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Arquivo para outubro, 2014

Amor, sabedoria e política

17 out

DaliA sabedoria é uma loucura, e por isso traz em si um paradoxo, por outro lado o amor é loucura e traz em si uma sabedoria, isto aprendi do educador Edgar Morin, mas o político que deveria ser o amor dos amores poderia suportar estes paradoxos em mãos dignas, não mentirosas nem corruptas, é claro.

Isto algo como ser surreal, algo que a modernidade contemporânea desvelou, o bem que a filósofa Martha Nussbaum chamou de “digno da dignidade do ser humano”, e que Edgar Morin explica como “o mal de que sofremos e fazemos sofrer é a incompreensão de outrem, a autojustificação, a mentira de si próprio, então a vida da ética introduz a sabedoria capaz de romper o paradoxo amor”, conforme palestra de Morin “Pode haver uma Sabedoria Moderna?” já que o irracional parece próprio deste nosso tempo.

Segundo Morin na conferencia sim “está no esforço de compreensão e não na condenação, no autoexame que comporta a autocrítica e que se esforça por reconhecer a mentira de si próprio”, olhar-se como algo parecido ao autorretrato de Salvador Dali.

No esforço da condenação do outro, o político diria é claro não, incapaz de reconhecer a própria mentira, fica no dilema proposto por Santo Agostinho: “Se a verdade é o objeto das aspirações de todos os homens, ela não pode ser couto fechado de nenhum deles. A verdade nem é minha nem tua, a fim de que possa ser tanto tua como também minha”. (Santo Agostinho, Comentário aos Salmos 103,2,11).

Aqui estabeleceria um diálogo, uma nova política, pondo acima o bem maior de todos, acima dos pessoais, mas isto fica para as próximas eleições, estas estão no surreal.

Começa em São Paulo, no próximo domingo a exposição de Salvador Dali, imperdível.  

 

A fragilidade do bem e as novas mídias

16 out

NussmanFragilidade do bem é um conceito de Martha Nussbaum, uma proeminente filósofa americana, que a escreveu em 1986, Fragility of Goodness: Luck and Ethics in Greek Tragedy and Philosophy (com reedição de 2001), onde retira este termo da posição da mulher na tragédia grega, entre outros.

A questão é importante porque remete ao coração da ética, em tempos de “desconstrução política” como arma de não discutir proposta, de esquemas corruptivos assustadores e de necessidade de repensar valores, muitos se perguntam porque o BEM É TÃO FRÁGIL.

A filosofa americana faz uma reflexão profunda retornando a tragédia grega, diga-se de passagem as tragédias são típicas dos momentos de fortes transições, de dificuldades e obscuridades culturais, em que parecemos nebuloso e de aparente retrocesso.

Foi o estudo da fragilidade do bem e a ética na antiguidade que tornou-a conhecida e respeitada entre os filósofos, mas sua colaboração com o economista e premio Nobel (1998) Amartya Sen que ligou questões de desenvolvimento e ética, criando a “abordagem das capacidades”, que significa tornar as pessoas “capazes de fazer e ser”, princípios esquecidos pelo assistencialismo, ou melhor, intencionalmente esquecidos (ver também sua obra “Women and Human Development).

O que ela e Amartya Zen questionam é o “digno da dignidade do ser humano”, e que isto deve ser pensado para uma promoção humana verdadeira e sustentável.

Sua teoria e a prática de Amartya Zen (que criou o Banco dos Pobres) contrastam com aquilo que se chama de promoção humana e justiça social, que é o dever de assegurar capacidades em sua conferencia “Desenvolvendo capacidades: o processo do desenvolvimento humano” (ver o vídeo), isto contrasta com o desenvolvimento em termos puramente econômico e a pobreza como privação de renda.

A fragilidade do bem só é superada por corajosas medidas de inclusão social em amplo sentido senão a “banalidade do mal” que alicia e os aparelha como um “modus vivendis”.

As novas mídias são um empoderamento da voz socialmente sufocada pelo mal banalizado ou pelos diversos ambientes culturalmente atrasados, em especial, em países sem condições de vida razoáveis.

 

Banalidade do mal e as mídias

15 out

DelaçãoPremiadaPensei muito em escrever sobre a banalidade do mal, também observado nas redes,  mas principalmente na grande mídia porque tinha visto uma reportagem da Veja sobre o filme sobre Hanna Arendt, e também outra reportagem no Globo.

Em ambos tirei alguma lição na Veja, Rodrigo Constantino fez uma frase interessante: “A verdade é que os seres humanos buscam a intencionalidade em atos grandiosos, seja para o bem ou para o mal”, e também no Globo aproveitei alguma coisa quando do Tony Bellotto, ao lembrar algo quase despercebido do livro da filósofa Arendt: “Arendt concluiu que Alfred Eichmann não era um sujeito especialmente antissemita nem particularmente perverso. Era só um odioso burocrata cumprindo ordens sem questioná-las …”, e ambos me remeteram ao Brasil de hoje.

Os depoimentos de delação premiada do doleiro Youssef e do tecnocrata da Petrobrás, vazado pelas mídias e agora já entrando em fase de campanha, um lado que deseja explorar mais dados sobre o fato esquecendo seu telhado de vidro e outro que procura ignorá-lo dizendo que é campanha da mídia (sim o áudio da delação premiada é uma mídia) daqueles que desejariam ser os guardiões da moral e dos bens públicos, e há até religiosos que os apoiam, mas Deus não é álibi para ninguém, menos ainda para religiosos.

O chocante ao ouvir é que os fatos são contados como rotineiros, narrados como alguém que conta uma história para uma criança, claro em função da delação premiada, mas sem nenhum constrangimento, sem nenhum remorso ou mesmo ressentimento, já ouvi depoimentos de ladrões de galinha com mais arrependimento que os ali narrados.

Chego a conclusão que Hanna não estava falando apenas dos estados totalitários do período de guerra e seus horrores, mas falava justamente do mal encarnado no estado de modo a cegar até mesmo pessoas de bem e banalizar o mal, algo assim afinal todo mudo faz, até pessoas de “bem”.

Espero que os acontecimentos sejam apurados até o fim, mas apesar da jura dos candidatos, não creio, afinal as pessoas realmente “de bem” estão fora deste processo, vale o mal dito e o mal explicado, mas continuarei sonhando em “passar o Brasil a limpo” e devolve-lo aos brasileiros trabalhadores honestos, talvez até ingênuos, que sonham com um futuro melhor para todos.

De minha parte o mal nunca será banalizado, roubar é crime, roubar o dinheiro público é um crime hediondo, e espero que os cabeças sejam punidos e não apenas seus laranjas, acho que a delação premiada é a revolta dos “laranjas”.

Hanna Arendt faria ontem 108 anos, o filme de 2012 estará em breve no Espaço Itaú e até o Google a homenageou ontem.

 

Vigilância aérea é polêmica nos EUA

14 out

O sistema composto de 12 câmeras de alta resolução, foi inicialmente desenvolvido para a guerra no Afeganistão, mas agoraDozeCameras os EUA querem usar em áreas de alto índice de crimes, porém para alguns especialistas o sistema fere a democracia e a privacidade das pessoas.

O sistema usa um avião tripulado que grava o que está acontecendo no solo em uma área de até 40 quilômetros de diâmetro, uma cidade de 500 mil habitantes, ou bairros de até este tamanaho, podem ser monitorados, uma espécie de Google Earth em tempo real, afirma Ross McNutt, presidente da empresa que desenvolveu o PSS (Persistent Suveillance Systems),

Segundo McNutt: “A resolução não é alta o suficiente para mostrar quem é a pessoa, elas aparecem como um pixel acinzentado na tela”, mas podem auxiliar um controle em tempo real de assassinatos e crimes em áreas de alto risco.

O sistema já tem alguns anos, dede 2012, as aeronaves monitoraram a cidade de Compton, na Califórnia, durante nove dias, recentemente foram feitos testes em Ohio, na na Califórnia e no México, o PSS testemunhou 34 assassinatos.

Jennifer Lynch, advogada da Electronic Frontier Foundation, disse que: “O sistema não apenas viola a privacidade das pessoas; monitorar movimentos de uma comunidade inteira é uma ameaça à democracia”, e, por exemplo, em Compton, os habitantes não souberam do teste que estava sendo feito.

Lynch acrescentou: “Vigilância policial pode afetar a liberdade de expressão e, com isso, o direito democrático

 

Redes sociais e hermeneutica

13 out

UrnaUma das fortes presenças nas atuais eleições presidenciais foram questões relacionadas a corrupção, a atos políticos, algumas vezes relacionadas a questões fundamentais, como segurança, saúde e educação, outras vezes relacionadas a simples atos políticos, hermenêutica é a arte ou técnica de explicar um discurso, em última análise retirar o critério de verdade dele.

Em meio a turbulência política, uma eleição com muitos altos e baixos, incluindo um fato trágico que foi a queda de um avião que era usado em campanha presidencial, fatos envolvendo a maior estatal brasileira, a Petrobrás e denuncias de desvios e corrupção foram parte fundamental da campanha.

Verdade e mentiras foram montadas e desmontadas, numa disputada presidencial cheia de eventos cruciais, como a questão da homofobia e o fundamentalismo religioso, embora estes sejam parte essencial do momento político na conjuntura brasileira, pessoas que defendem a igualdade de gênero ou não foram submetidos a questionamentos, e pessoas que são ou não religiosas também igualmente submetidas a outros questionamentos.

Nas ferramentas de redes sociais o ambiente é ainda mais radical, apela-se a caricaturas (os memes) de político, procura-se desdenhar o opositor e nem sempre os argumentos e provas são convincentes, mas uma artilharia pesada de fatos nem sempre verdadeiros.

Mas o que resulta de todo este caldo confuso e aparentemente difuso, é uma busca pela verdade, quem de fato é corrupto, em quem de fato podemos confiar, num país onde os políticos gozam de pouca ou nenhuma credibilidade, a busca da verdade cria uma nova hermenêutica política, a justiça, os fatos e a consciência crítica dos eleitores poderão dar frutos a longo prazo.

 

 

Tendências tecnológicas nas universidades

10 out

EscolaInvertidaFoi divulgado nesta quinta-feira pelo grupo americano New Media Consortium, tendências de estudos nos próximos cinco anos nas universidades brasileiras segundo uma lógica que as tornaria mais inserida no mundo digital, com aulas em laboratórios remotos, uso de ambientes virtuais  e uso mais intensivo de aplicativos móveis para o aprendizado.

Segundo Larry Johnson, um dos coordenadores do grupo de 41 pesquisadores, foi a primeira vez que esta análise foi feita, afirmou também que “O Brasil tem uma peculiaridade: sua população tem grande apreço pela tecnologia, mas ainda não a insere em atividades educativas”, disse o pesquisador responsável pelo estudo, segundo a revista Veja.

Segundo o pesquisador, já há iniciativas que estão dando resultado e haverão mudanças no curto prazo. “Nas melhores universidades do país já há um movimento para mudar o padrão de aula, saindo das atividades expositivas e caminhando para a prática, onde o aluno também é protagonista”, deverá ser uma tendência.

Mas ainda há fortes barreiras, segundo o pesquisador “O professor, mesmo no ensino superior, ainda acha que o smartphone atrapalha o andamento da aula e proíbe seu uso, enquanto a experiência internacional tem relatado sucesso no uso desses aplicativos móveis para fazer atividades do curso, como pesquisas na internet.”

Um conceito que surgiu em 2007, falava de salas de aula invertidas, com os Massive Open Online Courses (MOOC’s), e se popularizou com a Khan Academy, um dos sites que divulga mgratuitamente vídeoaulas.

Mas ainda a maioria dos cursos atuais usa vídeoaulas para complementar a educação formal, o conceito de sala de aula invertida parte deles (e de todo o conteúdo disponível na internet) para dar ao aluno ferramentas para buscar informações usando o tempo em sala para enriquecer os conteúdos estudados e encontrar aplicações práticas para ele.

A ideia é que os professores ajudem os estudantes a desenvolver soluções criativas e colaborativas

 

Brasil Game Show começa

09 out

BGSComeçou ontem, mas apenas para a imprensa, o BGS (Brasil Game Show) a maior feira de games da América Latina, as empresas de games estão de olho no Brasil e dizem que é um mercado importante e crescente, as novidades são os jogos FIFA e o games para mobiles, ainda fracos aqui.

Mas o início ontem foi marcado com algumas confusões, credenciais e alguns estandes ainda não estavam prontos, e o QR Code muito usado no evento, não funcionava também ele remetia para uma escola de inglês em Londres.

Os games de maior sucesso são os de futebol, o FIFA 15 é o preferido e, as novas versões ainda não tem times brasileiros, foram lançados também os games: estão: Just dance 2015, Eletronic Arts e o aguardado Resident Evil: Revelations 2 (downloads no Techtudo).

As duas principais empresas do mundo game estão presentes, Sony e Microsoft, estão no BGS 2014, mostrando jogos para a linha PlayStation e Xbox.

O evento se realiza no Expo Center Norte e vai até domingo, 12 de outubro.

 

Nobel da física vai para o LED azul

08 out

LED AzulLâmpadas LED (Diodo Emissor de Luz, Light Emitting Diode) economizam até 90% da energia em relação as lâmpadas comuns, mas as lâmpadas nas luzes vermelho e verde não são facilmente produzidas em larga escala para serem colocadas no mercado.

As lâmpadas LED são uma realidade de mercado, mas elas usam as cores primárias, e os LEDs vermelho e verde já existiam, mas o LED azul mais potente para iluminação desafiaram 30 anos os cientistas, agora os japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura invenção das lâmpadas LED azuis, mais facilmente produzidas em larga escala.

Eles ganharam o prêmio Nobel de Física pela invenção e vão receber dia 10 de dezembro, em Estocolmo o prêmio pela invenção.

Lembrando que vermelho, verde e azul produzem o branco, o desafio de fazer o azul foi imenso só foi produzido a partir de quase 30 anos de pesquisa, os cientistas japoneses precisaram trabalhar com um novo material semicondutor, o gálio, para que esta cor primária fosse produzida, e embora tenham ganham o Nobel agora, esta tecnologia já está presente na maioria dos dispositivos que usam a tecnologia LED: telas, smartphones e lâmpadas é claro.

Um diodo é uma microestrutura na ordem de micro milímetros, que permite que uma correte atravesse ou não esta pequena área feita em algum dispositivo semicondutor (silício, germânio e gálio) que funciona como uma chave entre o polo positivo (anado) e o negativo (catado), no caso do diodo emissor de luz, ao “abrir esta micro-chave” ele emite uma luz, gasta correntes menores que 1 Ampere, mas para lâmpadas deve estar um arranjo de uma dezena destes pequenos dispositivos para dar boa luminosidade.

 

Feira italiana de artesãos 2.0

07 out

Há quem diga que esta é a verdadeira 3ª. revolução industrial, de minha parte digo que é o reflorescimento daAutistas cultura do renascentismo, perceptível em diversas áreas e incompreensível para a cultura iluminista de nosso tempo.

A segunda edição do “Maker Faire Roma”, feira internacional al de tecnologia e criatividade, entre 3 e 5 de outubro, apresentará 500 projetos saídos de garagens e laboratórios de “makers”, ou artesãos 2.0 que vem de mais de 30 países.

O termo é americano, dos anos 2000, mas tem já se lançado em dimensões globais, usando internet, compartilhamento de conhecimento e impressoras 3D, produzem objetos de plástico, metal ou até mesmo materiais orgânicos, sem precisar de recorrer a linha industrial.

Estes “artesãos industriais” tem como base “a cultura maker e o open source, ou seja, partilha o conhecimento”, disse a imprensa Mássimo Banzi, um dos curadores da mostra.

Outro aspecto é “o modo de agir dos makers que podem impactar o atual sistema produtivo ocidental”, afirma Banzi.

Caminhamos para “um mundo onde os colossos industriais ainda continuarão a existir, mas ao lado deles nascerão milhares de pequenas empresas de produtos de nicho”, opina Banzi, tendo de um lado “a possibilidade de inventar e criar protótipos estará cada vez mais ao alcance de todos e, de outro, esses instrumentos serão cada vez mais refinados, permitindo a criação de pequenas séries de produtos e de invenções, a preços razoáveis”, a reprodução de “arte em escala” dilema de Walter Benjamim pode revelar um aspecto revolucionário inesperado.

Dois projetos curiosos é o OpenKnit, um tear automático para produzir roupas com diferentes tecidos, bastando inserir as medidas do corpo no computador, e, o projeto do jovem Ladislas de Toldi e sua colega de escola Marine Couteau, que ajuda educadores e pais de crianças autistas a trabalhar com a educação destas crianças.

 

Aplicativos para ajudar os estudos

06 out

A “tarefa” é algo que desde crianças aprendemos, e o aplicativo Homework ajuda a fazer tarefas, tanto para professoresEstudos como alunos ajudando tanto a organização como a avaliação, é disponível em Android e é gratuito.

O estudante deve indicar os horários e dias de aulas, para inserir a programação semanal, depois é possível agendar as tarefas a serem feitas em casa, capítulos de estudos, provas, com alarmes lembretes e fotos dos livros e lousa, por exemplo.

Gabaritar é um programa para vestibulares e concursos públicos, permitindo criar planos de estudo, registrar horas de estudos de cada matéria, resolver simulados e verificar o desempenho em cada um deles.

O app ainda traz ainda notícias de concursos públicos que estão em andamento no país.

O Gabaritar é gratuito e está disponível para Android e iOS.

Muitos estudantes precisam se organizar para ter melhor desempenho nas aulas, o app Agenda do Estudante é uma boa opção, ajudando a gerenciar a vida escolar do estudante, com cadastro de provas e entrega de trabalhos, controle de notas obtidas nas avaliações, agendamdp lembretes de eventos e alertas para devolução de livros.

O Agenda do Estudante é gratuito e está disponível para Android.

O Volp (Vocabulário ortográfico da Lingua Portuguesa) ajuda com as mudanças do Acordo Ortográfico, é de grande auxílio na escrita e no dia a dia dos estudantes.

Criado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), a ferramenta contém 381 mil verbetes, com as grafias corretas, classificações gramaticais e outras informações