Arquivo para fevereiro, 2013
A "bolha" da informação
São crescentes os comentários sobre os limites das faixas de frequências onde operam as comunicações digitais, e este limite de comunicação já estão sendo chamados de “bolhas da informação”, no dizer do professor Dennis Prather da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade de Delaware: “É como ter uma rodovia onde você pode dirigir 1.000 milhas por hora, mas não haver carros que andem tão rápido”, afirmou ao site da Universidade.
O professor e sua equipe perquisa procuram dispositivos que operem então em faixas superiores aos Ghertz (Gigahertz) pois a maioria dos meios de hoje ainda operam na faixa dos Megahertz (109) está “congestionada”.
Uma das mais recentes inovações de Prather usa na fotônica (feixas na base de luz e, portanto podem usar as fibras óticas), mas a base de sistemas são freqüências de rádio, explorando sete oitavas de operação dentro da faixa, onde conseguiu uma fidelidade do sinal sem precedentes.
O sinal é ainda multifuncional, ou seja, o usuário pode transmitir qualquer coisa em comunicações, como voz ou dados, dados via satélite ou sinais de radar.
O dispositivo utiliza uma técnica chamda de “injecção de bloqueio lateral”, que Prather foi desenvolveu no seu laboratório, e explica: “Pense em um piano, onde cada uma das oito chaves repetem-se em suas notas, mas com um tom mais alto apenas. As diferentes densidades são harmônicas, ou freqüências relacionadas, ao primeiro tom “, explica ele. “Se colocarmos um sinal de rádio com uma antena em um modulador apropriadamente construído, e depois ligar um feixe de laser ao dispositivo, ele gera os harmônicos.”, dando origem às frequencias relacionadas ao feixe do laser.
Estas frequências podem ser geradas na faixa de GigaHertz, e Prather garante que é o primeiro a fazê-las, e poderão usar as fibras ópticas “leves”, justamente porque transmitem numa faixa das frequencias de rádio.
No Brasil, o plano é leiloar a faixa “analógica” das TVs quando elas se tornarem totalmente digital, em 2016, mas a operação só acontecerá em 2018, quando talvez já esteja superada tecnológicamente.
Novidades na maior feira mundial de mobiles
O Mobile World Congress é a principal feira de tecnologia móvel do mundo, iniciada no dia 25 tem seu encerramento amanhã em Barcelona, Espanha, a feira existe desde 1987.
Entre os destaques do MWC 2013 estão as empresas Telefónica, Nokia, Mozilla, Vodafone, Nielsen, IBM e Dropbox. Tecnologias como o NFC, celulares com HTML5, Clouds, as telefonia IP (Skype, por exemplo) e lançamentos na área como o Samsung Galaxy Note 8.0 e o Optimus L Serie II, da LG, estão sendo apresentados no evento.
Há um canal de vídeo com transmissões diárias e um aplicativo para acompanhar o evento.
Entre as novidades fortes, foi anunciada uma parceria da Sony com o novo sistema operacional na praça que é o Firefox OS, um novo alento para o Software Livre, já que o Mozilla é quem dá suporte ao buscador livre Firefox.
Segundo a Telefónica que é parceira do Mozilla no lançamento de um smartphone com o Firefox OS (veja nosso post) , os primeiros dispositivos serão lançados no Brasil, Colômbia, Chile, Espanha e Venezuela na segunda metade de 2013, mas já existem parcerias com os diversos fabricantes entre eles: a Alcatel One Touch, a LG e a ZTE.
EUA poderá ter faixa de comunicação liberada
Um passo que poderá ser um grande avanço nas telecomunicações está em discussão nos Estados Unidos devido o “congestionamento” nas taxas de banda larga, a notícia saiu no último dia 20 no New York Times.
Tendo uma das internets mais caras do mundo, de aproximadamente R$65 para 1 Mbps por mês, o Brasil ainda tem a média máxima de velocidade de 500 Kbps (ou seja, metade de 1 Mbps), e as operadoras pressionam para baixar as metas da banda larga.
Embora conversar nunca tenha tido limites, é claro exceção em regimes totalitários, as frequências para transmissão de telefonia tem controle estatal regulado em quase todos países, mas o congestionamento devido um uso cada vez maior de pessoas, poderá por fim nesta falta de liberdade midiática.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC) está propondo a criação de uma grande faixa de alta frequência dentro do espectro das frequências controladas (rádios, TV e as famosas larguras de banda) para uso não licenciado por dispositivos aliviando a superlotação das redes Wi-Fi.
As novas regras permitidas em velocidades de transmissão de até 1 Gbps, mais de 100 vezes mais rápido do que a média de conexão de Internet nos EUA (10 Mbps), e mais de mil vezes a do Brasil (a taxa citada de 500 kbps), o que representará um grande avanço lá.
O novo espectro não licenciado poderá promover a inovação, mas também novas pressões, e poderá dar um novo potencial de transmissão WiFi gratuita e livre, o padrão 802.11ac Wi-Fi.
Lá o congresso exige esta expansão, e a administração Obama incentiva a partilha do espectro, a FCC disse que aceitará comentários públicos antes de redigir as regras finais, o que pode demorar mais de um ano, porém o caminho parece aberto.
Donos do iPad3 podem ganhar novo de graça
Uma ação movida contra a Apple no Brasil poderá o novo tablet da empresa da maçã de graça para os donos do iPad3, logo após o lançamento já era visível a “redução de estoque” nas lojas da Apple, conforme notícia no próprio site MacMagazine.
O motivo é simples, por “obsolência planejada” do iPad, uma vez que o aparelho iPad 4 foi lançado em 23 de outubro do ano passado, ou seja, sete meses depois do iPad 3, e segundo Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI) que move a ação, o aparelho foi lançado sabendo que ficaria ultrapassado em pouco tempo.
É fácil argumentar isto porque um aparelho leva de 6 meses a um ano para ser projetado ou atualizado (neste caso seria “upgrade”), portanto a empresa, ou já sabia disto ou iniciou o projeto do “novo” logo em seguida, ou até mesmo já estava em curso.
Além de receber o novo aparelho poderá haver uma multa, que segundo a ação, dependerá do número de compradores, o IBDI não tem este valor total que a Apple pode ser obrigada a pagar.
O iPad 3 começou a ser vendido no Brasil, num preço em torno de R$ 1.700 a R$ 2,300.
Cursos on-line crescem
A gigante de cursos on-line Coursera anunciou que agora já oferece cursos a partir de 62 universidades, e há cursos gratuitos.
Criado por acadêmicos da Universidade de Stanford, já tem 2,8 milhões de estudantes inscritos on-line, conforme afirmou o co-fundador da Coursera, e disse que isso estava ajudando as universidades z “levantar o seu impacto dentro e fora do campus”, por isto as adesões.
A plataforma e empesa foi criada a menos de um ano atrás, e rapidamente tornou-se referencia no campo por sua rápida expansão nas universidades online, chamada de MOOCs (Massivos cursos on-line abertos).
Na prática ela fornece uma plataforma online para que as universidades possam oferecer seus cursos para as pessoas a estudar em casa.
A universidade que já contava com muitas universidades americanas, agora incluiu as americanas Northwestern, Penn State e Rutgers, e instituições mundiais famosas como Universidade Chinesa de Hong Kong, Ecole Polytechnique, da França, Universidade de Leiden, na Holanda, Sapienza Universidade de Roma, da Itália, a Universidade de Tóquio, do Japão, a Universidade Nacional de Cingapura e a Universidade de Genebra, na Suíça.
O grupo de cinco primeiros cursos da plataforma Coursera, que inclui um curso de genética da Universidade de Duke e de álgebra na Universidade da Califórnia, Irvine, já estão em fase de credenciamento como cursos completos, pois há muitos cursos curtos, como nossas extensões.
Livros e games para jovens
Muita gente reclama de alunos que usam games, mas uma nova opção começou a aparecer no mercado: o site livroGame com brincadeiras em tornos de literatura infantil.
Entre as tramas que podem ser encontradas ali estão: “Memórias de um Sargento de Milícias” (1852), de Manuel Antônio de Almeida, “O Cortiço” (1890), de Aluísio Azevedo, e “Dom Casmurro” (1899), de Machado de Assis.
Tem HQ (História em Quadrinhos), mas com certeza o ambiente vai despertar a leitura e fazer os jovens mergulharem num mundo de fantasia tão belo quanto o dos games, mas sem os desnecessários apelos a guerras e violência.
O gestor Cultural da Fundação Telefônica, Celso Santiago, afirmou em reportagem a Folha de São Paulo:”Queremos mostrar que esses livros não são uma coisa chata que os alunos são obrigados a ler. Eles estão vivos, podem transformar a vida do leitor”, conta Santiago.
Se tem dúvida qual ler primeiro, a dica e “Memórias de um Sargento de Milícias”, o mais divertido para quem conhece a história e foi também o que rendeu mais jogos, as famosas etapas dos games, aqui são 10 no total.
Rede Sustentabilidade, nova ação política
Após uma articulação, segundo a ex-senadora, de 1700 pessoas que uniram-se gastando do próprio bolso para lançarem uma novo paradigma de partido, o da ação em rede, Marina Silva lançou uma proposta de “Rede e sustentabilidade”, e falou em um programa da TV Cultura.
No Programa Roda Viva desta segunda-feira (18/02) ela afirmou: “Nós resolvemos antecipar algumas coisas que já podem ser feitas no sentido de mudança do sistema político e da forma de se fazer política no Brasil”.
Jogou algumas pérolas no ar, tais como: “nem a esquerda , nem a direita, mas para frente”, “o contrário de injustiça não é justiça, mas o amor” e “Estamos sofrendo um questionamento à forma verticalizada como os partidos operam”, acrescentando que é “Um esforço que está sendo feito é de questionar o monopólio dos partidos políticos.”
Os jornalistas tiveram dificuldade de entender uma proposta tão simples, onde cada pessoa pode ser protagonista e ter liberdade de articulação e proposição, mas quando ironizada por causa do símbolo do partido (#rede) que seria incompreensível a população do nordeste do país, Marina brincou: “O que mais nordestino entende é de rede”.
Marina precisa de 500 mil assinaturas para oficializar o partido, sobre o perfil do novo partido disse que precisa de pessoas que vivam o que proclamam, e eu acrescento que ditadores e autoritários só fazem leis para os outros.
Supercomputação e fontes energéticas
Embora na realidade as fontes de energias tradicionais dominem o planeta, e mais ainda os EUA, é crescente a preocupação com o controle e as energias alternativas, que agora ganham, ao menos para o laboratório americano intitulado NETL (National Energy Technology Laboratory), conforme relato da HPCwire, um importante aliado: a supercomputação.
No Laboratório do Departamento de Energia do NETL, em breve começa a operar um supercomputador da SGI, é um Computador de Alto Desempenho para Energia e Meio Ambiente, em inglês a sigla HPCEE (High-Performance Computer for Energy and the Environment), em breve, a máquina tem capacidade de 500 teraflops (1012 milhões de operações com vírgula [flops] por segundo).
Com ela os pesquisadores do NETL realizarão uma ampla gama de estudos energéticos e pesquisa ambiental, com foco em carvão, gás natural e petróleo.
Mas o olhar do laboratório incluem energia limpa, mitigação da mudança climática, eficiência energética e energia renovável, revelando que há uma consciência ampliada hoje, sobre temas relacionados com os desafios energéticos.
O conceito novo de mitigação de riscos, é a redução (ou adequação) do risco a valores aceitáveis, quando por exemplo uma energia alternativa não pode ser adotada, no caso do Brasil poderia ser o caso de Belo Monte, sabendo-se que no que se refere à mitigação é o qual seria a obrigação, quando realmente se deseja evitar não só a ocorrência do fator gerador de risco, mas sua consequência já que ela “não pode” ser evitada.
Uma das maneiras do NETL contribuir para a mitigação das mudanças climáticas é através do desenvolvimento de novos métodos para monitoramento (locais e expandidos), através da captura e sequestro de gases de efeito estufa ou seu monitoramento com dados realistas.
Computação de alto desempenho é essencial para a realização desta pesquisa, os dados não são simples e a complexidade é em volume crescente na medida que o clima se deteriora.
Bibliotecas on-line de verdade !
Vem aí um grande projeto de disponibilização do acervo público, diferentemente do Google Books, que é a DPLA (Digital Public Library of America).
Segundo Robert Darnton (leia A questão dos Livros, Cia das Letras),” Vamos fazer diferente”, esta nova biblioteca digital é um projeto mais ambicioso, algo a ser feito “por séculos”, afirmou o diretor do complexo de bibliotecas da Universidade de Harvard, EUA.
Com financiamento privado, o DPLA vai disponibilizar para toda a Web um enorme acervo, o projeto da DPLA envolve já diversas outras universidades, segundo afirmou Darnton para a Folha de São Paulo: “Teremos 2 milhões de livros liberados pelo domínio público. Vamos começar modestamente. Espero que cresça mais e mais. É um trabalho que deve ser feito por séculos”.
Com uma data aproximada de 1923, na lei só 70 anos após a morte dos autores os livros seriam públicos, mas Darnton prevê que livros após esta data também serão disponibilizados se autores e editoras concordarem: “Muitos livros deixam de ser lidos após alguns meses no mercado; eles morrem. Autores, claro, querem leitores. A maioria das obras não tem valor financeiro cinco ou seis anos depois da publicação, e os proprietários dos direitos podem ficar felizes ao ver seus livros disponíveis”.
Na semana passada aconteceu uma conferência sobre tecnologia para bibliotecas (Code4Lib) e o grande tema foi DPLA.
A revolução digital continua, os céticos e os críticos verão a história passar sem compreendê-la.
Criação de buraco negro é observada
Supernovas é o nome dado a astros solares com massa de mais de 10 vezes um astro solar, muito brilhantes, mas que desaparecem em algumas semanas ou meses após a explosão.
Buracos negros, formados justamente pela explosão desta massa das supernovas, mas raramente foram observados, em geral quando uma estrela é “absorvida” pelo buraco, quanto menos massa possue, maior é a densidade da matéria que forma o buraco negro.
Um buraco negro estelar é criado quando uma explosão de supernova destrói uma estrela maciça. Os cientistas já descobriram dezenas de buracos negros, mas todos eles já estavam formados. Agora, os cientistas viram a formação recente de diferentes restos distorcidos de uma supernova, então eles sabiam que era algo especial, conforme estudo do MIT, recentemente publicado.
O que os cientistas acreditam terem observarado são as fases de infância de um buraco negro, ou o mais jovem buraco negro já registrado na Via Láctea, e que ficou chamado de W49B, visto como um redemoinho vibrante de tons de azul, verde, amarelo e rosa.
Visto da terra, o astro tem cerca de 1.000 anos de idade e está localizado a cerca de 26.000 anos-luz de distância. Um buraco negro típico anteriormente conhecido, como SS433, é pensado para ser entre 17 mil – e 21.000 anos de idade, quando visto da Terra.
“W49B é o primeiro de seu tipo a ser descoberto na galáxia”, disse Laura Lopez, que conduz um estudo sobre o remanescente, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e afirmou num comunicado. “Parece que sua estrela-mãe terminou a sua vida de uma forma que a maioria dos outros não.”
Outro pesquisador Daniel Castro, também do MIT, afirmou: “É uma rara circunstancia, mas temos evidências intrigantes que a supernova W49B criou um buraco negro”, e concluiu: “Se for esse o caso, temos uma rara oportunidade de estudar uma supernova como responsável pela criação de um buraco negro jovem”, isto é de 1000 anos.
Vemos uma dimensão do tempo e da vida completamente misteriosa e diferente, isto deveria fazer pensar humildemente místicos, céticos e cientistas.