Arquivo para abril, 2016
O que é a paz ?
A UNESCO instituiu uma cátedra sobre Filosofia para a Paz, isto porque talvez o mais difícil de mudança seja a mudança de uma cultura bélica, e tivemos duas grandes guerras no auge da “modernidade” o que revela sua evidente crise, é preciso mudar a raiz do pensamento sobre a paz.
Na cátedra, escreve o professor Guzmán (2005): “Como seres humanos, temos competências para organizar as nossas relações, fazendo uso da guerra e de qualquer outro tipo de violência estrutural, cultural ou simbólica, que suponha a marginalização, exclusão e morte de uns seres humanos por outros e a degradação do ambiente.” Enfatizando um tema que atinge toda a raça humana e talvez este possa ser um bom ponto de partida.
Mas também é certo que temos competências para organizar as nossas relações de forma pacífica: exprimindo ternura ou carinho nas relações interpessoais ou criando instituições de governança locais, estatais ou globais que promovam relações humanas baseadas na justiça e nas relações com a natureza baseadas na sustentabilidade. Neste contexto, o desafio filosófico dos estudos para a paz é a reconstrução normativa das nossas competências para fazer as pazes.
Defendemos que um ponto importante para a paz é considerar o conjunto das raças e nações, nelas estão imersas todas as culturas e também aí devemos ter como ponto intermediário (o ponto de partida é todos povos) a questão das sociedades originárias.
Defendemos como sociedades originárias, aquelas que tem uma raiz fundamental que estabelece que tipo de cultura dela emerge e quais as consequências sociais e éticas que esta cultura terá, nela está imerso o “ser” e é este que desejamos contemplar para a paz, não o indivíduo abstrato, apenas das “leis”, o ser concreto.
Traçamos assim uma nova emergência para um mundo “mundializado” a necessidade de uma onto-ética que nela contemple toda o ser presente em diversas culturas e daí se possa traçar um modelo ético e ontológico que respeite este ser de cada cultura em contato com outras culturas.
Guzmán, Vicent M. Podemos hacer las paces. Reflexiones éticas tras el 11-S y el 11-M. Bilbao: Desclée de Brouwer, 2005.
Indústria e tecnologia: uma saída ?
Os setores que segurado o despencar de nossa economia são o milho com um crescimento de 110% aproximadamente, a soja com 46% e a celulose 13,4% crescimento registrado neste primeiro trimestre de 2016 com a economia em queda e a crise política ainda sem solução.
Enquanto vemos o parque industrial brasileiro se reduzindo, com grandes indústrias saindo ou fechado as portas, e apenas o setor agropecuário segurando as pontas nos perguntamos se a alta tecnologia tem algo a dizer e pode ser uma saída para recuperar o parque industrial ?
Aparentemente sim, bons exemplos são empresas como a catarinense WEG, são uma das maiores exportadoras de motores e equipamentos eletroeletrônicos do mundo, e cresceram 24% no ano passado em meio a uma crise econômica (e política é claro), porque tem um pé forte na exportação, quase 55% de sua receita vem do exterior, e empregam 31 mil pessoas.
Outro de um porte menor é a Bralyx Máquinas que trabalha com equipamentos de confeitaria e produção de massas, tem inserção em 50 países e fatura R$ 50 milhões, sendo metade também do exterior, mas emprega apenas 150 pessoas.
Setores de alta tecnologia são promissores e o Brasil tem mão de obra e um bom sistema de ensino neste aspecto, um sistema que auxilie as start-up* neste setor seria importante, embora a base do ensino primário e secundário precise de reforma.
*Start-up – nome dado a qualquer empresa inovadora em estágio inicial.
PLT – Tecnologia para Literacia de Pessoas
Ao pé da letra, seria Tecnologia para “iniciação” de Pessoas (People-Literacy Technology, em inglês), o que daria em português TAP, mas não sei se vão adotar exatamente isto.
O certo é que pela primeira vez isto apareceu no famoso hipociclo de Gartner, iniciando a curva de expectativas.
Uma das coisas importantes de saber o ponto que uma determinada tecnologia está numa curva de hipoclico é entender o que significa exatamente “literacia” (ou aprendizagem) em determinada época conforme expectativa e a maturidade dentro daquela curva, por exemplo, até o início dos anos 1990 não significava nada a Web, os celulares eram grandes demais para o bolso, o Google só apareceu em 1998 e justamente neste período um sistema de metadados chamado Dublin Core estava aparecendo, até 2003 não havia o MySpace e o Youtube foi lançado somente dois anos depois disto.
Assim, ferramentas são criadas, desenvolvidas e trabalhadas conforme a época, em 1995 era básico trabalhar com processamento de texto e folhas de cálculo, mas hoje há ferramentas mais sofisticadas e planilhas já elaboradas onde basta você saber quais são os campos a serem preenchidos, os processadores de textos tem ferramentas de correção, de comentários personalizadas e até mesmo vocabulários próprios para determinados contextos.
Definir “literacia” ou aprendizagem digital significa agora, uma vez que entrou na curva de hipociclo de Gartner (no ano de 2015) algo designado como PLT (People-Literate Tecnology), o que significa uma definição mais rica e complexa sobre literacia, por exemplo, a Universidade do Colorado definiu colocando diversos tópicos a serem considerados nesta complexidade: Comunicar, Resolver problemas, Acessar, gerenciar, integrar, avaliar, projetar e criar informações para melhorar a aprendizagem em todas as áreas, e, finalmente, adquirir conhecimentos ao longo da vida e as habilidades do século 21.
Note-se que dois itens referem-se a Comunicação e Informação, um outro a resolver problemas e um quarto ao que significa adquirir conhecimentos no século 21.
Claro que “literacia” já é um termo recorrente no meio da cultura digital, mas agora trata-se de “tecnologia” de auxilio a literacia.
O Sonho de Jequi: game brasileiro
Três brasileiros, solidários com uma das regiões mais secas e mais pobres do Brasil, um menino chamado Jequi, referencia direta ao vale do Norte de Minas e sul da Bahia, percorre o semiárido a procura de água, numa paisagem de cactos e do serrado.
A história que serve de pano de fundo para o game, foi desenvolvida por alunos recém-formados da PUC de Minas, os autores são Érico Grasso, Alessandra Faria e Ramon Coelho, da equipe mineira Tower Up Studios.
Promovida pela Microsoft, a competição avalia vários games, e a etapa nacional da competição acontece este ano em Belo Horizonte como fruto de uma parceria entre da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais.
O prémio de US$ 50 mil, que deverá ser entregue ao trabalho mais inovador de todo o planeta, e esta é a 14ª. Edição do torneio internacional promovido pela Microsof.
O número de games que envolvem única e exclusivamente guerra e uso de armas de fogo é imenso, e preocupante para a educação e o futuro dos jovens não apenas brasileiros, mas de todo o planeta, já que os games são sucesso em todo o mundo, salvo raros países árabes onde são proibidos, mas não deixa de haver um game paralelo.
Há outros games nacionais competindo, o Brasil foi vencedor o ano passado com o game feito na USP “Clothes for Me”, ferramenta para confecção de roupas sob medida.
A terceira via democrática
Com a possibilidade do senado abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, abrem-se as possibilidades de Michel Temer assumir, mas ele poderá estar impedido junto a presidente, depois seria Eduardo Cunha assumir, mas os processos no STF não permitiriam e finalmente sobra o Senador Renan Calheiros, que poderia chamar novas eleições, mas …
Se ele resolver governar, lembremos num passado não muito distante que em 2007 ele foi acusado de ter despesas pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Junior, e que o dinheiro bancava a pensão e aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha, ele renunciou para não perder o mandato e depois voltou em 2010.
Voltando ainda mais no tempo, no governo Collor, foi líder da base de apoio ao governo na Câmara, e depois com Itamar Franco, ocupou a presidência de uma subsidiária da Petrobras, senador no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi nomeado ministro da Justiça.
Ele está com diversos processos na Lava-Jato, e mesmo assim talvez seja a única opção no caso de algum impedimento do governo Dilma, é a triste realidade do país, faltam opções dignas.
Num provável acordão que reuniria todas forças democráticas do país, parece que seria a única opção, mas deveremos exigir eleições diretas imediatamente, também Renan não tem confiabilidade para no eventual impeachment, governar e conseguir unir o país.
Faltam pessoas realmente interessadas em ouvir o reclamo das ruas e unir o país, faltam sobre tudo nomes capazes de fazer isto, então ficamos num duro embate no qual todos podemos perder.
As semelhanças com 54 e 64
Afirmei em meu blog que o andamento da atual crise era mais parecida a 54 do que com 64 que afirmam os partidários do governo, ainda que a história nunca se repete (Marx dizia que primeiro como tragédia e depois como comédia, e 64 foi a tragédia).
Em 1964 Ranieri Mazzilli (presidente da Câmara) toma posse, mas um golpe militar estava preparado, ficou uns 15 dias.
Os fatos para muitos brasileiros que desconhecem a história, senão tomariam mais cuidado com a nossa frágil e delicada democracia, retomemos o fato que em 54 culminou com o suicídio de Vargas e a pose do vice-presidente Café Filho, um de seus opositores.
Getúlio havia sido eleito com a campanha “O petróleo é nosso”, e criara a estatal o que provocou alguns descontentamentos de setores empresariais, e também aumentara o salário mínimo em 100% garantindo base popular para seu governo.
Tinha como opositor severo jornalista Carlos Lacerda (agora são alguns, mas destaco o prof. Marcos Vila e Reinaldo Azevedo) com a diferença que este era declaradamente ligado a UDN.
Na madrugada do dia 05 de agosto o jornalista Carlos Lacerda sofre um atentando do qual sai ferido, e o Marechal da Aeronáutica, Rubens Vaz é assassinado, descobre-se que Gregório Fortunado, um homem de Getúlio, um ex-policial, chamado de capa preta é apontado é o mandante do crime.
O crime chamado de atentado da Rua Toneleros, é decisivo para que a campanha contra Vargas que ganha adeptos em todo o Brasil, e também o vice-presidente faz campanha para que Getúlio renuncie junto com ele, para criar um governo de coalisão.
Diante disso, o presidente começa a ser pressionado por políticos, pelos militares, pelos setores empresariais.
A meu ver as semelhanças param aqui, pois no caso atual é possível outra saída da crise.
Em 24 de agosto de 1945, sozinho em seu quarto no palácio do Catete (a sede do governo no estado da Guanabra), Vargas toma a decisão de retirar sua vida para “entrar para a história”.
Michel Temer será um Café Filho ou um Mazilli, espero que nenhum dos dois: novas eleições.
Poetas da Inconfidência MIneira
No final do século XVIII, mais precisamente no ano de 1789 uma revolta foi abortada pelo governo da então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.
A Derrama consistiu no seguinte, lei portuguesa criada quando as minas de ouro começaram a se esgotar, cada região de exploração deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a Coroa portuguesa, senão soldados entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.
Além do alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes o grupo era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, eles criaram o lema que está na bandeira mineira até os dias de hoje: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
Na coletânea de Cecília Meirelles na coletânea de poemas Romanceiro da Inconfidência, ela conta a história de Minas, num de seus versos:
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados
antes que tal verso escrevam…”
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobre, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus – pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Há polêmicas sobre a história, pelo fato de muitos inconfidentes serem donos de escravos e também o fato que lutavam pela independência de Minas Gerais, uma vez que não havia uma identidade nacional, o que é preciso lembrar ainda nos dias de hoje, o regionalismo e a imensa desigualdade entre estados e cidadãos dentro do país.
Semana de 22 e o futuro
O Brasil de 1922 era um prenuncio do que poderia acontecer na década de 30, mas um grupo de intelectuais tentava olhar de modo positivo o futuro rompendo com o niilismo caboclo, nome que prefiro a “ontologia do abandono” já citado em posts anteriores, o período já analisado de Machado de Assis a Lima Barreto.
Martin Vasques da Cunha conta que Sérgio Buarque de Holanda, então apenas um crítico literário visitou Lima Barreto já doente no ano de 1921, e em conversa estranha para os dois pedia apoio a um Manifesto de um Movimento Modernista lançado por um grupo de vários intelectuais de diversas áreas.
Após ouvi-lo falar entre outras da revista Klaxon turca, ele irônico entre várias coisas teria se referido ao poeta francês Paul Verlaine dizendo: “Este sim era poeta. Bebia como uma cabra .. “ e segundo Cunha (p. 164) “Dias depois, Lima publicaria um artigo em que solenemente desprezava os ideais paulistanos, afirmando que ele já sabia havia muito tempo, o que era o tal “futurismo” que tanto defendiam”.
Longe de ser apenas uma ruptura, havia nestes jovens da Semana de Arte de 22, um desejo literário que pode-se definir didaticamente em dois aspectos: encontrar uma identidade nacional e segundo anunciar um futuro mais promissor para o país.
Os quadros Abapuru e Carnaval em Madureira de Tarsila do Amaral mostram estas duas tendências, enquanto Cartão Postal de 1928 mostra um Brasil ainda colonial.
O Manifesto Antropófago, que cunhou várias expressões famosas como: “Tupi, or not tupi that is the question”, “Se Deus é a consciência do Universo Incriado, Guaraci é a mãe dos viventes. Jaci é a mãe dos vegetais” entre outras e que tiveram também os irmãos Oswald e Mário de Andrade, que escreveu Paulicéia Desvairada (1922) e Macunaíma (um roteiro da trama) (1928).
Há diversos analistas que descolam esta semana da cultura brasileira, iremos retornar aos Inconfidentes Mineiros, Tomás de Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa.
Retornando às raízes do Brasil
Há ou havia alguns intelectuais quase numa espécie de religião, que acreditavam que o discurso sobre as origens patrimoniais e os “estamentos” corruptos, havia se esgotado e não tem se comprovado na medida em que o modelo de “coalisão” ou cooptação se esgotou.
Sérgio Buarque de Holanda é um ponto inaugural neste discurso em Raízes do Brasil, com influencias de Max Weber fez uma análise desta estrutura na vida brasileira, e que uma simples leitura pode atestar como importante para a compreensão do Brasil.
Um dos pontos já destacados em outro post nosso, é o esclarecimento desta característica patrimonial do Brasil: “ eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário ‘patrimonial’, a própria gestão política apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os empregos e os benefícios que deles aufere relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático … “ (Holanda, 1933, pag. 175) e isto continua bastante atual.
Sérgio Buarque de Holanda foi bastante influenciado pelo Modernismo de 1922, mas após uma crise existencial se tornará em 1929 correspondente internacional de O Jornal, para as agências Havas e United Press em Berlim, de onde com certeza sofreu influencias, mas é um exagero de alguns analistas torna-se um “idealista” a moda alemã, claro houve influencias de Max Weber, mas também de Goethe, de Schiller, de Herder e de Wilhelm Dilthey.
O traço de influência do Modernismo é importante para nossa análise, uma vez que sua obra é posterior a este período e junto com Casa Grande e Senzala de Gylberto Freire e Formação do Brasil Contemporâneo (1942) compõem três obras obrigatórias, passados vários anos é claro que existem críticas, mas são obras fundamentais para compreender o Brasil de hoje.
O objetivo é no próximo passo analisar a Semana de 22, mas vendo um dos seus frutos.
O Brasil redescoberto Grandes sertões: Veredas
O ano de 1956 o Brasil começa a se redemocratizar, e o mais importantes na literatura é um olhar inédito e inovador para o interior do país, 600 páginas de Guimarães Rosa, além de um experimentalismo linguístico do início do modernismo (voltaremos a ele),
O livro Grande Sertão: Veredas, tem algo de filosofia e mistério pois chega a “anunciar” a própria morte, fala da travessia simbólica do rio e do sertão de Riobaldo, um amor curioso e inexplicável por Diadorim, onde se confunde beleza e medo, há um ser e um não-ser, a convivência de verdade e mentira, parece haver um pacto entre linguagem e poesia.
Um ex-jagunço é o personagem narrador do livro, aqui já uma novidade porque deixa o personagem falar, Riobaldo conhecido pelas alcunhas Tatarana ou Urutu-Branco, e ele vai falando quase num discurso oral, sobre coisas populares, tais como:
– o diabo existe ou não … e vai dizendo (…) Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres, nos homens, até nas crianças – eu digo. (…) E nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento… Estrumes… O diabo na rua, no meio do redemunho… (Rosa, 2001, p. 26).
– vai fazendo um enredo sobre pessoas boas também: “O senhor ache e não ache. Tudo é e não é… Quase todo mais grave criminoso feroz, sempre é muito bom marido, bom filho, bom pai, e é bom amigo-de-seus-amigos! Sei desses. Só que tem os depois – e Deus, junto. Vi muitas nuvens” (Rosa, 2001, p. 27).
– mas vê pouca distância em tudo: “De sorte que carece de se escolher: ou a gente se tece de viver no safado comum, ou cuida de só religião só. Eu podia ser: padre sacerdote, se não chefe de jagunços; para outras coisas não fui parido.” (Rosa, 2001, p. 31).
– Mostra os paradoxos entre bem e mal: ”Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo.” (Rosa, 2001, p. 33).
– sua amizade e relação com Diadorim: “Diadorim e eu, nós dois. A gente dava passeios.Com assim, a gente se diferenciava dos outros – porque jagunço não é muito de conversa continuada nem de amizades estreitas: a bem eles se misturam e desmisturam, de acaso, mas cada um é feito um por si.” (Rosa, 2001, p. 45)
Atravessar o rio, ser e não-ser e estar sempre num amor desapegado, dia 18 de abril de 2016.