Arquivo para junho, 2016
Serviço via satélite funciona ?
Sim, e já chegou ao país, em evento realizado na terça-feira de manhã (28/06) a empresa americana Hughes anunciou sua chegada ao país, disponibilizando o serviço de banda larga via satélite, em todo território brasileiro, a empresa na verdade atua desde 1968 quando começou os serviços via satélite, mas era usado para fins militares nacionais.
O objetivo é atingir regiões onde não chegam os serviços ADSL ou fibra ótica, os mais potentes, ofertando uma internet de alta qualidade em regiões rurais ou cidades do interior dos estados onde serviços de banda larga não operam com eficiência, o serviços é chamado HughesNet.
O serviço usa a frequência de banda chamada Ka, especial para satélites de alta capacidade que podem trabalhar a um custo relativamente mais baixo, baixo para empresas mas não tão baixo para usuários convencionais, os planos podem ser contratados a partir de julho.
O suporte, instalação e pós-venda ficam a cargo de uma parceira que é a Elsys, e os planos residências terão um custo para 10 MB de download e 1 MB de upload, sendo necessário arcar ainda com uma taxa de adesão de R$ 359,90.
Além disso, o serviço terá como base a banda Ka, uma frequência na qual satélites de alta capacidade podem trabalhar a um custo mais baixo — e isso obviamente se reflete em um preço ligeiramente menor ao consumidor final. Os planos da HughesNet poderão ser contratados a partir da sexta-feira (1º de julho), sendo que o suporte, a instalação e o pós-venda ficarão a cargo da empresa parceira Elsys.
Mais uma bomba aeroportos, e as redes ?
Mais uma bomba é detonada em aeroportos, e desta vez num aeroporto árabe considerado seguro, o aeroporto internacional de Ankara na Turquia, e as perguntas que ficam não é só até quando, mas também porque ?
Sim e não, sim porque a explicação fácil é que as redes tornam mais simples o contato entre pessoas distantes, mandar ordens e também estabelecer contatos e recrutar jovens.
A raiz um pouco mais profunda é o radicalismo e fundamentalismo religioso, também em parte e explica, mas a razão mais profunda é o momento de crise mundial de valores que são essenciais para a vida humana no planeta, aquilo que alguns chamam de neoexistencialismo.
A razão histórica mais profunda é uma crise que vem da crise de modelos aparentemente universais de estados e nações que respeitam e toleram apenas os próprios valores, a recusa de uma solidariedade e fraternidade mais universal que contemple todos povos e culturas.
As redes são facilitadoras, mas elas surgem bem mais tarde do que estas crises “existenciais” que fazem a fuga para o vazio, para o radicalismo sem sentido ganhar força e dimensão de alternativa na cabeça daqueles que são recrutados por organizações terroristas.
Há um terror de vidas vazias, povos sem direito a um mínimo de espaço territorial, intolerância com os valores e culturas destes povos, que fazem ver o radicalismo das últimas consequências, isto tirar a vida de si e dos outros, a única forma possível de protesto.
As redes são por outro lado facilitadoras de contatos e de ações humanitárias que combatem de modo mais eficaz este radicalismo do que o simples uso da força, que pode matar um destes radicais, mas não mata a raiz destes recrutamentos que é o que dá motivo a um tipo de radicalismo verdadeiramente desumano e contra a vida.
Consulta britânica gera milhões de tweets
Quem acha que tweet não pode fazer boca de urna tá errado, o número de tweets na boca da urna pode explicar a tremenda virada da tendência que era do Reino Unido permanecer na União Européia, para sair (#brexit) que acabou sendo o resultado.
Observado pelo IdgNow, os números que chegaram a 6,4 milhões de tweets das 7h da manhã da quinta feira (23/6) quando abriram as sessões de votos, até as 10 h da manhã da sexta feira (24/6) o resultado já era divulgado e a nação reagia ao discurso de renúncia do primeiro-ministro David Cameron.
Durante a renúncia o uso do Twitter atingiu o dobro dos níveis normais, com um pico de 13.000 tweets por minuto e toda campanha do #EUref a hashtag do referendo é usada.
Mas o resultado significativo é se comparamos as últimas horas do dia da votação 23/6 mostrando que a tendência variou durante o dia e isto pode ter sido significativo para a votação final, revelando que na verdade não há uma clara tendência para sair (aqui marcada como leave) ou permanecer (marcada como remain).
Software para textos didáticos
Os recursos para produção e material didático em ensino público podem ser reduzidos, isto é comprovado em 38 faculdades lá chamadas “comunitárias” em 13 estados, que abrange um universo de 76.000 estudantes, em 13 estados americanos.
Os casos analisados e citados no Washington Post, é o de Maryland e outros seis da Virgínia, onde os preços de livros didáticos subiram de 82% entre 2003 e 2013, que lá é três vezes a taxa de inflação e portanto é mesmo um aumento real de preço.
O software OpenStax, uma organização de software livre sem fins lucrativos introduziu livros didáticos open-source com revisão por pares, estima-se que economizou mais de US$ 66 milhões para cerca de 700.000 estudantes, mais da metade destas no ano passado.
Embora alguns alunos que frequentes estas faculdades comunitárias (community colleges ) em no máximo quatro anos, os programas concentrados em dois anos, estão alcançando o sonho de fazer faculdade, não apenas em escolas pagas, mas em outras que podem fazer cursos com alto nível, em menor tempo, onde o material didático é essencial.
DIY é uma mudança cultural
Talvez ainda incompreensível, mas o movimento “faça você mesmo” (DIY, Do It Yourself), que apareceu nos anos 90, inclusive no Brasil tendo até revistas: faça você mesmo consertos, decoração, infantil, festas, etc. agora reaparece com força inclusive em escolas com uso de dispositivos eletrônicos e impressoras 3D, em “makerspaces” segundo a Business Insider.
O estimulo vem das redes como HGTV e DIY, também em sites como Pinterest, mas há infinitas lições no Youtube e outras ferramentas: como fazer determinados pratos, fazer pão integral com fermento natural, mudar seu ambiente com material aderentes, etc.
Do ensino fundamental ao médio, faculdade e podendo ir mais além, as escolas estão encontrando novas maneiras de usar a tecnologia do século 21 para trazer de volta para a sala uma nova geração mais exigente e proativa que as anteriores, claro é um fato, há quem diga o contrário, mas é puramente pelo fato de não saber lidar com a novidade.
As tecnologias que vem em auxílio são fantásticas, desde a já populares impressoras 3D (ao menos no mercado europeu e americano), até o acesso a tecnologias inovadoras como os cortadores a laser, que fazem brotar na sala de aula protótipos e invenções.
As escolas de vanguarda vão se apropriando deste novo estilo, chegam a introduzir até mesmo mecanismo de controle com a programação de Arduino, em modelos e interfaces cada vez mais criativas e facilitadoras de automações.
Vão achar um jeito de criticar, mas o futuro chegou agora, também nas salas de aula.
Islândia versus Inglaterra
Este pequeno país nórdico, com pouco mais que 300 mil habitantes, já fez um feito histórico se classificando no futebol para as oitavas de final e agora enfrenta a Inglaterra.
A votação que se encerrou na madrugada de ontem é um duro golpe na União Europeia, mas os ingleses terão pouco a comemorar, a moeda inglesa, a libra teve uma de suas maiores quedas, claro afetando também a zona do euro, mas afetará principalmente as imigrações.
Os produtos ingleses não sofrerão retaliação, isto fica para países pobres do mundo árabe ou para nossos países latino americanos e talvez algum da África, mas o mercado com certeza, irá impor algumas restrições aos produtos ingleses, pessoalmente vou torcer para a Islândia, mas era uma decisão desde o início da copa, porque ?
A Islândia, país que se liberou da Dinamarca nos anos 1944, fez uma constituição parecida a dinamarquesa mas sem a tradicional monarquia dinamarquesa, isto é parlamentar, e teve recentemente uma de suas maiores crises, o que fez: puniu fraudes, deixou bancos e empresas falirem e recomeçou o país, primeiro fazendo sua primeira constituição através de redes sociais (veja nosso post).
Não entendia porque alguns povos conservam suas monarquias opulentas e imorais, ficou fácil agora são incapazes de avançar na história, ou avançam querendo reservar alguma coisa do passado e perdem muito com isto, em tempos de imigração um país se fechar é muito triste.
A Islândia ganhou mais uma torcida, os imigrantes que terão que deixar a Inglaterra, os árabes que estão sem pátria vagando por mares, as vezes morrendo, e pedindo um abrigo de algum país europeu solidário.
A Islândia pode perder mas vai ter a minha torcida agora mais vibrante ainda: Iceland !!!
Reino unido permanece ou sai da UE
Nas eleições britânicas, os eleitores devem se registrar para participar, o número de eleitores que vai decidir se o Reino Unido (incluem 53 países ligados a países ligados a Coroa Britânica), é de 46,4 milhões de pessoas que se registraram para participar da consulta popular nesta quinta-feira.
Acredita-se que devem vencer os favoráveis a permanência, mas segundo o jornal inglês “Financial Times” há um empate técnico, 47% a favor e 45% contra, em uma campanha marcada pelo medo (o efeito sobre a imigração seria imediato), e a contrapartida econômica, geralmente a favor de conservadores, mas neste caso a favor do fica na UE (União Europeia).
As seções abriram as 7h (3h horário de Brasilia), em todo Reino Unido, e apesar da chuva o comparecimento é grande indicam os noticiários desta manhã.
Uma análise do comportamento nas redes sociais foi feito a partir de hashtags por Vyacheslav Polonski no site Medium.com, e mostra em destaque as tags #brexit e #bremain, onde verifico a co-ocorrencia de 13.310 hashtags relacionadas ao referendo.
Entendo que brexit (britain exit) é pela saída (região vermelha) enquanto bremain (britain remain) era pela saída da EU (região azul), a análise feita verificou as seguintes medidas em graus de centralidade, partindo das mais centrais eram contra a permanência na EU do Reino unido; #beleave (grau: 6.029), #brexit (grau: 2.089) e #voteout (grau: 1743), enquanto as pela permanencia eram #bremain (grau: 1349), #strongerin (grau: 1182) e #hugabrit (grau: 860).
Já os hashtags neutros vinham com as hashtags acima são #EU (grau: 1528), #UK (grau: 1.271) e #EUreferendum (grau: 1249). contagem grau na rede acima representa uma medida de centralidade de hashtags no debate referendo sobre Instagram.
A permanência do Reino Unido na EU, favorece um mundo mais unido
Porque a Microsoft comprou a LinkedIn
Sempre fui desconfiado com o LinkedIn, a compra por U$ 26,6 bilhões não é outra coisa senão controlar o mercado de trabalho e descobrir quem é ligado a quem, agora esta compra apenas confirma aquilo que sempre tive em mente, conectar pessoas, empresas, universidades e outras instituições pode ser mais perigoso que vasculhar a vida pessoal.
O feed de notícias desta mídia de rede social irá fornecer as atualizações mais importantes sobre a vida profissional e com isto pode-se saber quais as conversas, apresentações e os contatos de um determinado profissional, principalmente quanto este usar o Skype.
Se isto é pouco a rede também usará esta rede para divulgar seus produtos para empresas, tais como o pacote Office 365 e o Dynamics, um sistema de gestão de empresas, declaradamente a presidente da Microsoft Satya Nadella, em carta aos seus funcionários explicou:
“Em essência, podemos reinventar a maneira de fazer profissionais serem mais produtivos, ao mesmo tempo em que reinventamos o processo de vendas, marketing e gerenciamento de talentos”, ou seja, um uso declarado dos dados obtidos no serviço.
Em tempos de crise isto será feito de modo acelerado, milhares de pessoas estão depositando seus currículos em bancos de dados como o LinkedIn, e este volume poderá ser facilmente alimentado.
É o maior negócio da Microsoft, que já havia comprado o Skype por US$ 8,5 bilhões e a Nokia por US$ 7,1 bilhões, e já estava no mercado de redes profissionais desde 2012, com a aquisição da Yammer por US$ 1,2 bilhão.
A revolução fotográfica
A fotografia é um dos meios mais poderosos para sublinhar a importância de um detalhe, fazendo o extraordinário ordinário, contar uma história, para surpreender, educar, rostos de documentos ou eventos, comunicar emoções e as emoções daqueles que os inspirou. Vale mais que mil palavras, nas palavras de Henri Cartier-Bresson: “As fotografias podem chegar a eternidade através do momento”.
Há fotos que são eternas como o memorável como o famoso beijo em preto e branco entre a enfermeira e o marinheiro Alfred Eisenstaedt, ou como os horrores da guerra contada em foto memorável em Nick Ut da menina napalm, se tornou um símbolo da Guerra do Vietnã, ou o retrato em 1966 Thomas Hoepker feito de Muhammed Ali, uma das imagens mais famosas de todos os tempos, uma foto pode ser eterna.
O Instagram tirou milhões do anonimato, o Brasil representa 7,25% dos mais de 400 milhões de pessoas que usam o aplicativo, número atingido em setembro do ano passado.
O Brasil, Japão e Indonésia são os locais onde as pessoas mais baixam o app, e isto faz o mercado ficar de olho, agora ainda mais com a proximidade das Olimpíadas.
O que poucos sabem é que o Brasil está na criação do Instagram, o paulista Mike Krieger ajudou KIevin Systrom, hoje CEO do Instagram a criá-lo quando ambos eram estudantes da Universidade de Stanford em outubro de 2010.
O Instagram significa a entrada do cotidiano anônimo no mundo das fotografias, como um prato de comida ou um vaso de flores.
Mudanças nas mídias e a educação
Um estudo europeu, feito durante 5 anos em 12 países, patrocinado pela European Science Foudation, comparou em diversos países a influencia das novas mídias no ambiente educacional das crianças, e foi publicado no livro “Children and their Changing Media Environment: A European Comparative Study”, editado por Sonia Livingstone e Moira Bovill, em 2001 pela editora Lawrence Erlbaum Associates, e reeditado em 2013 nos EUA pela Routledge, com edição revisitada.
O estudo ganha agora alguma evidencia, passados quase 15 anos porque alguns aspectos que poderiam ser considerados “modismos” são bastante evidentes hoje.
O livro lembra no prefácio, que 40 anos antes Himmelweit, Oppenheim and Vince publicaram “Television and the child” (1958) e também Scharamm “Television in the lives of your children” (1961) estudando tanto na América como no Reino Unido a influencia em criança, e diz que este estudo foi inspirado em fazer um paralelo com a chegada das novas mídias.
Algumas questões são novas outras foram revisitadas, conforme está descrito no prefácio, embora não diga isto podemos ver que são questões do primeiro bloco: há influência das novas mídias nas mídias antigas, quais as novas oportunidades de integração, aprendizagem, socialização e brincadeiras, como parte do segundo bloco: quais os questões adicionais para as novas formas de atividades e participação social e politica, como as mídias podem suportar a emergência de identidades transnacionais: europeias, ocidentais, globais, etc.
Não vamos responder aqui, mas afirmar o que já está também no prefácio há um balanço entre as oportunidades e perigos das novas mídias, o estudo vale a pena, para aqueles que desprovidos de preconceitos querem analisar serenamente as novas mídias.