
Arquivo para a ‘Tecnologia’ Categoria
Breve história da mentira
Desde sempre as pessoas contam estórias de maneira que sua história parece um pouco melhor do que é, entenda história com h não são aquelas dos livros, mas dos fatos para os quais há artefactos, o que em direito chama-se prova instrumental.
Poder-se-ia ir na antiguidade clássica, onde encontraríamos Diógenes a procurar um homem honesto com uma lanterna, diria hoje um homem verdadeiro.
Em tempos de partidarismo, que mais parecem torcidas fanáticas de futebol ou algum tipo de crença fundamentalista, a verdade se distorce para todo lado, o fato recente no Brasil da facada do Bolsonaro haviam desde teorias conspiratórias de um crime mal-executado, até quem defendesse que era tudo uma encenação, isto dito por intelectuais … pasmem.
Na história recente encontro o pensador e poeta do Modernismo espanhol António Machado y Ruiz, que escreveu La verdade también se inventa, portanto fake news são mais antigos, o que mudou agora é que intelectuais de pouca notoriedade e gente ignorante mesmo também o pode fazê-lo e com isto ganhar notoriedade mentirosa, mas é de fato notoriedade.
Encontro de Antonio Machado y Ruiz três frases muito interessantes: “Nunca percas o contato com o chão porque só assim terás dimensão uma ideia aproximada de sua estatura”, e “se é bom viver, ainda melhor é sonhar, e o melhor é despertar”, mas devemos despertar sempre e as vezes isto exigem podas, cortes diria, que quanto mais maduro mais profundos.
Lembro-me da frase de Cecília Meirelles: “Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira“, lembro também do Poema de Mário de Andrade, O valioso tempo dos Maduros.
No romance O Caminho Menos percorrido, Scott Peck faz uma afirmação para pensar: “Pode parecer menos censurável enganar os ricos do que os pobres, mas não deixa de ser um engano. Perante a lei, existem diferenças entre cometer uma fraude num negócio, entregar a declaração de rendimentos falsa, usa cábulas num exame ou dizer em casa que se ficou a trabalhar até tarde quando se é infiel. É certo que uns enganos são piores que outros, mas na realidade não passam todos de mentiras e traições”, diria em politica, aos “crentes”.
Lembro mais uma vez Antonio Machado y Ruiz: “É próprio de homens de cabeças medianas investir contra tudo aquilo que não lhes cabe na cabeça”, os que mais se investem contra os outros tem verdade dogmáticas, sabedoria mediana (se as tem) e arrogância aos quilos.
Poderia fazer um longo tratado sobre o círculo hermenêutico e Verdade e Método (vols I e II) de Hans-Georg Gadamer, mas não.
Continuo a investir na educação que não seja a dogmática, nem a pragmática, mas a hermenêutica daqueles que sempre duvidam e sempre estão abertos ao pensamento do Outro.
Porque é importante ler Sloterdijk
Informei no último post que além das esferas de Sloterdijk, li somente as Esferas I que foi publicada em português, que tenho minha própria esfera emprestada de Chardin: a noosfera, e as outras de Sloterdijk tenho comentários do próprio autor e de leitores e interpretes dele.
Um resposta que li recentemente de uma entrevista dele, me deu uma síntese importante de minha proximidade do pensamento dele, ao ser perguntado sobre o que esperava do mundo acadêmico, afirmou em tom cerimonial: “A partir do século 19 (pensemos em Kierkegaard, Schopenhauer ou Nietzsche), o mundo dos filósofos se divide entre aqueles que, como eu, buscam uma aliança com os meios de comunicação de seu tempo (naquela época, a literatura; hoje, a imprensa, o rádio e a televisão), e aqueles que não o fazem, apostando no clássico vínculo entre a universidade e as editoras de livros como seu único biótopo cognitivo”, entre muitas coisas que li, esta é a mais genial.
Não aposto nas Mídias de redes sociais, blogs como este que escrevo a dez anos, por modismo ou afirmação do meu pensamento, mas porque penso que é importante dialogar com o que é hoje mediático, me recusei a algum tempo, por exemplo, ao Twitter que é impulsivo e colérico.
Outro ponto de contato é sua visão da zona de conforto, na mesma entrevista veiculada no caderno Mais+ da Folha de São Paulo de 2003, mas que fortuitamente encontrei num site para reler o que havia me influenciado na época, que me fez logo comprar o livro: Regras para o Parque Humano, publicado pela estação Liberdade na virada do milênio, mas logo parei de ler.
Só retomei anos mais tarde alertado por um aluno para a importância de seu pensamento.
Esse ponto de segurança, portanto não é zona de conforto, explica: “Estamos pensando como o ser humano arquiteta a segurança de sua existência. Como ele vive? Como previne futuras eventualidades e catástrofes? Como se defende? Como se integra em suas culturas, entendidas como comunidades de luta? É uma mudança de paradigma: da filosofia para uma imunologia geral”, isto é, procuramos um “lugar” para estar seguro, há ai uma analítica do lugar, diria na minha análise, em frontal oposição ao pragmatismo niilista e kantiano.
Uma antevisão de Sloterdijk não pode deixar de ser percebida nesta entrevista, ao prever o fascismo nos EUA: “Do ponto de vista da teoria dos meios de comunicação, o fascismo é o monotematismo no poder. Se uma opinião pública se estrutura de tal maneira que a uniformização aumenta demais, temos um sintoma pré-fascista”, há vários pontos do planeta com este sintoma, e é claro, podemos mergulhar numa nova era fascistóide da pré-guerra.
Não há como deixar de ver isto em posições na America Latina, e no Brasil em particular.
Holograma faz sucesso
De firma inesperada, uma cantora que é um holograma tridimensional, Hatsune Miku ganhou multidões para seus shows em várias cidades do Japão.
Os fãs de Hatsune, que é uma produção holográfica simulando uma garota de 16 anos, agitam seus apatatos luminosas e se agitam durante o show como se a artista fosse real.
Conforme reportagem do Daily Mail, a voz de Hatsune foi criada com amostras de voz da atriz japonesa Saki Fujita. Todas estas amostras contêm sons que, quando colocados em série, se transformam em palavras e frases.
Agora os criadores do holograma podem compor qualquer música que a “avatar” irá cantar mesmo sem muita elaboração.
Material pode ajudar criação de chips quânticos
Pesquisadores da Universidade Central da Flórida (UCF) descobriram um tipo de material que poderia ser usado como um “bloco de construção” de chips quânticos, sendo composto de háfnio, telúrio e fósforo, Hf2Te2P.
Segundo o pesquisador Madabe Neupane, da UFC: “Nossa descoberta nos leva um passo mais perto da aplicação de materiais quânticos e nos ajuda a obter uma compreensão mais profunda das interações entre várias fases quânticas”.
O material tem mais de um padrão de elétrons que se desenvolve dentro de sua estrutura eletrônica, dando-lhe uma gama de propriedades quânticas. Neupane diz que este material aumentará o poder de computação para grandes volumes de dados em novos dispositivos e reduzirá consideravelmente a quantidade de energia necessária para a eletrônica de potência.
A descoberta já atraiu empresas que estão investindo na pesquisa, a Microsoft por exemplo investiu em seu projeto chamado Estação Q, o laboratório que está dedicado ao campo da computação quântica topológica, e a google se associou à NASA num investimento que trabalha com computação quântica e inteligência artificial.
Como os fenômenos quânticos precisam ser melhores compreendidos para que a eletrônica seja totalmente substituída pela fotónica e pela computação quântica, as mudanças de cenário computacional tendem a mudar rápida e continuamente.
A descoberta do laboratório de Neupane está publicada na Nature Communications, e é um grande passo para esta mudança de cenário.
A geopolítica da Inteligência Artificial
Devido um excesso de zelo com distorções do uso de tecnologia, um atraso de entrada nos setores educacionais e empresarias, alguns países e nações industrializadas começam a perder o pé da corrida tecnológica.
Isto tornou-se mais grave nos dois últimos anos, quando as tecnologias relacionadas a Inteligência Artificial (IA) e a internet das coisas (IoT em Inglês) tornaram-se emergentes.
Alguns autores falam da quarta revolução industrial ou Indústria 4.0, onde a questão não é mais a simples automação digital dos empregos existentes, mas a transformação total do modelo em digital, isto significa criar modelos de produção, negócio, inovação e convergência tecnológica de modo a permitir o tratamento massivo de dados e aprendizagem automática (machine learning), isto assusta pelas implicações sociais, mas não pode provocar paralisia.
Um campo em emergência, que pode ajudar a geração de empregos é a “economia colaborativa”, onde o Wikipédia e o Uber são exemplos mais claros, mas há muitos outros.
No campo da geopolítica é fácil de entender porque Estados Unidos e China estão vencendo esta batalha com facilidade, além da estrutura economia e escolar para isto, suas empresas transnacionais na Europa, Rússia e muitos outros países garantem desenvolvimento sustentável e inserção no mercado, mas o principal é a crítica não negativa do uso das tecnologias e a compreensão de aspectos sociais desta opção.
Um relatório da jornalista equatoriana-britânica Sally Burch, na revista America Latina en Movimento: integración en tempos de incertidumbre, 07-2018, mostra o movimento ainda incipiente deste cenário na America Latina, isto sem contar com um cenário política grave.
Dá para medir a evolução da IA
Agora parece que sim, é preciso estabelecer testes mais precisos e qual é exatamente a precisão destes testes, mas pesquisadores do Computer Vision Lab, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique criaram um sistema de testes (benchmark) que testa a performance de plataformas de redes neurais utilizadas para realizar tarefas comuns da Inteligência artificial, como responder questões, localizar determinados dados e outras aplicações de smartphones, já utilizadas em tarefas comuns de redes neurais.
A ideia é medir o desempenho dos sistemas de IA, tal como é feito nos computadores atuais e em aplicações uteis nos smartphones, que usam a Inteligência Artificial.
O plano básico +e medir o desempenho nos sistemas, tal como já feito para algumas respostas: tempo, localizadores, voos, restaurantes, etc. e ir crescendo em complexidade, o que fará os fabricantes e fornecedores de aplicativos tornar seus modelos mais aperfeiçoados.
A aplicação chama AI Benchmark e permite, entre outras coias, a comparação da velocidade dos modelos de IA a serem executados em diferentes smartphones Android, pontuando a performance, já pode ser encontrada na app da Google Play.
O dispositivo que tenha o chip especializado em IA dedicado a alguns equipamentos (ao menos com o SO Android 4.1. instalado já serão suficientemente rápidos para fazer estas funções.
Algumas aplicações podem ser mais complexas, por exemplo, a classificação de imagens com reconhecimento fácil e a capacidade de segmentação e melhoramento de fotos, indicando que este tipo de aplicativo poderá crescer e evoluir para aplicações mais complexas.
Realidade Mista e Inteligência Artificial
Entre as novidades tecnológicas emergentes no ano de 2018 está a Realidade Mista (MR, em inglês Mixed Reality) e a Inteligência Artificial (AI, Artificial Intelligence)
O CEO da Microsoft, Satya Nadella, já apontava como uma das soluções futuras, o HoloLens, uma solução RM + IA que ajuda usuários a fazer coisas antes impossíveis. A capacidade de mesclar os mundos físico e digital (o conceito analógico vale para dispositivos, mas não para o mundo real), faz com que a realidade mista permita construir experiências de pessoas, lugares e coisas independentemente de sua localização física e podem interagir digitalmente, chamo isto de multipresencial.
A Realidade Virtual são ambientes que excluem o mundo real, a Realidade Aumentada é um conteúdo digital que está no topo do mundo real e o conteúdo digital de realidade mista interage com o mundo real.
As empresas prometem, entre elas a Microsoft, incorporar o HoloLens com mais a IA contruindo uma Unidade de Processamento Holográfico ou HPU.
A realidade mista está vingando, além do software disponível junto ao Windows 10, porque as experiências nas experiências de RA e RV, você possa ter o melhor dos dois mundos, RV é encantadora, mas tem um efeito hipnótico e óculos incômodos e a RA falta o realismo.
As experiências futuras deverão incorporar compartilhamento em ambiente de RM,
um aplicativo disruptivo de comunicação social, com experiências que derrubam as paredes do isolamento e quem sabe, dão uma dimensão mais educativa aos games.
A realidade mista poderá conectar as pessoas de maneira significativa, convincente e cheias de conteúdo, o multipresencial nos unirá, aguardem um novo aplicativo.
Tornar hologramas reais, rápidos e precisos
Já mencionamos aqui o desenvolvimento de hologramas no espaço sem a necessidade de dispositivos que recriem os artefactos, agora é possível fazê-los de modo ultrarrápido e muito precisos.
Os cientistas do Laboratório Americano Lawrence Livermore na California desenvolveram uma técnica que pode criar objetos complexos em segundos, podemos dizer usando teorema de amostragem de Shannon para a criação de imagens, agora sendo elas tridimensionais.
Esta técnica cria os objetos em camadas simultaneamente, os detalhes foram publicados na revista Science Advances em dezembro de 2017, há duas inovações realmente importantes ali, a possibilidade de criar imagens reais de modo ultrarrápido usando uma resina fotossensível recriando a impressão 3D com um poderoso laser que endurece esta resina tornando-a um plástico.
Isto também pode ser feito com metais usando feixe de elétrons e um pó de metais em vez da resina, a também não precisa dos inúmeros suportes necessários às impressoras 3D.
O engenheiro Maxim Shusteff, do LLNL, que lidera o estudo disse ao site New Atlas: “o fato que você pode fazer peças totalmente em 3D, tudo em uma única etapa realmente supera um problema na manufatura aditiva”, agora os hologramas podem retornar às peças materiais.
Outra opção seria a bio-impressão em tecido vivo: “Nós fizemos uma boa primeira tentativa”, disse Shusteff, “mas ainda não levamos isso ao limite de seu desempenho, então o espaço está aberto para nós e outros para demonstrar o que essa abordagem é capaz de fazer.” bioprinting tecido vivo. “Nós fizemos uma boa primeira tentativa,” disse Shusteff, “
Se a impressão 3D já era anunciada como uma revolução, esta nova técnica promete acelerar ainda mais este processo
O efeito borboleta e as pequenas coisas
Parecem que para mudar o mundo para mudar tudo devemos fazer coisas grandiosas, grandes projetos e na verdade não é bem assim, pequenas coisas podem fazer muita diferença, e a primeira coisa que podemos mudar somos nós mesmo, conforme a frase de Platão: “se quer mover o mundo o primeiro passo será mover-se a si mesmo”.
O efeito borboleta, pesquisado e defendido por Edward Norton Lorenz, que inclusive criou a figura ao lado, tem duplo sentido primeiro que ele descobriu que a batida da asa de uma borboleta poderia influenciar o clima, segundo que o gráfico que criou deste efeito (na física modelo de convecção do calor tem a forma das asas de uma borboleta.
Lorenz estava simulando modelos globais climáticos num computador, e executou outro modelo que retirando algumas casas depois da virgula o tempo de processamento seria menor e o resultado saia mais rápido, na prática mudou um pouco as condições do processo, e os resultados foram bastante divergentes.
Isto significa na prática que pequenas ações e intervenções em fenômenos podem ao longo de um percurso influenciá-los profundamente, o que nos dá esperança porque assim o pouco que fazemos de correto, de honesto e de inspiração ética pode no futuro mudar drasticamente as coisas, claro será preciso que outras pessoas façam pequenos atos.
Uma experiência pessoal foi perder uma pessoa querida por suicídio, me fez pensar muito imaginando o que poderia ter acontecido com aquela pessoa, depois de muito sofrimento uma psicóloga me explicou que não só sofrimentos e fatores sociais, mas também genéticos, físicos e emocionais poderia determinar a ação daquela pessoa.
Pensando no sentido positivo podemos fazer pequenos gestos, uma criança me pedia que jogasse bola com ela, estava apressado, parei e joguei uns cinco minutos com ela, ai o vizinho de um prédio que me viu com uma sacola na mão, me disse pode ir agora eu jogo com o miúdo (crianças em Portugal).
Também pensando no Brasil, o enorme sofrimento com todos acontecimentos sociais e políticos negativos, precisamos tentar enxergar pequenas ações que podem ser feitas, conscientizar as pessoas e ouvir quando alguém está muito convicto do seu ponto de vista.
Vejo que Portugal saiu da crise vencendo e recuperando o otimismo como povo, não perderam as esperanças, ainda que a crise tenha atingido muita gente e ainda hoje hajam reflexos, porém é perceptível a melhora.
História Oral, escrita e eletrônica de Shannon
Há motivos bem compreensivos para um certo desconhecimento e também críticas, muitas vezes injustas, a Claude Shannon.
Há uma rara entrevista feita em julho de 1982 por Robert Price, chamada curiosamente de “Oral-History“, em que ele afirma:
”Bem, voltando a 42, os computadores estavam emergindo, por assim dizer. Eles tinham coisas como o ENIAC na Universidade da Pensilvânia … Agora, eles eram lentos, eram muito desajeitados e enormes, e todos, havia computadores que ocupariam alguns quartos desse tamanho e eles teriam a capacidade de uma das pequenas calculadoras. que você pode comprar agora por US $ 10. Mas, mesmo assim, pudemos ver o potencial disso, o que aconteceu aqui se as coisas ficaram mais baratas e poderíamos melhorar o tempo de atividade, mantendo as máquinas funcionando por mais de dez minutos, coisas desse tipo. Foi realmente muito emocionante. Nós tínhamos sonhos, Turing e eu conversávamos sobre a possibilidade de simular inteiramente o cérebro humano. Poderíamos realmente obter um computador que fosse equivalente ao cérebro humano ou até melhor? E parecia mais fácil do que agora, talvez. Nós dois pensamos que isso deveria ser possível em não muito tempo, em dez ou 15 anos. Tal não foi o caso, não foi feito em trinta
A obra escrita de Claude Shannon é bem conhecida, ela está na sua principal obra Mathematical Theory of Communication, que começa com um artigo com o mesmo nome publicado na revista da Bell´s Laboratories em 1948, e que tem uma versão revista e corrigida no site do Departamento de Matemática de Harvard.
Por último, a grande contribuição de Shannon, além de que seu diagrama apresentado ser sempre incompleto pois retiram dele a fonte de informação e o destino da informação, e isto torna a informação “sem significação” e sem sentido.
Porém sua grande contribuição é de fato a informação no artefacto, quais os limites de “ruído” (não é só isto) mas ele próprio afirma em sua obra que vai tratar da informação num sentido estrito, ou seja, no artefacto.
Oral, written and electronic history of Shannon.
There are good reasons for a certain lack of knowledge and criticism, often unfair, to Claude Shannon.