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IoT e perspectivas futuras próximas
A IoT vista como um paradigma de uma sociedade em transformação poderá mudar, entre muitas outras coisas, bibliotecas e equipamentos culturais permitindo maior interação com os usuários e provendo novos serviços, alguns poderão vir de aplicações nas nuvens.
A maioria dos objetos que hoje nos cercam estarão na rede de uma forma ou de outra, para se ter informações completas de cada um deles, será necessário o uso de repositório em nuvens, compartilhamento de informações e confiabilidade de dados.
Entre as tecnologias de identificação dos objetos se destacam a identificação por radiofrequência (RFID) e as redes de sensores que irão se crescer para atender a esse novo desafio, quais serão os novos sistemas de informação e comunicação que estarão presentes, embora invisíveis ao usuário, que terão ambiente ao nosso redor.
Isto resultará na geração de enormes quantidades de dados que devem ser coletados, armazenados, processados e serão apresentados de forma transparente, eficiente e com interpretação intuitiva por parte dos usuários, ou seja, simplicidade e eficiência resumindo.
Isto significa que modelo consistirá destes serviços se tornarão commodities como produtos e devem entregues de forma semelhante às commodities tradicionais.
A computação em nuvem deverá fornecer a infraestrutura virtual para tal computação utilitária que integra dispositivos de monitoramento, dispositivos de armazenamento e deverão comportamento tanto ferramentas de análise cujos fundamentos se encontram na Ciência da Informação, como plataformas de visualização e entrega aos clientes, cujos fundamentos estão tanto na Arquitetura da Informação como no design da Informação, sendo esta para expressar beleza e auxiliar no intuitivo do ambiente.
O modelo precisa considerar o custo que a Cloud computing oferece, ou seja, o serviço deve ser acessível ao usuário de ponta a ponta para que empresas e usuários acessem aplicativos em demanda de qualquer lugar sem que o usuário de chateie.
Conectividade inteligente com redes existentes e computação capazes de usar o contexto para tratar recursos da rede, serão uma parte indispensável do IoT.
Uma internet que além dos aplicativos atuais incorporem sensores e atuadores conectando o mundo físico deverá emergir consolidando a IoT.
Algumas exigências são necessárias para que tudo isto aconteça sem complicações e com conforto do usuário serão: (1) a compreensão compartilhada da situação destes objetos em seus aparelhos (relógios e óculos e a conexão com celulares, por ex.) (2) firmware para comunicação evasiva entre redes cobrindo a informação contextual onde ela é relevante, e, (3) ferramentas analíticas na IoT que auxiliar a autonomia e comportamento simples da IoT.
O progresso da IoT só está começando, mas o período de desconfiança passou.
Chip revoluciona IoT
Uma empresa quase falida resolve investir no desenvolvimento de um chip para a Internet das Coisas (IoT) não só salva a própria empresa como promete revolucionar o mercado.
O chip é é o ESP8266, da empresa Espressif, o preço $ 5 (5 colares), menor que uma moeda e integrado em diversas soluções, por exemplo, comunicação com a interface serial da maioria dos modelos de computadores, a chamada UART (Unidade Universal de transmissão assíncrona), isto significa transmissão com qual dispositivos com interface TCP da internet.
Veja algumas de suas características descobertas (em inglês é peneiradas, mas em chinês é escondidas mesmo): É um System-On-Chip com Wi-Fi embutido, Tem conectores GPIO, barramentos I2C, SPI, UART, entrada ADC, saída PWM e sensor interno de temperatura, CPU que opera em 80MHz, com possibilidade de operar em 160MHz, Arquitetura RISC de 32 bits, 32KBytes de RAM para instruções, 96KBytes de RAM para dados, 64KBytes de ROM para boot, memória Flash SP e Winbond W25Q40BVNIG de 512KBytes;
Para programa-los, a empresa possui um repositório no GitHub, onde disponibiliza exemplos de código para firmwares com RTOS e comandos AT, e sua SDK, por exemplo, além disso há um fórum de desenvolvedores do ESP8266, mantido pela Espressif, onde é possível encontrar uma ampla gama de materiais.
Será que teremos novos desenvolvedores de garagens pelo mundo
Barbearias, cafés e redes
Segundo Peter Burke, o locus das discussões religiosas e políticas em 1620 eram as barbearias, cita o escritor italiano Ludovico Zuccolo, que as evocava cheias de gente comum discutindo os problemas religiosos e as atitudes dos governantes.
A primeira grande onda sobre leitura era para interpretação a Bíblia, o mesmo que reivindicara Galileo e que ainda hoje é ignorado, o mesmo Ludovico dizia que a medida que o número de analfabetos caia, eram comuns no século XVI, na Itália por exemplo, sapateiros, tintureiros, pedreiros e donas-de-casa, reivindicarem o direito de interpretar as sagradas escrituras.
Na década de 1620 às preocupações religiosas somaram-se preocupações políticas. Ludovico Zuccolo, um escritor italiano, evocava a imagem das barbearias cheias de gente comum discutindo as medidas dos governantes.
Quem pensa que hoje há um excesso de informação, assim que os livros começaram a ser impressos em preços mais razoáveis, já se reclamava do número de livros existentes e como se faria para lê-los em uma só vida, em 1975 por exemplo, 1745 a biblioteca do Vaticano, abrigava apenas 2.500 volumes, no século XVII a Bodleian Library de Oxford tinha 8.700 títulos, e a biblioteca imperial de Viena, 10 mil.
Das barbearias foram para os cafés, o Café de La Paix é o cenário de muitos romances, pinturas e poemas, Guy de Maupassant e Emile Zola o frequentaram, a proximidade com a Opera Gamier (ao lado) tornou-o uma espécie de Museu, em 1975 foi considerado um local histórico pelo governo francês.
Os cybercafés seriam seus descendentes ? eles conviveram com bibliotecas e outros locais de diálogo e de cultura, eles foram importantes na “primavera árabe”, principalmente na Líbia e no Egito, houveram eventos de violência com heróis que postavam denúncias nestes cybercafés.
Tanto a revolta no Egito quanto a Líbia foram registradas em inúmeras mídias sociais, um bom exemplo, é o vídeo com 2 mil mortes (vídeo do OneDayOnEarth), revelam o gosto dos ditadores pelo culto a pessoa e às mídias verticais.
Muito antes de estourar a guerra na Síria, olhando os comentários nas redes, sabíamos que lá era um barril de pólvora (vejam nosso post de 2012), lá já havia sido presa uma blogueira Tal al-Molouhi, presa em 2009, uma jovem que pedia a democracia.
Os governos e donos de mídias verticais não aceitam a influência das redes, porque é a falência deles, mas agora até mesmo o autoritário Trump não dá bola para eles, faz sua própria mídia, claro que não fica sem respostas, nas mídias de redes sociais está perdendo feio.
Regulamentar ou não a IoT
A IoT (internet of Things) está aí, relógios, nos carros, equipamentos médicos e outros dispositivos já estão no mercado, isto deverá crescer até a conexão total entre coisas que se comunicam.
Segundo dados do relatório “Internet de las Cosas en América Latina” (feito no idioma espanhol) da 5G Americas a preocupação com regulamentação excessiva pode impedir o modelo de negócios, enquanto no Brasil, especialistas apontam ao contrário: a necessidade de uma regulamentação urgente, quem tem razão ?
Os dois, mas é preciso uma questão de bom senso, em geral no Brasil se regulamenta até o formato dos pinos da tomada (uma brincadeira, mas é verdade), enquanto no exterior a preocupação é com segurança e padronização para que todos adotem medidas parecidas, no caso dos dispositivos IoT, frequências parecidas e padrões de segurança.
A principal preocupação deve ir ao sentido que é preciso muita atenção para não impedir o avanço de um novo modelo de negócio ao mesmo tempo garantir mais segurança, mas sem pânico e exageros, nada é totalmente seguro, mas é claro é preciso adotar medidas, mais equipamentos vai significar menos segurança.
Segundo o relatório da 5G Americas, através de um de seu diretor José Otero: “O risco de regulamentação excessiva ou mal concebida poderia retardar as enormes oportunidades de crescimento na região da Internet das Coisas. Por esta razão, é necessário que todo o ecossistema de atores dialogue e colabore com os reguladores sobre este importante avanço tecnológico”.
Segundo um consultor da Machina Research, Andy Castonguay, se a fragmentação e a complexidade do sistema IoT e suas muitas abordagens tecnológicas fizerem com que se torne um desafio a implantação, mas será um pouco perigoso se os reguladores forem proibitivos em seus mandatos ou se favorecerem tecnologias específicas.
Uma das principais considerações sobre as políticas públicas no setor devem ser feitas considerando a soberania e privacidade da informação e para a segurança.
Começou a CES 2017
A maior feira de eletrônicos do mundo, que completa 50 anos, começou com mais de 20 mil produtos a ser lançados, a Consumer Eletronics Show (CES) em 2017 pode ser acessada por alguns sites que estão transmitindo-a ao vivo, claro alguns eventos, pois o evento é um imenso pátio maior que o Anhembi de São Paulo.
Alguns produtos chegaram antes no mercado, o Echo, da Amazon, por exemplo, foi um fenômeno do Natal e a venda esgotou-se na semana anterior as festas, o nome sugestivo é porque você entra na sua casa e um eco te responde, um acionamento de dispositivos por vós.
A Samsung lançou, por exemplo, um aspirador de pó que se conecta com o Alexa, sistema da Alexa, mas ela tem seu próprio sistema de voz que é o SmartThings.
Novos televisores com tecnologia avançada 4K OLED (chamados de QLED pela definição das cores), e smatphones médios como os Samsung A7 (tela de 5,7 polegadas), o A5 (5,2 polegadas) e o A3 (4,7 polegadas), são tendências.
Os vestíveis, que começaram com os relógios conectáveis, agora vão para outros produtos como um cachecol que mede e filtram a poluição e pode até conectar a um amplificador de som (lançamento da LG) que fica na frente do pescoço, lembramos que no hemisfério norte é inverno.
Os drones estão mais acessíveis, simplificados e modulares, há um curioso lançamento da GDU que se pode conectar facilmente uma câmera para firmar algo perto de sua casa ou explorar uma região em que esteja e fazer filmagens.
Outra tendência já clara é a realidade virtual e aumentada, os pokemons são apenas uma aplicação desta tecnologia, os óculos Oculus Rift, no mercado desde 2013 e o Playstation VR já estão ai, agora a promessa é uma tecnologia incorporada aos celulares e mais amigáveis.
Os carros sem motoristas já estão ai, no ano passado o Bolt foi um sucesso, agora novos carros estão sendo esperados da Ford, Honda, Volks, Hyundai e Toyota.
Cyborgs e androides, ainda ficam para a ficção científica, apenas robozinhos simpáticos como o Egg.
Pontos da IoT para 2017
A empresa de previsões tecnológicas Gartner, analisa porque a IoT (Internet das Coisas) ainda não deslanchou, e aponta alguns pontos que podem fazer esta internet acontecer em 2017:
IoT segurança
A Internet das coisas introduziu uma gama de novos riscos de segurança e desafios para os dispositivos, suas plataformas e sistemas operacionais, comunicações e até mesmo quais sistemas podem ou devem estar ligados.
A Segurança será uma coisa complicada pelo fato que “coisas” terão processadores individuais e seus próprios sistemas, como baterias, sistemas operacionais e dispositivos que aquecem.
IoT Analytics
Analisar desempenho e funções em “coisas” é diferente de fazer em computadores ou smartphones, porque o modelo de negócio se modifica na medida em que vai analisar informações coletadas por coisas e não por cliente que em ultima instância são pessoas, novas ferramentas e algoritmos de análise estão em desenvolvimento, mas acredita-se que será estável por volta do ano 2021, até devem ir se desenvolvendo conforme a necessidade.
IoT Gestão
“coisas” delonga duração não são triviais, exigem gestão e monitorização. Isto inclui dispositivos de monitoramento, atualização de software e firmware, diagnósticos, análises de acidentes e relatórios, o que poderão trazer problemas em escala para a tarefa de gestão.
Destacamos estes três aspectos essenciais, mas agora terão outros que a Gartner observa: Processadores para gerenciamento em áreas mais amplas com conexão de internet, processos e processadores de baixo consumo de energia, Plataformas e Sistemas Operacionais para a IoT, e finalmente, Normas e Ecossistemas para a IoT
Análise mais detalhada está no relatório da Gartner “Top 10 IoT Technologies for 2017 and 2018.”
e-Estônia: um pais digital
Desde sua independência da antiga União Soviética (20 de agosto de 1991), a Estônia decidiu que seria um país que se manteria conectado, descentralizado, em uma plataforma aberta de infraestrutura e num processo continuo de continuar melhorando, chamando isto de 4 princípios no seu site.
Os dois pontos chaves desta e-cidadania são o cartão de Identidade ou e-ID e a conexão descentralizada da infraestrutura chamada X-Road, estes abrem as portas para todos os serviços do estado, os dados sociais e econômicos, sendo o eID a identificação capaz de verificar a identidade de uma pessoa em todo o ambiente online.
Os povos da Estônia são de origem dos Fenícios, mas estão intima e etnicamente ligados aos finlandeses e lapões (norte da Noruega), portanto com ligações históricas com toda a Escandinávia, tendo o porto de Tallinn, como sua capital e maior cidade, tendo o país todo cerca de 1 milhão e meio de habitantes.
Com isto a economia se beneficiou com a força dos setores de eletrônica e telecomunicações e dos fortes laços comerciais com a Finlândia, a Suécia, a Rússia e a Alemanha
O sistema de governo é o parlamentarismo, com um congresso com 101 deputados eleitos diretamente pelo voto dos cidadãos.
A Estônia entrou na União Européia em 1 de maio de 2004, ao mesmo tempo que Letônia e Lituânia, tem um PIB de US$ 35.398, que dá uma renda per capita de US$ 26.000.
Celulares pegam fogo ?
Não, claro que muitos cuidados devem ser tomados, como não deixar por longos tempos na tomada, evitar de ligar quando há muita variação de voltagem, etc. mas recentemente aconteceu alguns casos que chamaram a atenção.
O celular da tecnologia Samsung Galaxy Note 7 começou a pegar fogo nos EUA em vários lugares, apesar da companhia ter feito um grande recall do produto no mês passado, e o caso chamou a atenção da empresa.
Conforme a Comissão de Segurança americana de Produtos de Consumo (CPSC, sigla em inglês), em informe oficial, no mês passado (15/09) 26 incidentes com queimaduras haviam ocorrido nos Estados Unidos, e o alerta foi disparado.
As reclamações começaram a acontecer no mês passado, e logo foram suspensas as vendas nos 10 mercados onde já eram vendidos, mas o Brasil ainda não havia recebido o produto.
A Samsung já recebeu 92 relatos de superaquecimento de baterias nos EUA, dos quais 26 informes são de queimaduras e outros 55 de danos materiais, como incêndios em carros ou garagens, a CPSC orientou os consumidores a desligarem os aparelhos.
Antes destes relatos o número de incendiadas em smartphones no mundo não chegavam a uma dezena e muitos eram casos de mau uso, deixar muito tempo conectado na tomada ou variações altas de voltagem, não é para causar nenhum alarme.
Google lança seu próprio smartphone
Depois de trabalhar com a linha Nexus, a Google lançou seu próprio smartphone em dois modelos: Pixel e Pixel XL que traz a tela Full HD e dimensão de 5 polegadas e Android 7.1, com a novidade de ter um ambiente preparado para uso de realidade virtual, em função disto foi lançado junto o óculos de realidade virtual da Google.
Já o processador Qualcomm Spnapdragon 821 quad-core não é uma novidade, usará memória de 4 RAM LPDDR4 e poderá endereçar armazenamento de 32 GB ou 128 GB, com conectores USB Type, leitor de impressões digitais, NFC E câmera traseira de 12,3 MP com f/2.0 e estabilização de imagens.
A experiência de fotografia, é mostrada no conjunto de lentes que tem na parte da câmera traseira (foto), que permite a abertura chamada f/2.0, mas os iPhone e Galaxy S7 já possuem aberturas f/1.8 e f/1.7 sendo assim uma tecnologia conhecida, mas agora com mais precisão.
O produtor do aparelho será o HTC, mas a Google garante que não houve liberdade de como produzir o aparelho, como aconteceu com a Foxconn para a Apple.
Pelo preço de acima de U$ 640 no mercado americano, o objetivo é concorrer no mercado dos iPhones e sabemos que este preço é muito caro para a maioria dos brasileiros, então o sucesso aqui deve ser pequeno.
O preço para os brasileiros vai ultrapassar R$ 2500, em tempos de crise, proibitivo.
ARM será produzido pela Intel ?
Os mais antigos lembram-se da evolução dos PCs 186, 286, 386, até chegar ao Pentium, que na verdade eram os nomes da evolução de seus processadores, mas depois continuou a existir a linha feita pela Intel chamada de x86, portanto para computadores e não para celulares.
A linha mais forte nos celulares é a ARM, na verdade é apenas uma design de chip, chamado de Arquitetura de Computadores, e seu dono é a empresa britânica SoftBank que pagou US$ 32 bilhões para ser dona da tecnologia, quem fabrica especialmente para smartphones, são a Snapdragon, Samsung, Apple, MediaTek, Nvidia, AMD (neste caso para servidores).
Já haviam rumores que a Apple estaria solicitando a produção de chips pela Intel na tecnologia ARM, o site The Verge afirmou isto, e uma implicação imediata é que um problema sério para a Samsung e TSMC, que fabricam os chips feitos pela Apple, que produz 1 bilhão de iPhones.
As duas questões seguintes são a vitória dos processadores de baixo consumo, um dos quesitos do ARM sobre a linha x86, o que é especial para smartphones e uma maior velocidade de processamento.
Para especialistas da computação é uma vitória sem volta da arquitetura RISC (Reduced Instrution Set Code), computadores com poucas instruções de máquina, já que ARM significa Arquitetura Avançada RISC (Advanced Risc Arquitecture).
Produzido inicialmente pela inglesa Acorn Computers, a arquitetura era baseada no modelo Berkeley RISC I, o ARM2 tinha o equivalente a 30 mil transitores, o ARM6 evolui para 35 mil e o ARM7 que ficou mais famoso pois foi utilizado em alguns modelos de netbooks em 2009.
http://www.theverge.com/2016/8/16/12507568/intel-arm-mobile-chips-licensing-deal-idf-2016