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O teorema de Gödel e a computação
A prova que Kurt Gödel formalizou para a teoria dos números deveria ser seguida por um documento que demonstrasse que o mesmo método de aplicasse a grandes sistemas axiomáticos formais em outros contextos, a abordagem moderna feita pela Máquina de Turing (é importante dizer que foi feita quase simultaneamente por Emil Post), que é uma prova mais geral e que toca o problema proposto por David Hilbert originalmente, que foi abordado por Gödel.
A prova agora escrita em linguagem de sistemas, de Gödel aplicava-se a formalização particular da teoria dos números e procurou demonstrar que servia a sistemas axiomáticos formais, mas um conceito que não poderia ser determinado pelo documento original de Gödel, devido à falta de definição matemática de um procedimento efetivo de um algoritmo computacional, ou aquilo que Turing chamou de Máquina de Estado Finito.
Depois que Alan Turing conseguiu determinar o procedimento efetivo, inventando um computador idealmente idealizado, agora chamado de máquina de Turing (também feito de forma independente por Emil Post), tornou-se possível avançar de forma mais geral.
O requisito fundamental de Hilbert para um sistema matemático formal era que havia um critério objetivo para decidir se uma prova estava escrita na linguagem do sistema. Em outras palavras, existe uma prova mais moderna seja ela a máquina de Turing, seja um algoritmo, ou um programa de computador, feito para verificação de provas.
Assim a definição moderna e compacta do sistema axiomático formal como um conjunto de asserções recursivelmente enumerável é uma conseqüência imediata de um programa que trabalhe com um grande conjunto de teorema, que pela quantidade de axiomas, se tratados humanamente, levariam uma quantidade astronomica de tempo, algumas proposta foram feitas mais cedo em LISP (Levin, 1974) e mais recentemente por Gregory Chaitin (1982) ao propor que a Teoria da Informação de Algoritmos se propõe a trabalhar sobre objetos individuais em vez de conjuntos e distribuições de probabilidades propostos por Claude Shannon e Norbert Wiener. Assim a questão correta seria (Chaitin, 1982) quantos bits são necessários para calcular um objeto individual ?
A teoria da informação algorítmica se concentra em objetos individuais, em vez de nos conjuntos e distribuições de probabilidade considerados na teoria da informação de Claude Shannon e Norbert Wiener. Quantos bits é necessário para definir como calcular um objeto individual? Estes problemas levaram a teoria da Computabilidade.
A chamada teoria da computabilidade, também chamada de teoria da recursão, é um ramo da lógica matemática que foi originado na década de 30 com o estudo das funções computáveis e dos graus de Turing, foram estudadas por Kolmogorov, Chaitin, Levin, Martin-Löf e Solomonoff, ainda há inúmeros trabalhos sobre a questão.
A questão da completude, ou a classe NP-completo, é o subconjunto dos problemas NP da complexidade computacional, verifica de que modo que todo problema em NP pode reduzir, com uma redução de tempo polinomial, a um dos problemas NP-completo, verificando se o problema é computável, na prática, se o algoritmo existe.
Os hologramas chegaram
Embora sejam recentes e ainda há muita tecnologia para que se tornem realidades “aumentadas” em nosso cotidiano, os hologramas chegaram pelo caminho que é o mais rápido de ser antecipado, o mundo da arte.
Em muitos ambientes recentes são necessários headseats para mesclar o holograma com o mundo real, e criar o que ficou conhecido como realidade aumentada, em outros usam-se espelhos ou projeções 2D para enganar nosso cérebro e ver as figuras em pleno ar, mas agora o salto para o futuro foi audacioso.
Segundo o artista Joanie Lemercier, imaginou a técnica pensamento nos filmes Minority Report e a saga Star Wars, para dar vida ao “no-logram”, a visão que tem da realidade aumentada, e fazer com que os visitantes de suas “instalações” curtam o conteúdo em sua própria perspectiva sem depender de equipamentos específicos, e por enquanto, são projeções geométricas e formas produzidas em sensoriamento (por exemplo, de um corpo humano ou de uma peça artística), formas geométricas e com movimentações dinâmicas para entreter o público,.
Mas ele utiliza tecnologias de monitoramento “tradicionais”, como análise de imagens e sensores de profundidade para fazer formas sejam projetadas adequadamente.
Enquanto o cenário da indústria segue em sofisticação, este cenário mais simples parece ser mais efetivo uma vez que recorre a tecnologias existentes, e ao criar formas praticamente humanas (veja uma das projeções feitas por Lemercier), parece mais efetivo.
O próprio artista já prevê que num futuro bem próximo, ele pensa em usar gás comprimido e névoas com partículas finas de água para exibir projeções num ambiente ecologicamente inofensivo, e que estarão simulando impressões volumétricas em ambientes imersivos.
Amazon agora vende tickets
A Amazon volta a sacudir mercados mundiais, agora de tickets, já aparecem ofertas tanto no site americano como no inglês, os tradicionais vendedores de ingressos estão ameaçados, como por exemplo, a Ticket Master que viu suas ações despencarem na bolsa americana.
Vai demorar para chegar no Brasil, mas o futuro já nos espera, o que acontece é que uma série de eventos e promoção de vendas locais, que significam empregos e algum dinheiro circulando nos locais dos eventos, podem ser subtraídos e gerar mais monopólio para o site que inicialmente vendia apenas livros digitais, agora já avança em outros mercados.
Mas as tradicionais vendedoras de tickets para eventos são culpadas, as taxas abusivas que cobram para as vendas podem chegar a 10% em grandes eventos e eventos que rapidamente esgotam ingressos, sem a garantia que estes ingressos podem cair nas mãos de cambistas.
Um dos controles que podem ser observados na Amazon é a limitação do número de ingressos por pagantes, como em geral são registrados no site este controle pode ser efetivo, é claro a menos que usem um grande número de laranjas, porém todos devem estar “registrados”.
No site inglês por exemplo, pode-se notar as finais de Tenis do ATP 1000 Nitto em Londres, de 2 a 18 de Novembro, além de outros como show dos GlobeTrotters, o evento para junho de 2018, o Glastonbury Festival em New Castle , Cardif, Manchester e Glasgow chamado El Sheeran que envolve música, performances e teatro, e muitos outros.
O mercado vai se agitar, nas bolsas já agitou caindo ações de empresas que vendem ingressos.
IoT e a segurança de dados
Muitos aspectos de segurança de dados foram desenvolvidos, mas há uma máxima da computação que afirma que nenhum sistema é totalmente seguro, e se prevemos um crescimento exponencial das conexões com a internet das Coisas (IoT – Internet of Things), é um fato que o problema de segurança tenha também um crescimento nesta proporção.
Enquanto o mundo da IoT já chegou (smartphones, relógios, TVs, carros, óculos e outros aparelhos, nos de pode dizer que há uma plataforma IoT realmente segura e com operacionalidades simples.
Para os especialistas, um desses recursos básicos de segurança é a criptografia de dados, mas ela deverá estar agregada ao tratamento de Big Data, já que este para o volume de dados atuais já é praticamente indispensável, com a IoT será compulsório.
Os dispositivos IoT transacionam toneladas de dados, a criptografia já é um aspecto óbvio destes dados porém, ainda é raramente usada, menos ainda se pensamos de ponta a ponta, isto é, do produtor ao consumidor de dados, e então neste aspecto a IoT é mais sombria.
Com os avanços na computação quântica, a criptografia poderá também não ser suficiente para proteger dados vitais, pois computadores quânticos podem descobrir as chaves criptográficas ainda mais rapidamente, e os algoritmos ainda que eficiente agora, não há dado totalmente seguros, as chaves dos criptogramas com uso de computação quântica serão mais rapidamente abertas, e enquanto a maioria dos hackers não tem acesso a esse nível de computação podemos estar seguros, mas por quanto tempo ?
É preciso começar desde já a repensar dois assuntos, o tratamento de dados por BigData e as chaves criptográficas a prova de computação quântica antes que estes recursos estejam nas mãos dos hackers.
Privacidade de dados, muitas vezes vitais para determinados sistemas, estão e estarão em cheque cada vez mais.
Quase La La Land ganha
Quase porque a atrizes Warren Beatty e Faye Dunaway anunciaram erroneamente que La La Land: Cantando Estações mas o vencedor com méritos foi Moonlight: Sob a Luz do Luar., os queridinhos da crítica tiveram a melhor atriz Emma Stone – La La Land: Cantando Estações e o melhor ator Melhor Ator Casey Affleck – Manchester à Beira-Mar
Os prêmios de melhor atriz coadjuvante foi para Viola Davis – Um Limite Entre Nós e o melhor ator para Mahershala Ali – Moonlight: Sob a Luz do Luar, o filme ganhou também melhor roteiro adaptado com Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney – .
Melhor diretor, o agora premiadíssimo (ganhou dois Globos de Ouro), o diretor Damien Chazelle – La La Land: Cantando Estações, que ganhou também melhor fotografia com Linus Sandgren .
Melhor filme de animação foi para Zootopia: Essa Cidade é o Bicho e melhor filme estrangeiro para O apartamento, do Irã.
Sem muitas novidades, com melhor trilha sonora de Justin Hurwitz – La La Land: Cantando Estações ficou com as horas da noite, mas Moonlight, desculpem o trocadilho roubou um pouco o brilho.
Quais tecnologias são emergentes ?
Existem diversos métodos de análise das tendências de mercado, bolsas como a Nasdaq e muitos de seus analistas e corretores são um tipo, mas uma altamente referenciada é a chamada curva de Gartner.
Os consultores esta curva Gartner ou HipoCiclo, destina não só a análise de tendências, mas principalmente: “O Ciclo Hype para Tecnologias Emergentes é única a fazer análise entre diversos conjuntos de HipoCiclos, isto porque destila insights de mais de 2.000 tecnologias em um conjunto sucinto de tecnologias emergentes e as tendências que terão o maior impacto sobre o planejamento estratégico de certas organizações”, disse Mike J. Walkerr diretor da empresa de consultoria, conforme noticia no site da empresa neste inicio de ano.
Segundo as análises da Curva de Gartner, um escritório de consultoria para investidores na área, a realidade virtual é a grande tecnologia emergente no ano 2016, realidade aumentada (vide Pokemon) ainda está no fundo do poço do processo de desilusão.
Uma das evidencias da realização da realidade virtual é o uso na construção de imagens 3D na área médica, onde é possível por exemplo, visualizar um feto a partir dos exames pré-natais, o que deixa os pais mais tranquilo com a saúde do bebê.
Curvas entre as tecnologias que são consideras críticas s são consideradas incluem include 4D Printing, Brain-Computer Interface, Human Augmentation, Volumetric Displays, Affective Computing, Connected Home, Nanotube Electronics, Augmented Reality, Virtual Reality e Gesture Control Devices;
Pode-se ler mais no relatório “Hype Cycle for Emerging Technologies, 2016.” e encontrar neles o curva de Gartner para o ano de 2016 chamada de Hype Cycle Special Report for 2016
Dois achados: tecnologia e religião
Devemos ler a história do momento presente para trás, ou seja, no sentido inverso, embora sempre seja importante uma dose de “desantropomorfização”, ou seja, atribuir todo o fundamento dos conceitos estudados unicamente ao homem, sem considerar seu meio em volta, e com isto o uso de tecnologia para seu manuseio.
Isto significa que o homem é o que ele faz com a natureza e com os seus semelhantes a sua volta, a importante relação com o Outro que a filosofia atual enfatiza.
Dando um salto na história, voltando a 7 mil antes de Cristo, encontramos o monumento Stonehenge no centro da Inglaterra, e recentemente (nos anos 90) foi encontrada uma caverna com pinturas datadas de 30 mil antes de Cristo, a Caverna de Chauvet.
Diversos estudos de arqueologia, Stonehenge está mais avançado, apontam dois fatos interessantes: a importância tecnológica, as pedras de Stonehenge foram movimentada pela Inglaterra vindas do Pais de Gales, e o aspecto religioso: sabe-se que aquele circulo é parte de círculos maiores de onde vinham diversos habitantes para algum tipo de rito “religioso”.
A segunda descoberta é mais intrigante, uma verdadeira galeria de arte foi encontrada em Chauvet, mostrando uma técnica já refinada de pintura e aquilo que Werner Herzog chamou de “homo spiritualis”, em seu filme “A Caverna dos sonhos esquecidos”, única filmagem permitida até hoje desta galeria de arte pré-histórica.
É importante saber que tanto os pesquisadores e arqueólogos ingleses que pesquisa Stonehenge (veja nosso post) quanto Werner Herzog que filmou Chauvet não são pessoas religiosas, mas a constatação que havia algo de “espiritual” em ambos os monumentos nos faz pensar.
O homem sempre viveu mergulhado numa esfera espiritual, que Teilhard Chardin chamou de Noosfera e usou tecnologia, portanto o princípio antropomórfico é falso, somos natureza.
Regulamentar ou não a IoT
A IoT (internet of Things) está aí, relógios, nos carros, equipamentos médicos e outros dispositivos já estão no mercado, isto deverá crescer até a conexão total entre coisas que se comunicam.
Segundo dados do relatório “Internet de las Cosas en América Latina” (feito no idioma espanhol) da 5G Americas a preocupação com regulamentação excessiva pode impedir o modelo de negócios, enquanto no Brasil, especialistas apontam ao contrário: a necessidade de uma regulamentação urgente, quem tem razão ?
Os dois, mas é preciso uma questão de bom senso, em geral no Brasil se regulamenta até o formato dos pinos da tomada (uma brincadeira, mas é verdade), enquanto no exterior a preocupação é com segurança e padronização para que todos adotem medidas parecidas, no caso dos dispositivos IoT, frequências parecidas e padrões de segurança.
A principal preocupação deve ir ao sentido que é preciso muita atenção para não impedir o avanço de um novo modelo de negócio ao mesmo tempo garantir mais segurança, mas sem pânico e exageros, nada é totalmente seguro, mas é claro é preciso adotar medidas, mais equipamentos vai significar menos segurança.
Segundo o relatório da 5G Americas, através de um de seu diretor José Otero: “O risco de regulamentação excessiva ou mal concebida poderia retardar as enormes oportunidades de crescimento na região da Internet das Coisas. Por esta razão, é necessário que todo o ecossistema de atores dialogue e colabore com os reguladores sobre este importante avanço tecnológico”.
Segundo um consultor da Machina Research, Andy Castonguay, se a fragmentação e a complexidade do sistema IoT e suas muitas abordagens tecnológicas fizerem com que se torne um desafio a implantação, mas será um pouco perigoso se os reguladores forem proibitivos em seus mandatos ou se favorecerem tecnologias específicas.
Uma das principais considerações sobre as políticas públicas no setor devem ser feitas considerando a soberania e privacidade da informação e para a segurança.
Empresas de TI e Trump
As empresas que mais empregam cérebros e mão de obra estrangeira são as empresas de tecnologia, e os reflexos da tentativa de nacionalizar os empregos já provocou reação da maioria das empresas.
Ontem diversas empresas haviam se manifestado, entre elas as gigantes Google, Facebook, Apple e Microsoft, que entre outras medidas vetou o acesso de nativos de sete países com maioria muçulmana de virem aos Estados Unidos, a medida vale por 90 dias e a reação foi mundial, com manifestação inclusive de alguns governantes, como da Arábia Saudita.
O diretor executivo Sundar Pichai, cujo nome já mostra a nacionalidade, disse que na Google a ordem de Trump atinge cerca de 100 funcionários.
Ontem o Canadá, que teve um atentado pontual contra uma mesquita neste país, foi as televisões para declarar o apoio e a solidariedade aos muçulmanos, assim como seu desejo de receber os emigrantes que não possam entrar nos Estados Unidos, em longo prazo isto poderá inclusive resultar na transferência de alguns escritórios destas empresas para o Canadá.
O dono da Tesla Elon Musk, empresas que tem inovações revolucionários com uso de energia solar entre outras mudanças tecnológicas bombásticas, que assessora o governo Trump.
A medida é um grande retrocesso, remontando ao início do capitalismo industrial quando Adam Smith escreveu o clássico “A riqueza das nações”, hoje a matéria prima, cérebros e mão de obra são mundiais, e, diga-se de passagem, que os Estados Unidos foi o maior beneficiário, o efeito desta volta atrás resultará em atraso mundial, mas também para a maior potência do planeta, ainda que afete de imediato seus parceiros comerciais, como México e Canadá.
Este processo equivale a uma desglobalização, pois também alguns países da Europa como França e Reino Unido caminham nesta direção, a visita de Trump à este país já provoca muitas manifestações e uma petição com mais de 1 milhão de assinaturas já foi feita.
Campus Party começa amanhã
Acontece no pavilhão do Anhembi, em São Paulo, a décima edição do Campus Party, concentração de fãs, trabalhadores, empresas e até mesmo pensadores que usam um espaço amplo para trocarem experiências, produtos e ideias dos avanços do mundo digital.
Deve predominar este ano duas ondas que já bombam neste meio: a internet das coisas e o compartilhamento, que saiu de produtos digitais e foi para diversas áreas: como brinquedos, alugueis temporários de casas, disponibilidade de vagas em carros para viagens, etc.
No palco principal onde alguns nomes interessantes são chamados e outros nem tanto, aparecerá este ano figuras como: Michel Nicolelis (brasileiro que é nome mundial na neurociência), Camille François (ciberativista que defende questões sobre privacidade, anonimato, pesquisadora em direito na Universidade de Harvard) e Paul Zaloom, (ator famoso nos anos 90 com programa O Mundo de Beakman), e outros claro.
Outra novidade é a ligação estabelecida com o PNUD (Programa de Desenvolvimento da ONU), que tem 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, em 100 horas será desenvolvido o que se chama Big Hackathon onde projetos são propostos e poderão ser encampados pela iniciativa pública ou privada com financiamento compartilhado pela ONU.
Destaco entre estes objetivos 8 que considero inadiáveis: Erradicação da pobreza, Fome zero e agricultura sustentável, educação de qualidade, energia limpa e acessível, trabalho decente e crescimento econômico, redução das desigualdades, ação global sobre o clima e paz/justiça/ instituições eficazes.
O evento começa amanhã e a entrada custa R$ 240.