Arquivo para maio, 2014
Termina em São Paulo feira de segurança
Equipamentos de segurança, que incluem desde as forças armadas até as residenciais, estão presentes na 17ª. Exposec (Exposição Internacional de Segurança, International Security Fair), realizada desde o dia 13 até 15 de maio de 2014, no Centro de Exposições Imigrantes.
A vedete é a câmera de segurança, que de oito pularam para até 32 câmeras simultâneas, todas ativadas e desativadas por controle remoto, e a maioria pode ser ligada ao celular.
Mas vigiar não é a única utilidade do celular, a maioria dos equipamentos encontrados na feira pode ser controlada também pelo smartphone cada vez mais conectado.
Até mesmo o tradicional interfone pode ser interligado, habilitado na cabine do tradicional porteiro, pode-se conectar e na tela, chamar e falar com ele, mesmo que o dono esteja a alguns quilômetros de distância para chegar ou saindo de casa.
É uma tendência cada vez mais forte o uso de smartphones e tablets para controlar a segurança da casa, empresas ou órgãos de vigilância, controlando a distância os equipamentos de segurança.
A babá eletrônica também entrou na onda. Ela mostra no telefone ou tablet a imagem em tempo real do bebê, com temperatura e tudo. E ainda avisa se ele se mexe. Se chorar, os pais podem acalmar a criança – mesmo de longe.
Realidade aumentada permite ver a própria mente
Olhar no espelho e ver as próprias atividades é uma forma de controle dos movimentos de bailarinos e atletas, porém será que isto seria possível com o próprio cérebro ?
Parece que sim, é o que sugere o novo equipamento de realidade aumentada para o cérebro, o “Mind Mirror” (Espelho da Mente), cujo protótipo capta a atividade elétrica do cérebro, e com um capacete com dezenas de eletrodos, parecido ao de um EEG (eletroencefalograma) médico, pode recriar os impulsos cerebrais na forma de imagens.
A realidade aumentada é uma técnica de através de imagens mostrarem funcionalidades ou detalhes escondidos de uma cena real, em imagens dinâmicas, e isto virou realidade num laboratório de pesquisadores franceses, ao combinar um eletroencefalograma (EEG) clássico com técnicas de realidade aumentada.
Segundo o diretor científico do Instituto Nacional de Pesquisas em Informática e Automática da França (INRIA), Anatole Lécuyer capturados o sinal do cérebro “é, em seguida, projetada numa tela, em superposição com o rosto do indivíduo”, cuja invenção foi apresentada a imprensa nesta terça-feira (13/05).
O pesquisador resumiu assim o invento “A ideia inicial foi muito simples, porque as tecnologias já existem, mas desenvolver a técnica, sobretudo para a visualização, exigiu tempo”, concluiu.
Bitcoin busca regulamentação
Criada no universo digital em 2009, a moeda bitcoin poderá ser significativa para as mudanças preconizadas no mundo atual, em um amplo processo de mudanças.
A moeda chamou a atenção no início do ano, quando a bolsa de valores da moeda, sediada em Tóquio, a Mt. Gox, entrou com pedido de proteção contra falência anunciando uma perda de cerca de 750 mil bitcoins, causado por uma invasão de hackers.
Segundo o conselheiro da empresa Patrick Murck, seria necessário uma cooperação entre as autoridades para criar regras que apoie usuários responsáveis da moeda digital.
Murck afirmo que “Há uma oportunidade de trabalhar junto para impedir que as pessoas digam que (a moeda) é assustadora e arriscada”, no entanto o desafio agora é ” é só conseguir lançar uma estrutura que faça sentido para as pessoas”.
A maioria dos apoiadores da moeda defendem o anonimato oferecido pela bitcoin para minimizar o risco de fraude, já os críticos afirmam que mesmo no anonimato, a falta de supervisão central facilitaria os crimes.
A Bitcoin Foundation busca padronizar a moeda e protegê-la de roubo ou falsificação.
A um mês da Copa: tudo pronto ?
Infelizmente não, apesar valor da somatória de investimentos, em todas as arenas até o momento, ser de R$ 25,5 bilhões (poderá chegar a 30 bi), apenas R$ 3,7 bilhões são de recursos exclusivamente privados (14,5%), e só as arenas das Dunas (R$ 350 milhões em PPP) e a Arena da Baixada (R$ 234 milhões privados) tem valores razoáveis.
Segundo o secretário da FIFA, Jerôme Valcke, vendo na semana passada o Itaquerão e a Arena da Baixada, de Curitiba, disse que ficarão prontos só “no último minuto”, mas as obras externas é que decepcionam mais, vejam algumas:
Natal: Um viaduto que facilitaria o trânsito na marginal da Arena das Dunas, a drenagem no entorno do estádio e a adequação de calçadas seguindo normas de acessibilidade tiveram seus cronogramas alterados e só serão entregues após a realização do Mundial, as obras serão escondidas com tapumes.
Cuibá: Entre as obras consideradas críticas e que correm o risco de não ficarem prontas até o dia 31 de maio estão a duplicação da Estrada da Guarita, que está 77% finalizada; a duplicação da Avenida Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho), que tem somente 45% executados; e a trincheira Santa Rosa, que tem 68% do projeto executados, também o aeroporto Marechal Rondon está atrasado e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), obra mais cara não ficará pronta.
Porto Alegre: Segundo o promotor Nilson de Oliveira Rodrigues Filho, a população foi enganada, pois foi ela quem ajudou a escolher as demandas que deveriam ser realizadas na região do bairro Humaitá no entorno do estádio e estas não foram realizadas nem pela construtora, nem pelo estado.
Belo Horizonte: Obras da mobilidade urbana pararam, com alegação de um corte de 3 milhões, com o orçamento caindo para R$ 14,7 milhões, terá apenas 18% das obras de infraestrutura prevista serão entregues.
Em Salvador o estádio foi entregue e a construção de estruturas de acessibilidade no entorno do estádio da Fonte Nova foi concluída. Já a construção de rotas de pedestres na região, orçada em R$ 7 milhões, está paralisada, apesar da previsão para o final de maio.
Apesar dos custos devem-se parabenizar os poucos atrasos em Recife (via Mangue 12 dias antes), Manaus (monotrilho Norte-Centro e Leste-Centro, não foram feitas) e Fortaleza que terá o Veículo Leve sobre Trilhos (VTL) com 10 estações e 3 concluídas (30%).
Pontapé inicial da Copa do Mundo
Será feito por um paraplégico usando a tecnologia mais avançada existente para movimentos de pernas , trata-se de uma estrutura criada pelo Projeto Walk Again, dirigido por uma equipe internacional dirigida por um neurocientista, que é Miguel Nicolelis, brasileiro e professor na Universidade de Duke, na Carolina do Norte, EUA.
Este projeto tem seu desenvolvimento mais recente no Brasil, onde se encontra o professor, e os avanços mais recentes do exoesqueleto robótico, permite andar com uso desta tecnologia.
Um paraplégico usará este exoesqueleto na abertura do Mundial, dia 12 de Junho, no Estádio Arena Corinthians, em São Paulo, na qual entre as milhares de pessoas que vão participar da abertura estará um dos oito jovens doo país, que foram selecionados para participar na fase final do projeto e um deles irá andar e com uso da tecnologia dára o pontapé inicial.
Nicolelis tem-se desdobrado em entrevistas e em posts na sua página do Facebook onde vai publicando os mais recentes avanços no exoesqueleto, que será mostrado oficialmente ao público em Junho.
As operadoras na Copa
Usando o ‘marketing’ do 4G o risco do serviço telefônico falhar em metade dos estádios da Copa é real, conforme pode ser observado em notícia do BBC Brasil.
O serviço 4G está presente em apenas 105 cidades, embora populosas o que dá 37,2% da população, não é nem sombra das 3598 cidades atendidas pelo 3G, que dá 90,8% da população, quando funcionar é Claro, pois nem sempre está Vivo.
O engenheiro da consultoria da Teleco, Eduardo Tude afirma: “Foi mais uma jogada de marketing mesmo, em que se quis apresentar o Brasil como um país moderno. Para as operadoras é um momento ímpar, ter os olhos do mundo todo voltados para cá, e dos brasileiros também, claro”.
Também para a consultoria americana Infonetics, o Brasil não terá problemas graves nos estádios, onde as operadoras estão instalando Sistemas de Antenas Distribuídas, mas certamente, não terá condições de atender aos torcedores e sistemas jornalísticos no entorno deles.
Ainda questiona a consultoria a infraestrutura móvel: “Não vejo como não acreditar que haverá ‘congestionamento’ nas redes móveis nos jogos da Copa”, diz Stéphane Téral, analista desta especialidade da Infonetics.
Mas o que queremos saber é a reação dos usuários aos exorbitantes preços da telefonia móvel no páis.
Algumas transmissões 4k na Copa
A Copa do Mundo no Brasil poderá ser usada para testes pela Globosat, isto é, a parte da empresa que fornece o sinal de Satélite, para testar a tecnologia 4K, mas só alguns jogos.
O equipamento necessário para o sinal, a transmissão por um canal e seus comentarias, é outra coisa, implica em uma ilha de edição, 12 câmeras e transmissores de sinal, e um caminhão link com todo equipamento 4K.
Para a Copa, foi necessário um acordo com a Globosat, Fifa e Sony, detentora da tecnologia 4K, para a transmissão de jogos do mundial no Maracanã (Rio), em caráter experimental.
Como quase tudo na Copa, o controle total é da Fifa e depois negociar com as operadoras de TV paga, como Net e Sky, e estas devem usar decodificadores 4K, só então finalmente, os assinantes que possuam esta tecnologia em seus aparelhos, poderão ter o sinal em HD que poderá ser transformado em 4K.
Big Data: verdades e falácias
O tratamento de grandes volumes de dados, onde a relevância da maioria dos dados nem sempre é comprovada, é a motivação para o desenvolvimento atual do mundo digital, com impactos nas mais diversas áreas de trabalho, da ciência e da própria tecnologia.
Mas deve-se tomar cuidado com a literatura impactante nem sempre criteriosa sobre os verdadeiros impactos da tecnologia, entre elas, a ideia de ruptura e de influencias sócio-políticas das mesmas.
Neste sentido, Susan Graham coautora do relatório: “Big Data e Privacidade: Uma Perspectiva Tecnológica”, faz considerações sobre novas maneiras de construir proteções de privacidade em sistemas de tecnologia da informação, em especial para proteger os dados pessoais, que foi feito pelo Conselho de Assessores de Ciência e Tecnologia (PCAST) nos EUA.
A tecnologia pode ajudar a reduzir os riscos de privacidade, mas a política também é necessária, diz relatório feito na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Embora o PCAST não inclua novas recomendações de política, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA está a criando uma estrutura de engenharia privacidade análoga ao seu trabalho sobre as normas de segurança cibernética.
Parte do problema é que os políticos não conversam com os engenheiros sobre a privacidade, e há uma falta de clareza sobre o que se entende por privacidade em um mundo conectado., conforme disse Graham: “Acreditamos que a tecnologia por si só não pode reduzir os riscos de privacidade”, “tem que ser política também”, o que pode parecer óbvio, mas não é.
Uma plataforma criativa de desenho
Diversos pesquisadores da Universidade de Purdue desenvolveram duas plataformas criativas que permitem criar ilustrações, mesmo que não sejam artistas especializados, a skWiki e Juxtapoze, e o ambiente todo foi chamado de CyberLearning, conforme o site da universidade.
As plataformas têm como objetivo eliminar a imposição de habilidades especiais de desenho no desenvolvimento de novos projetos, mas é claro que a criatividade deve estar presente.
Um dos professores do projeto, Karthik Ramani, afirmou: “Eu acho que este é o começo de um novo campo de criatividade apoiada por computador onde você está estendendo a mente humana”, Lorraine Kisselburgh, outra pesquisadora afirmou este é um passo para substituir ou alterar o uso de papel para criar desenhos: “Nossa pesquisa mostra que quando se utiliza o sistema skWiki, os designers geram mais ideias, o que é um indicador de criatividade, e são mais colaborativa em discutir suas ideias”.
As plataformas operaram em servidores e não exigir que os usuários de instalar qualquer software, sendo que skWiki permite a colaboração com multimídia, incluindo textos, esboços, fotos e imagens vetoriais.
Já o Juxtapoze centra-se na criatividade individual, e acessa bancos de dados de formas para ajudar os usuários a encontrar as pessoas certas, e ambas podem ser usadas em conjunto.
Uso criativo da tecnologia
Além de interagir com a tecnologia, é preciso ser criativo, ser mais proativo para que a tecnologia não domine, mas seja dominada, diz um especialista do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts nos EUA).
Mitchel Resnick, diretor do Lifelong Kindergarden Group, Laboratório de Mídia do MIT, afirma que as habilidades de design e criatividade se tornarão cada vez mais importantes para as sociedades futuras, mas segundo ele o seu grupo pode ser traduzido literalmente “como um grupo de jardim de infância para a vida inteira”, conforme notícia no BBC online.
Entre os projetos que podem ser explorados, em uso criativo da tecnologia, o especialista que esteve no Brasil na semana passada, apontou o projeto gratuito de criação de programas de software, o Scratch, para história e jogos por usuários e posterior compartilhamento em todo mundo.
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Numa metáfora interessante, o professor afirmou que é como se fossemos capazes de “ler” com a tecnologia, mas não escrever, isto é importante para fazer um uso consciente e equilibrado da tecnologia.