até este promete se resolver depois da tragédia da Chapecoense.

 

 

O que nos prepara o futuro ?

07 dez

Além da liquidez baumaniana, uma visão sombria do futuro da humanidade,holograma ou do voluntarismo do tipo “faça alguma coisa” sem refletir sobre o que, há pistas muito próximas de nós, ignoradas por muitos, mas não por todos.

Uma pista sensível é Edgar Morin, sua principal obra é o Método, escrita por quase três décadas e meia, começando em 1973, com o seu livro O paradigma Perdido: a Natureza Humana, o questionamento dele é sobre o fechamento ideológico e paradigmático das ciências, mas nós poderíamos dizer que acompanham a cultura e de certa forma a religião.

O que ele faz é apresentar uma alternativa ao conceito de “paradigma” encontrado em Thomas Khun, para em seguida apresentar o seu “pensamento complexo” que é a tentativa de reunificar as diversas áreas do conhecimento humano, separadas em especialidades, e cujo principal livro é  Sete Saberes Necessários à educação do Futuro, procurando inspirar o educador e dar “dicas” para uma boa prática educacional.

Afirma neste livro de modo encisivo? “Afinal, de que serviriam todos os saberes parciais senão para formar uma configuração que responda a nossas expectativas, nossos desejos, nossas interrogações cognitivas ? ”, ou seja, um conhecimento capaz de questionar o conhecimento.

Depois de falar da “Vida da vida”, em seu Método 2,  o tema não é propriamente novo já que Husserl cunhara a palavra “Lebenswelt”, para dizer a lógica da vida, Morin dirá no seu Método 3, o que é o conhecimento do conhecimento, mas antes completando o Método 2, escreverá Cabeça Bem-Feita, para mim sua obra prima, ninguém que leia este livro, ficará o mesmo.

O Método 3, o conhecimento do conhecimento, apresenta-o de forma inédita, primeiro como uma antropologia do conhecimento, isto é, abordar as condições bio-antropológicas das possibilidades do conhecimento, afirma que “o conhecimento do conhecimento requer um pensamento complexo, que requer necessariamente o conhecimento do conhecimento” (Morin, 1999, p. 257), ou seja, “um pensamento ao mesmo tempo dialógico, reflexivo e hologramático” (Morin, 1999, p. 256), mas o que significa hologramático ?

Hora o holograma é uma projeção de algo real ou imaginário, mas no ar sem sustentação nem substancialidade, com esta metáfora quase-perfeita (ainda é uma metáfora), supera as nossas dicotomias do holismo/reducionismo, do construtivismo/realismo e do espiritualismo/ materialismo, permita “deslocar e ultrapassar o problema dos fundamentos” (Morin, 1999, p. 256) do conhecimento, voltaremos ao espiritualismo/materialismo depois de ler Morin.

O holograma coloca em cena a questão do “inacessível ao conhecimento” (Morin, 1999, p. 16), assim isto nos obriga a “questionar tudo o que nos parecia evidente e reconsiderar tudo o que fundava as nossas verdades” (Morin, 1999, p. 16) de maneira que “a busca da verdade está doravante ligada à investigação sobre a possibilidade da verdade” (Morin, 1999, p. 16)

Para ele o conhecimento é um fenômeno multidimensional, “simultaneamente físico, biológico, cerebral, mental, psicológico, cultural, social” (Morin, 1999, p. 18), mas que foi “rachado” no interior de nossa cultura, pela própria organização do conhecimento, pela disjunção entre ciência e filosofia e pela fragmentação disciplinar da ciência.

A ideia principal de Morin é o “fundamento perdido”, “convergindo para a crise ontológica do Real (…). Nada de base de certeza, nada de verdade fundadora. ” (Morin, 1999, p. 23)

MORIN, Edgar. O método 3: o conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 1999.

 

Reddit vai controlar trolagem

06 dez

Trolagem é um termo utilizado para diversas formas de agressividade via Web,reddit entre elas boatos, versões mentirosas de fatos reais, práticas de bullying, etc.

O site Reddit  anunciou na quarta-feira passada anunciando diversas reformas destinadas a identificar e reprimir trolagem punindo os membros mais abusivos desta comunidade chamados de “tóxicos”, conforme o Ceo Steve Huffman.

Mais de uma centena de usuários deste tipo foram identificados, uma comunidade que aparece em destaque é a The_Donald, de apoio ao candidato eleito nos EUA Donald Trump, sendo um centro de controvérsia sobre os relatórios que indicam o uso de táticas agressivas para empurrar conteúdos pró-Trump para o topo das buscas no site.

Dada as recentes controvérsias sobre a eleição, muitos usuários deixaram de lado gestos civilizatórios, e o próprio Huffman foi atacado pessoalmente, que passou a reeditar posts, para evitar novos ataques através de usuários de usuários que se sentiram atingidos.

O ultimo movimento de Reddit reflete a ideia maior interação e Serendipidade, isto é, trabalhar num sentido mais convergente, onde os trolls sejam tratados como um problema global sério.

As mudanças visam marcar uma significativa mudança no sentido de auto-policiamento, limitado a moderadores comunitários e pessoas da própria comunidade sem ingerencia autocrática ou externa através de orgãos políticos estranhos a comunidade.

Os mecanismos foram fóruns on-line, com moderadores voluntários que supervisionam os sub-reddits que mantenham a paz e mantenham supostos trolls em cheques, assim as conversas serão monitoradas conversas diretamente e na medida em que algo é considerado abusivo, os moderadores intervêm diretamente.