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Arquivo para outubro, 2015

USP realiza Virada Científica

17 out

Com mais de 300 atividades gratuitas, nos dias de hoje e amanhãViradaCientífica (17 e 18/10) a primeira edição da Virada Científica realizada neste ano de 2015.

O evento é uma parceria entre a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação vai oferecer, num espaço de 24 horas.

De acordo com Eduardo Cooli, coordenador geral do evento uma grande novidade está na Praça do Relógio, localizada na Cidade Universitária, com ateliês e espetáculos circenses protagonizados pelo Circusp, com a intenção de criar um movimento maior nesta Praça que é bastante central.

Ali também estará o Palco Ciencidade, onde haverá algumas atrações como “Do skate às artes plásticas”, “Câncer: conhecer para controlar” e outros.

Todas as oito unidades de USP terão atividades: São Carlos, Bauru, Pirassununga e Lorena, na capital estão incluídas as unidades do EACH (Escola De Artes, Ciência e Humanidades) e a Casa de Dona Yayá.

Estarei dando a Palestra “Funcionamento e peculiaridades das Redes Sociais” às 17 horas no Instituto de Geociências, na USP do Butantã.

 

Por que a crise vai continuar

16 out

Durante os últimos quatro anos fizemos uma análise (veja em 2014) na piora dos RendaPerCapitagastos públicos, os números agora indicam isto, a tendência de repasse da elevação da moeda norte- americana para a inflação, terá reflexos sobre o conjunto da população, principalmente os mais pobres.

Segundo dados da folha, todos os bancos e consultorias que revisaram para cima a expectativa da inflação para 2016, a maioria com índices superiores a 7,5%, enquanto o Banco Central tenta manter o otimismo numa taxa de 6,5%, mas 2016 terá inflação.

Segundo dados da Folha de São Paulo, todos os bancos e consultorias revisaram para cima a expectativa da inflação para 2016, a maioria com índices superiores a 7,5%, enquanto o Banco Central tenta manter o otimismo numa taxa de 6,5%, mas 2016 terá inflação.

Seriam necessárias medidas estruturais e não apenas paliativas que são as que estão seno tomadas, já que o controle “monetarista” da taxa de juro sozinho não dá conta de segurar a inflação dentro de uma economia pouco competitiva como a brasileiro, com impostos altos.

O monetarismo é uma teoria econômica neoliberal que defende que é possível manter a estabilidade da economia capitalista pelo controle de instrumentos monetários, o volume da moeda disponível, taxas de juros, valor do dólar e diversas outras formas de pagamento.

O dado alarmante, cujo ano chave de medida é justamente o último período eleitoral é a comparação da renda per-capita do brasileiro a dívida bruta em % do PIB, ela não deixa dúvida que em média, o brasileiro está empobrecendo (se endividando) e os mais pobres muito mais.

 

Viciados em tecnologia digital

15 out

A maioria das pessoas costuma confundir o fato que há pessoas viciadas emRelax tecnologia, com o fato de que tecnologia digital seja uma espécie nova de “droga” que contaminou a todos.

Há maneiras bastante simples de diagnosticar e combater o vício de tecnologia, explica a médica Nerina Ramlakhan, especialista em maneiro de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres, em entrevista à BBC News.

 

Explicou dizendo que isto é para pessoas que não conseguem desligar dos gadgets mesmo antes de dormir: “Então, você vive em modo de sobrevivência. O seu sistema nervoso simpático está funcionando em ritmo forçado. Suponho que você se sinta arrasado à tarde, o que significa que o seu organismo está atuando à base da adrenalina, noradrenalina e cortisol”, então realmente está realmente viciado.

O perfil dos pacientes quase sempre é o mesmo: perfeccionismo, tendência a querer controlar tudo e bruxismo (ranger os dentes ao dormir).

Uma das formas radicas de autocontrole é receber doses contínuas de dopamina, um hormônio liberado no cérebro pelo hipotálamo, com isto melhora a motivação, aumenta os batimentos cardíacos, melhora o humor, mais capacidade de processar a informação e mais sono, explicou a doutora Ramlakhan.

Ela recomenda uma receita de quatro passos bastante simples para controlar este vicio:

– criar um “entardecer eletrônico”, ir se afastando de dispositivos eletrônicos, por exemplo, leia um livro (que não seja eletrônico).

– mantenha o relógio afastado durante a noite, para não saber as horas, com isto evita a ansiedades do tipo: tenho que dormir, não consigo relaxar, etc.

– não usar smartphone como despertador, recarregue a energia saudável: tome café da manhã, mas na meia hora após acordar prefira outra bebida ao café.

– mantenha-se hidratado, pelo menos dois litros de água ao dia.

É claro o importante é usar a tecnologia só o necessário e evitar a “fadiga tecnológica”.

 

Senado encaminha sigilo de dados

14 out

Todo estado autoritário e empresas inescrupulosas querem controlar os Privacidadecidadãos, a internet mesmo sendo democrática é vulnerável a coletar dados e tratar de modo inescrupuloso os dados pessoais, agora uma Projeto de Lei do Senado (PLS), a Lei PLS 330/2013.

Um texto que estava sendo considerado importante por especialistas no setor, tinha como origem na relatoria de três projetos de lei (PLS 181/2014, PLS 330/2014 e PLS 131/2014), dos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e da CPI da Espionagem, respectivamente, o texto de agora é de Aloysio Nunes.

O projeto que cria um marco regulatório específico (já temos o Marco Civil), passou nesta terça-feira na Comissão de Ciência e Tecnologia Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e  com 30 emendas, vai para votação em outras comissões.

O projeto vai para as Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O projeto de lei prevê multa de 5% para empresas que permitam ou utilizem os dados dos cidadãos, e garante a liberdade de manifestação dos cidadãos, já prevista no Marco Civil regulatório brasileiro, mas há tentativas de retrocesso.

 

 

Nasa encontra Terra 2.0

13 out

A NASA (Agencia Espacial Norte Americana) encontrou o primo mais velhoTerra20 de nosso planeta, com idade e estrutura bastante parecida, o nome oficial é Kepler 452-b, mas já foi apelidado de Terra 2.0.

Ele é um pouco maior e mais antigo que nosso planeta, enquanto a Terra tem mais de 4.5 bilhões de anos, a Terra 2.0 tem 6 bilhões, o Kepler-452b é cerca de 60% maior do que a Terra e precisa de 385 dias para completar uma órbita ao redor de sua estrela, a Kepler 452.

O planeta está na constelação Cygnus, e seu sistema solar está a 1 400 anos-luz distante do nosso.

Ainda não se pode saber exatamente do que é feito seu solo, mas sabem que ele é rochoso e bastante provável que exista água.

A descoberta do Kepler-452b é importante, mas não é inédita. Já ano passado, os astrônomos da agência espacial americana haviam encontrado o primeiro exoplaneta com um tamanho similar ao da Terra, o Kepler-186f, como o Terra 2.0 também está numa região “habitável” de uma estrela.

Lançada em 2009, a sonda Kepler tem dado o nome do astrônomo (Johannes Kepler) a estes planeta, já foram visto quase  4696 candidatos a exoplanetas, enquanto só 1030 já tiveram sua existência confirmada.

Fica a pergunta ainda estamos sós nesta imensa escuridão do universo?

 

Neutrino e o futuro da tecnologia

10 out

O  prêmio Nobel de Física de 2015 foi para dois cientistas, o canadense NeutrineArthur McDonald, do Observatório de Neutrinos Sudbury (Universidade Queen’s) e o japonês Takaaki Kajita, do Observatório Superkamiokande (Universidade de Tóquio), muda a física já tão recentemente fixada pelo bóson de Higgs da Física Padrão e pode mudar a tecnologia.

Os neutrinos já são conhecidos a duas décadas, e essas partículas entretanto pela Teoria da Física padrão possuíam massa, em dois experimentos independentes, as equipes lideradas por Kajita e McDonald demonstraram que os neutrinos podem mudar de identidade, ou de “sabor”, conforme o jargão da física de partículas.

Em outras palavras, um tipo de neutrino pode se transformar em outro que já eram conhecidos seus três tipos: do elétron, do múon e do tau.

Mas para isto é preciso que a partícula tenha massa e chamado Modelo Padrão da Física de Partículas considerava até então que o neutrino não possuía massa.

Robert Garisto, editor da Physical Review Letters, explica “embora cada neutrino seja produzido com um sabor específico, o seu estado quântico pode evoluir para uma combinação dos três sabores, com as proporções oscilando no tempo. A probabilidade de sua detecção como um neutrino do múon, por exemplo, vai depender do tamanho do componente múon no neutrino no momento da detecção. Quanto menor for a diferença de massa entre os sabores, maior será o período de oscilação, de modo que as oscilações não poderiam ocorrer se todos os sabores tivessem a mesma massa ou não tivessem nenhuma massa, já que o efeito depende apenas da diferença de massa ao quadrado. O período de oscilação também aumenta com a energia do neutrino.”

As consequencias são enormes porque além do foto e da matéria escura que ainda pouco se sabe, o neutrino é uma das matérias mais abundantes no planeta.

Em 1928 o físico inglês Paul Dirac elaborou uma equação que deveria funcionar com uma partícula com massa, mas em 1929 o matemático alemão Hermann Weyl encontrou outra solução para a equação de Dirac, para uma partícula sem massa

Este ponto ficou chamado de “pontos de Weyl”, na década de 50 Ling Lu e seus colegas identificaram este ponto num material chamado cristal fotônico duplo-giroide e uma equipe de pesquisadores de Princeton encontraram os férmions de Weyl dentro de um cristal metálico de arseneto de tântalo.

Numa escala nanométrica (veja foto), com base nestes dois materiais pode-se iniciar uma revolução da física dos materiais, na fotônica e principalmente na computação quântica.

 

A naturalização da delinquência

09 out

Psicólogos, filósofos e cientistas sociais sabem que a origem da delinquênciaCorrupcaoNao não está apenas no fato da pobreza, no meio social apenas, mas como as pessoas “percebem” a violência e pode torna-las um fato corriqueiro a ponto de fazê-las sem ter a percepção do delito e esta percepção é construída socialmente.

Ou seja, quando as nossas mentes ficam mais preparadas para a reação à violência do que a simples recepção dela, isto acontece pois “A violência mais destrutiva não quebra ossos,  ‘quebra’ mentes. A violência emocional não resulta em morte do corpo, resulta em morte da alma”. (Perry, 1995), é esta violência que no Brasil vai minando a alma do povo brasileiro.

Até mesmo pessoas com boa formação ética “perdem a cabeça” e isto é como a maioria da população começa a “perceber” os atos de delinquência como “parte da vida social”, os crimes do colarinho branco, a relativização da corrupção e da ética na política, os noticiários sobre violência na TV, etc.

Ao dizer somos “todos corruptos” mensagem transmitida pelo poder vigente com seus atos e até mesmo com palavras (tipo “todos cometemos algum delito”) estamos naturalizando todo o delito e dizendo que eles não são totalmente antissociais dependendo do caso.

Quando a sociedade clama por moralidade pública, clama também pelo fim das injustiças e aqui está a confusão, não pode clamar por justiça aqueles que são ladrões costumasses e pessoas que já tem como “natural” o desvio do dinheiro público e a delinquência política.

Estamos longe de resolver esta crise porque a sociedade que clama por justiça, deve clamar também que elas sejam feita por gente de mãos limpas, por gente que sabe de fato o que é “bem comum” e não se apropria dele, e não por politiqueiros de plantão.

 

O mal ético e a corrupção

08 out

Agostinho de Hipona resolveu o problema moral, problema de sua existência porCorrupcao2 foi maniqueísta ANTES de tornar-se religioso (quanta religião maniqueísta um milênio depois!), dizendo que o mal é ausência do Bem, poderíamos dizer ausência do Ser para não cair numa discussão religiosa demais.

É incrível a quantidade de tentativas de “naturalização” do mal neste fim de época, diria até que talvez este seja o próprio “mal estar da civilização”, claro definido por outro de modo diferente, mas quase sempre parecido, como Hanna Arendt em “A banalidade do mal”.

No comentário ao livro de Jean Hyppolite sobre o Hegel de Logique et existence1, Paul Ricoeur foi claro diante da questão hegeliana do Saber Absoluto, dizendo: “Mas é mesmo esse o problema? A alternativa é entre o não-saber e o saber absoluto ? Na verdade nós nunca estamos perante esse género de alternativa; a nossa vida passa-se muito mais no âmbito dos discursos imperfeitos, aproximativos; (…).” 2

Assim devemos relevar nossas suas palavras sobre algo que leva o discurso a sua imperfeição não apenas por ser um saber aproximado, não é isto que está em questão, mas a nossa própria  intrínseca incompletude humana, que como se fosse um ensaio em todo o discurso, sempre estamos em busca da sua própria perfeição.

È assim que parece ser o pensamento ao caracterizar o pensamento de Husserl, base de todo pensamento existencialista atual: “[…] um pensador para quem a racionalidade permanece uma tarefa que não pode ser historicamente efetuada”3.

Por isso ainda que não possamos falar em justiça absoluta, não se pode naturalizar o roubo, a corrupção, a política dos interesses pessoais, porque ela caminha no esvaziamento do ser, enquanto a ética, a responsabilidade social e a honestidade caminham em sua construção.

Milhares de trabalhadores sem emprego, a marginalização crescente e os bens básicos em falta a milhares de pessoas, é aquilo que separa o justo da abominável corrupção política.

1.HYPPOLITE, Jean. Logique et existence. Essai sur la logique de Hegel, Paris, PUF, 1953. 6 P. 2.RICOEUR, “Retour à Hegel”, in Lectures 2, Paris, Seuil, 1992, pp. 173-187, p. 177. 7 P.RICOEUR, “Conclusions “, in H L VAN BREDA (ed) Vérité et vérification. Actes du quatrième colloque international de phénoménologie (1969

 

Tecnologia e natureza são inimigos ?

07 out

A resposta que muita gente daria é claro que sim, masTechNature isto porque na cultura ocidental queremos mais e mais tecnologia e quase nunca pensamos na natureza, é a nossa maneira de lidar com isto que está errado, nem a natureza nem a tecnologia sabem que são inimigas ? aliás isto é um absurdo, mesmo que seja um robô olhando para algum animal.
Queremos internet grátis, não desgrudamos dela, e dizemos que são as crianças que estão apegadas, repudiamos a caça ilegal de animais, mas não nos incomodamos com bandidos que contrabandeiam peles e animais, queremos praias tranquilas, mas precisamos de avião para chegar lá.
Na prática, não amamos a natureza com “atitudes” e não colocam a tecnologia no seu lugar.
O Filósofo científico Christopher Petter afirmou em seu livro How to Make a Human Being (Como fazer um ser humano, em tradução livre) afirma: “o ser humano nunca fez parte da natureza, sempre fizemos parte da tecnologia”, e os jovens que acabaram de nascer não são culpado, eles são frutos de uma vida vivida que nós adultos criamos.
Homem natural, na verdade é um homem cultural, submetido e idólatra das estruturas sociais que ele criou, ele é um ser antropotécnico, pois a tecnologia é apenas um conjunto de estratégias que a vida cotidiana usa para viver: ônibus, carro ou bicicleta para se locomover, fogão, geladeira e enlatados ou comida ensacada para comer, e uma parafernália para ser feliz e se realizar afetivamente, as vezes mal observando o ser que está ao seu lado.
É preciso um olhar para as tecnologias de contribuição, de inteligências coletivas e de aceleração da inteligência, que Peter Sloterdijk chama de “homeotechniques” desenvolveu em seu livro “La domestication d’être” a construção de uma nova estética e uma nova política

 

Ferramenta para desenvolver software

06 out

Uma ferramenta desenvolvida na Universidade de Washington para melhorarCrystal a colaboração entre desenvolvedores de software foi avaliada por uma equipe de pesquisa de engenharia de software, como sendo um dos trbaallhos mais relevante nos últimos cinco anos, segundo o site da UW.

O reconhecimento deste estudo de relevância foi feito tanto no campo industrial realizada pela Microsoft Research ecomo no campo acadêmico pela Universidade de Administração de Cingapura, que pediu para mais de 500 desenvolvedores de software que avaliassem  a relevância deste trabalho aplicando-o a 571 trabalhos de pesquisa.

O maior número de entrevistados classificaram o projeto UW, como a ferramenta que mais gerou uma ferramenta de colaboração Cristal (Crystal), tornando-a um complemento “essencial” para a prática de desenvolvimento de software.

A equipe de investigação UW, é liderada pelos professores Michael Ernst e pelo falecido David Notkin, para amplar uma forma de ajudar os desenvolvedores que estão trabalhando em uma equipe que possam fazer mudanças paralelas sem estar em conflito uns com os outros.

Crystal faz como que uma fusão nas mudanças de cada desenvolvedor de software de modo conflitos tornam-se aparentes e pode ser rapidamente resolvidos.

Crystal evita perder tempo retornando ao código para corrigir conflitos e problemas após o fato.